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06/09/2022 - 08:33

Trombectomia: nova tecnologia para tratamento de AVC deve chegar ao SUS


Hospital universitário busca captar R$ 8,7 milhões para projeto que moderniza diagnósticos minimamente invasivos e pode beneficiar mais de 1,2 mil idosos.

A cada hora, 11 pessoas morrem por acidentes vasculares cerebrais (AVCs) no Brasil. Segundo um levantamento do Ministério da Saúde, somente nos seis primeiros meses de 2022 foram registradas mais de 56,3 mil mortes pela doença. O derrame cerebral é também responsável pela maior incidência de danos neurológicos e incapacidade no mundo, com uma taxa de 70% de pessoas que carregam algum prejuízo funcional e 30% que apresentam dificuldades de locomoção. Dados como esses mostram a necessidade de procedimentos cada vez mais especializados e impulsionam para que o SUS tenha uma nova tecnologia disponível: a trombectomia.

— É um procedimento endovascular, ou seja, uma cirurgia realizada por cateterismo, sem grandes cortes, em que o objetivo é realizar a retirada do trombo ou coágulo que está causando o entupimento de um vaso sanguíneo cerebral— explica a neurocirurgiã do Hospital Universitário Cajuru, Luana Gatto. De acordo com a médica, a alteração súbita do fluxo sanguíneo cerebral pode ser isquêmica, quando há o bloqueio de uma artéria, ou hemorrágica, quando um vaso sanguíneo é rompido. No caso de um derrame cerebral isquêmico, que corresponde a 85% dos casos, a inserção de um cateter no vaso sanguíneo do paciente, para remover o bloqueio e restaurar o fluxo sanguíneo, pode salvar muitas vidas.

O procedimento faz parte do serviço de hemodinâmica: uma estrutura fundamental nesse processo de tratamento de doenças cardiovasculares e neurológicas. Uma das causas mais comuns de mortes no país, as doenças cardíacas podem ser ainda mais suscetíveis em idosos, já que a cada duas pessoas com mais de 80 anos, ao menos uma é hipertensa - de acordo com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. —Com o avanço da tecnologia e de novas técnicas de tratamento é possível realizar intervenções minimamente invasivas em doenças que antes eram tratadas apenas com cirurgias abertas de grande porte— explica o cardiologista Rômulo Francisco de Almeida Torres, do Hospital Universitário Cajuru, de Curitiba (PR).

—A agilidade do procedimento e da recuperação impacta diretamente no melhor resultado para a saúde do paciente —afirma o médico. Dedicados em diagnosticar e tratar doenças de forma certeira, os profissionais da saúde que trabalham na hemodinâmica do hospital paranaense com atendimento 100% SUS reconhecem que o setor é importante, principalmente para o tratamento de pessoas com a idade mais avançada. —Quanto mais idosa a população, mais patologias associadas ao envelhecimento são observadas— analisa Rômulo.

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