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07/06/2008 - 20:35

Cabral inaugura uma das obras mais importantes para Despoluição da Baía de Guanabara

Coletor do Centro vai transportar 1.000 litros de esgoto por segundo à Estação de Alegria.

O governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, inaugura no dia 9 de junho (segunda-feira), uma das obras mais importantes do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG), que é o Sistema de Coleta de Esgotos do Centro do Rio, realizado pela Nova Cedae. Com a entrada em funcionamento desses Coletores, cerca de 1.000 litros por segundo de esgotos “in natura” deixarão de ser lançados na Baía de Guanabara, sendo transportados à Estação de Tratamento de Esgotos de Alegria (ETE), no Caju, onde receberão o tratamento primário. O evento de inauguração será realizado na Praça Mauá, junto ao portão de entrada da Marinha do Rio de Janeiro, em frente ao Pier Mauá.

Além do governador Sérgio Cabral, o evento, que contará com a apresentação da Banda do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, terá a presença do vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, da secretária do Ambiente, Marilene Ramos, e do presidente da Nova Cedae, Wagner Victer.

- O novo Tronco Coletor do Centro vai evitar que sejam lançados cerca de 85 milhões de litros de esgoto “in natura” por dia na Baía de Guanabara. Além do grande benefício ambiental e de despoluição, a inauguração do Sistema de Coleta representa a superação de vários desafios de engenharia e a modernização da operação da rede de esgotamento sanitário do Centro da Cidade - salienta Victer.

Com a entrada em operação dos Coletores do Centro, a Estação de Tratamento de Esgotos de Alegria terá a sua vazão aumentada de 1.500 para 2.200 litros de esgotos por segundo, beneficiando a cerca de 1,5 milhão de moradores de Santo Cristo, Centro, Gamboa, Saúde, Andaraí, Benfica, Caju, Catumbi, Cidade Nova, Estácio, Grajaú, Macaranã, Praça da Bandeira, Rio Comprido, São Cristóvão, São Francisco Xavier, Tijuca e Vila Isabel. Toda essa rede compreende uma extensão de 15.500 metros de troncos.

Em funcionamento, a obra reduzirá sensivelmente o nível de afogamento de toda a rede de esgoto do Centro, facilitando o escoamento e contribuindo para a redução de vazamentos de esgoto na região. Os troncos coletores do Centro têm uma extensão de 8.300 metros, com diâmetros que variam de 1,2 a 2 metros e assentamento retilíneo com profundidade mínima de 4,50 metros e máxima de 14,50 metros nos pontos extremos.

A obra, incluindo os troncos auxiliares da Tijuca, Gamboa, Santo Cristo e São Cristóvão, exigiu investimentos da ordem de R$ 175 milhões, com financiamentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Japan Bank for International Cooperation (JBIC) e com aporte financeiro do Governo do Estado.

O assentamento dos Troncos Coletores do PDBG, iniciado em 1998, teve um grande impulso nos dois últimos anos com a utilização de um método não destrutivo de construção. Esse moderno método evita que as vias expressas (ruas, estradas e avenidas) sejam avariadas com a abertura de valas e buracos para a colocação de tubulações. Na instalação dos coletores tronco do Centro, que vão da Estação de Alegria até o Primeiro Distrito Naval, atravessando toda a extensão da Avenida Rodrigues Alves, foram enfrentados vários desafios como interferências e mudanças do trajeto original, que, muitas vezes, tiveram que ser vencidos manualmente.

- Durante o assentamento dos coletores do Centro, os técnicos da Nova Cedae tiveram que solucionar dois grandes problemas, que estavam inviabilizando a finalização da obra – ressalta Victer.

Desafios da obra: • Dique da Saúde:Um dique, construído na época do Império para a manutenção de navios, o Dique da Saúde, foi encontrado durante a travessia da máquina perfuratriz. A configuração do solo, composta pelo aterramento do dique, impedia o funcionamento correto do equipamento, que chegou a afundar. Nesse trecho da Avenida Rodrigues Alves, próximo à Cidade do Samba, os técnicos aplicaram um método chamado de “jet-grounding”, que consiste na injeção de concreto a alta pressão para consolidar o solo e permitir a perfuração de um trecho de 250 metros de extensão em uma profundidade de oito metros.

• Rochas de alta densidade: Já, na altura da Praça Mauá, uma rocha impossibilitava a perfuração da máquina devido a sua alta densidade. O obstáculo impedia a execução da interligação do coletor tronco do Centro com as tubulações que coletavam o esgoto do Campo de Santana, Praça Tiradentes e Quinze e Avenida Rio Branco. Os técnicos do PDBG estudaram diversas alternativas, inclusive, a travessia dos coletores, que costeariam o Primeiro Distrito Naval, o que não foi realizado pelo alto custo. A solução mais barata e eficaz foi o assentamento dos coletores a uma profundidade de 8 a 15 metros, com uso de retro-escavadeiras, em um serviço praticamente manual. Os 650 metros de coletores foram interligados a um antigo coletor, que recebe o esgoto do Campo de Santana, Praça Tiradentes e Quinze e Avenida Rio Branco.

Nesse ponto de interligação da tubulação antiga com a nova, foram instaladas duas comportas operacionais, onde, no dia da inauguração, serão instaladas duas câmeras que mostrarão a entrada em operação dos novos coletores do PDBG. As escavações com uso do método não destrutivo foram executadas em uma profundidade variável de cinco a oito metros.

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