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07/06/2008 - 21:46

A onda verde e a comunicação unificada

Hoje é oficialmente o dia internacional do meio ambiente, data mais do que propícia para que as empresas dos mais variados setores da economia reforcem suas campanhas em prol de nosso castigado planeta. É no mínimo curioso observar o nível de criatividade das iniciativas que partem do mundo corporativo, todas preocupadas em transmitir o quanto estão comprometidas em reduzir os impactos danosos à natureza.

Existem aquelas empresas que formulam simples questionários com o fim de testar o conhecimento de seus consumidores a respeito dos principais temas ambientais, numa tentativa de gerar conscientização. Outras, impulsionadas pela febre do momento conhecida como “TI Verde”, anunciam mudanças estruturais com a promessa de fabricar novos equipamentos que reduzam o consumo de energia e emitam menos gases de efeito estufa. Sem dizer que é cada vez mais freqüente observar as prateleiras das redes varejistas expondo produtos cujos rótulos estampam componentes que não agridem ou poluem o meio ambiente, ou que são inofensivos à camada de ozônio.

Mas a dúvida que todas essas práticas ainda suscitam é qual o grau de efetividade que de fato possuem? Seriam medidas que realmente ajudariam a combater a crescente degradação a que nosso ecossistema vem sendo submetido nas últimas décadas? Ou muitas delas não teriam cunho meramente oportunista e marqueteiro ao vincular a imagem da marca a ações de sustentabilidade?

O fato é que essa profusão de “idéias verdes” que assolam o mundo deve ser analisada sob um olhar mais crítico e detalhista, de modo a discernir as ações que trazem benefícios reais e imediatos à população, daquelas outras um tanto quanto falaciosas.

Pensemos por exemplo numa questão que ultimamente tem gerado muita repercussão na imprensa, principalmente no Brasil: o trânsito. Desnecessário dizer que as vias das principais capitais do país têm sofrido com a superlotação de automóveis, resultado de uma ascensão no poder de compra dos brasileiros garantida pela estabilidade econômica. É patente o quanto o país é carecedor de ações que visem reduzir drasticamente o uso de automóveis, um dos grandes responsáveis pelo aumento do efeito estufa e pela poluição atmosférica. Para piorar, recentemente um estudo divulgado pelo Citigroup alertou sobre os impactos negativos que os congestionamentos de veículos trarão no curto prazo à economia brasileira, que sofrerá perda de 5% na produtividade. Não indo muito longe, é possível perceber em nosso dia-a-dia o tempo de deslocamento necessário para estar presente em todos os nossos compromissos profissionais.

Uma das medidas que muitos executivos vêm adotando e que já mostram resultados expressivos em resposta a este cenário caótico do trânsito e de aeroportos lotados é o conceito de comunicação unificada, via tecnologia IP. Conferências e reuniões feitas por meio de videoconferência evitam deslocamentos constantes com viagens e agilizam o processo de tomada de decisões, reduzindo não só os custos corporativos como também a emissão de gás carbônico na atmosfera. Ou seja: a empresa, o meio ambiente e as avenidas saem no lucro.

A grande vantagem que esse conceito possui é a capacidade de convergir dados e comunicação de voz em um único sistema integrado, o que garante maior mobilidade e dinamismo no tráfego das informações. A intenção é adequar o ambiente de trabalho a uma tecnologia que incentive a conectividade e, portanto, diminua despesas desnecessárias. Obviamente que continuam a existir situações que exigem um contato pessoal entre as partes, que devem se deslocar fisicamente para realizar determinadas tarefas. Porém, ficam limitadas a um regime de exceção.

Um estudo realizado pelo Instituto Wainhouse Research apresenta o resultado de uma pesquisa realizada com mais de 225 empresas européias, usuárias de soluções de conferência. Mais da metade dos entrevistados (56%) informam que a mudança climática influencia a adoção de soluções de conferência, sendo que 28% das empresas indicaram possuir alguma política de diminuição de emissão de carbono e somente 7% atualmente quantificam o impacto das soluções de conferência. Tais dados sugerem que o entendimento de como utilizar as soluções de conferência em programas de diminuição de emissão de carbono ainda se mostra incipiente.

Diante disso, não parece exagero dizer que as políticas que buscam restringir o uso de automóveis nas grandes cidades estão entre as soluções de maior eficácia quando o assunto é responsabilidade ambiental. Sua viabilidade está calcada na premissa de que são medidas que simultaneamente garantem uma qualidade melhor no ar que respiramos, sem comprometer a produtividade econômica do país e a lucratividade das empresas. Um equilíbrio social sem modismos ou adjetivações duvidosas.

. Por: Alexandre Novakoski é gerente de canais da Seal Telecom, empresa especializada na distribuição e implantação de sistemas para comunicação presencial e à distância.

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