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02/08/2022 - 09:29

Conab aponta tendência de exportação recorde de carne de frango em 2022


As exportações de carne de frango tendem a crescer 6% e podem atingir um novo recorde neste ano, ultrapassando 4,7 milhões de toneladas, como aponta a atualização do quadro de suprimentos de carnes atualizado no dia 1º de agosto (segunda-feira) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Também é esperado um aumento para os embarques de carne bovina na ordem de 15%, sendo estimado em 2,84 milhões de toneladas. Já o mercado de suínos apresenta uma desaceleração, principalmente pelo mercado chinês que vem recuperando paulatinamente sua produção. Com isso, as exportações apontam para uma ligeira queda de aproximadamente 2%, e sendo estimada em pouco mais de 1um milhão de toneladas.

Diante de uma produção estável em torno de 28 milhões de toneladas e mesmo com o aumento nas vendas ao mercado externo de aves e bovinos, a disponibilidade per capita de carnes no país se mantém acima de 90 quilos por ano, volume que garante o abastecimento brasileiro.

Para aves, a produção se mantém próxima a 15 milhões de toneladas, o que garante uma disponibilidade per capita de 48,6 quilos por habitante no ano. O índice, que atingiu o maior nível no ano passado chegando a 50,5 kg, apresenta uma ligeira queda de 3%, dada a pequena redução da oferta, aumento das exportações e crescimento da população brasileira. No caso de suínos, é esperada a maior produção para a série histórica, sendo estimada em 4,84 milhões de toneladas, um acréscimo de cerca de 3% na oferta do produto quando comparado com 2021. Esse cenário contribui para a tendência de leve aumento na disponibilidade per capita de carne suína no mercado brasileiro, saindo de 16,9 para 17,5 kg por habitante/ano, o que implica em maior oferta e pressão de baixa para os preços do produto.

Já a produção de carne bovina tende a manter o comportamento de redução na oferta, uma vez que a demanda no mercado interno está desaquecida. Ainda assim, devem ser produzidas 8,1 milhões de toneladas de carnes com expectativa para que a disponibilidade per capita fique em torno de 25 quilos por habitante/ano.

Metodologia — O cálculo de produção de carne bovina tem como base as informações da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais e da Pesquisa Trimestral do Couro, ambas divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A partir da obtenção de dados de abate e peso médio de cada tipo de rebanho (bois, vacas, novilhos e novilhas), e considerando os dados de abates aparentes de cada tipo é obtido a produção de carne para cada tipo de rebanho.

O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos ( 50,1%), Milho não moído, exceto milho doce (80,1%) e Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (25,4%) na Agropecuária; Fertilizantes brutos (exceto adubos) (139,3%), Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (158,2%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (30,7%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (157,3%), Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (170,1%) e Inseticidas, rodenticidas, fungicidas, herbicidas, reguladores de crescimento para plantas, desinfetantes e semelhantes (118,3%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-27,7%), Soja (-91,3%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (-27,2%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho (-8,8%), Pirites de ferro não torrados (-31,7%) e Gás natural, liquefeito ou não (-27,0%) na Indústria Extrativa ; Medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (-19,5%), Outros medicamentos, incluindo veterinários (-22,6%) e Equipamentos de telecomunicações, incluindo peças e acessórios (-22,8%) na Indústria de Transformação.

Acumulado no Ano — No acumulado janeiro a julho 2022, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 11,2% em Agropecuária, que somou US$ 3,30 bilhões; expansão de 109,6% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 13,26 bilhões e crescimento de 28,6% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 136,44 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das importações.

Esta conjuntura de crescimento nas importações foi influenciada pelo crescimento das compras dos seguintes produtos: Pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (34,1%), Trigo e centeio, não moídos (23,2%) e Cevada, não moída (83,5%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (211,1%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (98,5%) e Gás natural, liquefeito ou não (106,5%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (93,4%), Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (175,3%) e Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (58,5%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-8,3%), Cacau em bruto ou torrado (-75%) e Soja (-37,7%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-27,7%), Minérios de cobre e seus concentrados (-59,9%) e Minérios de alumínio e seus concentrados (-38,2%) na Indústria Extrativa ; Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-80%), Equipamentos de telecomunicações, incluindo peças e acessórios (-11%) e Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (-76,5%) na Indústria de Transformação.

Principais Parceiros Comerciais: Argentina — As exportações para a Argentina, no mês de julho de 2022, cresceram 45,8% e somaram US$ 1,39 bilhões. As importações aumentaram 17,4% e totalizaram US$ 1,02 bilhões. Logo, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 0,37 bilhões e a corrente de comércio aumentou 32,2% alcançando US$ 2,42 bilhões.

No período acumulado de janeiro a julho 2022, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para a Argentina cresceram 34,2% e atingiram US$ 8,90 bilhões. As importações cresceram 16,8% e chegaram US$ 7,18 bilhões. Com isto, neste período, a balança comercial para este país apresentou saldo positivo de US$ 1,72 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 25,8% totalizando US$ 16,08 bilhões.

China, Hong Kong e Macau — As exportações para a China, Hong Kong e Macau no mês de Julho/2022, caíram -0,5% e somaram US$ 7,98 bilhões. As importações aumentaram 42,2% e totalizaram US$ 5,38 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 2,60 bilhões e a corrente de comércio aumentou 13,2% alcançando US$ 13,36 bilhões.

No período de janeiro a julho 2022, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para China, Hong Kong e Macau caíram -1,1% e atingiram US$ 55,81 bilhões. As importações cresceram 31,0% e totalizaram US$ 33,75 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial apresentou superávit de US$ 22,06 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 9% somando US$ 89,57 bilhões.

Estados Unidos — As exportações para os Estados Unidos, em julho de 2022, cresceram 14,8% e somaram US$ 3,30 bilhões. As importações aumentaram 60,9% e chegaram a US$ 4,83 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial resultou num déficit de US$ -1,53 bilhões e a corrente de comércio registrou aumento de 38,3% alcançando US$ 8,13 bilhões.

No acumulado de janeiro a julho 2022, em relação ao mesmo período do ano anterior, as exportações para os Estados Unidos cresceram 27,8% e atingiram US$ 20,93 bilhões. As importações cresceram 52,6% e totalizaram US$ 29,88 bilhões. Dessa forma, neste período, a balança comercial para este país apresentou déficit de US$ -8,94 bilhões e a corrente de comércio aumentou 41,3% chegando a US$ 50,81 bilhões.

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