Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

18/08/2022 - 09:09

Envelhecimento e cérebro


Com o passar dos anos, nosso cérebro começa a envelhecer e manter uma mente ativa é super importante para a autonomia do idoso e melhor qualidade de vida.Algumas medidas simples ajudam, como ter uma alimentação saudável, se manter hidratado e praticar atividades físicas, mas sair da rotina também é uma boa forma de forçar o cérebro a trabalhar. Mudar os trajetos dos caminhos e fazer coisas diferentes estão entre dicas. Além disso, manter uma vida social colabora para evitar a depressão, que é maléfica para a cognição. Rir, conversar, estar otimista perante a vida é muito importante.

Quando envelhecemos, as sinapses diminuem nas áreas menos usadas do nosso cérebro. Assim, essas regiões “hipoativadas” começam a atrofiar. Se isso acontecer na área da memória, uma delas, os hipocampos, começa a haver perda da memória. Quando a Sinapse diminui e há atrofia das regiões é muito difícil de recuperar a memória.

Não podemos deixar de ter a Sinapse, movimentando nosso cérebro. Temos que manter o cérebro sempre ativo, fazendo atividades fora do cotidiano, sempre progredindo o cérebro. A pessoa sempre deve procurar estudar algo diferente, aprender coisas novas. Mudar os caminhos de ida para casa ou trabalho.

Dormir bem também ajuda a fixarmos o aprendizado. Uma noite mal dormida reflete no raciocínio e na dificuldade de se lembrar de coisas simples. Muitos acreditam que o idoso dorme menos. Mas isto não é verdade. Em média o idoso deve dormir entre sete ou oito horas por dia. Mas o idoso que dorme entre cinco/seis horas e tem a fase do sono profundo, também fica bem. Mas se o sono for agitado, levantar muitas vezes para ir ao banheiro, por exemplo, o sono não será reparador.

Uma dica que vale para todos para ter uma boa noite de sono é procurar ter um ambiente silencioso e pouco iluminado para um repouso tranquilo. Não assistir programas de TV que contenham cenas de violência e muita ação, evitar bebidas com cafeína e fazer uma refeição leve também ajudam a ter uma boa noite de sono. Quem dorme pouco corre o risco de sofrer com o declínio cognitivo e a apneia do sono aumenta o risco de demência.

Vale a pena prestar atenção em alguns fatores também. A hipertensão, o colesterol alto, o tabagismo e o álcool são fatores de risco para a perda da memória, pois todos começam a acelerar o processo de envelhecimento das artérias. O processo começa com a obstrução nas micro artérias, ocasionando perda de sangue em regiões do cérebro, causando pequenas isquemias e assim os neurônios ficam sem nutrientes e morrem. Por isso é importante praticar atividade física que ajuda a diminuir os fatores de risco, promove maior vascularização cerebral e assim aumenta a ação dos neurotransmissores.

. Por: André Lima, neurologista e Diretor da Neurovida.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira