O Que é sai mais caro no frete internacional? Preço ou serviço?

Cenários, Expectativas e Desafios do Comércio Exterior.

Esse foi o tema de um Painel na última edição da ExpoGestão 2022, que ocorreu no dia 24 de agosto em Joinville, Santa Catarina.

A ExpoGestão dispensa apresentação, um dos maiores eventos de Gestão e Líderes do Brasil. Somente neste ano, passaram pelo evento, mais de 6.300 empresários, CEO’s, líderes e empreendedores. Um evento modelo de inovação, gestão e de retomada com tecnologia. Deixo como exemplo as palestras com a tecnologia de sonorização silenciosa.

Mas, voltando ao assunto em pauta, comércio exterior. O painel discutiu diversos temas, e as perguntas foram as que seguem abaixo: Cenários: 1. Qual é o Cenário do Mercado Financeiro em relação ao comércio exterior para 2023?

Desafios: 2. Quais serão os grandes desafios do Comércio Exterior em 2023? . Tendências |. Logística Internacional

Expectativas: 3. China: . O que as grandes potências estão desenhando para tirar a dependência da China? . Ainda vale a pena apostar na China como fornecedor Global?

Enfim... imaginem que painel! Foram 90 minutos maravilhosos de debates e discussões, incluindo a plateia presente.

Estando como mediador do painel, aprendi muito com os convidados no palco. E entre todos os assuntos discutidos, um me chamou atenção, o assunto polêmico, e que levei para “casa” como uma lição de negócios. Fretes Internacionais!

O painelista convidado a falar sobre o assunto, iniciou comentando - “Nem os chineses sabem como vai estar o frete amanhã. Como nós vamos falar algo sobre isso?”. E continuou – “Hoje, no mercado de fretes internacionais, o frete é importante, mas só o custo não é mais relevante. Pois o serviço e o relacionamento são muito mais importantes! Quanto custa uma carga “rolada pelo armador”? “Quanto custa um frete barato com um serviço ruim, erros no processo, nos documentos”?

Custo ou relacionamento? Nós que trabalhamos todos os dias com comércio exterior, somos pressionados a buscar o melhor “custo x benefício”, porém, sempre miramos no custo. Onde está o benefício? Analisando o pensamento debatido no painel, hoje eu vejo que o grande benefício está sim, no relacionamento com os nossos fornecedores. Na visão estratégica e na escolha dos bons fornecedores. Olhar só o “custo” pode sair muito caro. Temos que olhar o “todo”.

Já imaginou você fechar um frete de USD 10 mil, em que a mercadoria custa USD 50 mil e você fecha o frete com uma empresa sem estrutura e sem relacionamento de mercado, para reduzir o seu custo em 200 ou 300 dólares? Que prejuízo você pode ter lá na frente? Já vimos casos de perca da mercadoria.

Responsabilidade — Pesquisando um pouco mais, buscamos alguns itens de responsabilidades dos embarcadores, NVOCC, Agentes de Cargas ou Freight Forwarders. Podem chamar como quiser, todos estes, que emitem o famoso BL (Bill of Lading – Conhecimento de frete), tem responsabilidades e os clientes se tornam solidários. São responsabilidades perante as autoridades, armadores e as penas não são poucas. Demurrage, Detention, entre outras.

Você deve estar se perguntando, o que tem a ver comigo se eu sou o cliente? Se você pegar o seu BL hoje. O cliente final é você. O agente de carga é apenas um intermediador e se o “buraco” for grande e o agente não tiver estrutura financeira, vai sobrar para você.*

Meus amigos e minhas amigas. É aí que vem aquelas velhas frases dos nossos avós. “O barato sai caro” e “O seguro morreu de velho”, por aí vai... Quando você for contratar algum serviço ou produto internacional, pense bem no “Custo X Benefício”. Ele deve conter mais peso no benefício. O custo tem que ser composto por uma gama de serviço de qualidade, relacionamento, estrutura, responsabilidade e histórico de mercado.

Minha dica, é você pesquisar. E a melhor pesquisa que existe no mundo é a indicação. Pergunte para o seu amigo qual fornecedor ele usa, pois se não deu problema ainda, já é uma vantagem. E cuidado com aqueles que querem entrar na sua empresa dizendo que tem o serviço mais barato. Isso não é um bom sinal.

. Por: Jonathan Roger Linzmeyer, Diretor de Comércio Exterior da Associação Empresarial de São Bento do Sul (ACISBS), Coordenador do Núcleo de Comércio Exterior da ACISBS, Relações Públicas da B&M Logística Internacional, Diretor da Invert do Brasil S.A

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