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10/06/2008 - 06:35

Indústria médico-hospitalar e odontológica fatura US$ 3,74 bilhões em 2007

Estudo de mercado revela que setor expandiu em mais de 100% nos últimos oito anos.

São Paulo - A indústria brasileira de insumos e equipamentos médico-hospitalares, odontológicos e de laboratórios registrou faturamento de US$ 3,74 bilhões e gerou 31,3 mil postos de trabalho, no ano passado. Os números do faturamento representam um crescimento de 21% em relação a 2006. O bom desempenho mantém o ritmo de expansão que a cadeia produtiva apresenta desde 1999. Nos últimos oito anos, as 449 companhias que atuam no segmento assinalaram crescimento médio de 4,2% ao ano.

Os dados são resultado do "Estudo Setorial da Indústria de Equipamentos Odonto-Médio-Hospitalar e Laboratorial no Brasil", encomendado pela Associação Brasileira de Artigos de Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO). De acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), a evolução do setor está atrelada ao desenvolvimento das empresas, que hoje possuem capacidade para suprir 90% das necessidades de equipamentos e materiais de consumo de um hospital geral, com tecnologia de ponta e preços competitivos.

De acordo com o levantamento, o setor responde por 0,35% da mão-de-obra empregada na indústria de transformação do país. Uma marca relevante quando considerado que o setor reúne apenas 449 empresas dentro do universo de 300 mil companhias no país.

As estatísticas de exportação também são animadoras. Em 2007, o setor contabilizou US$ 525 milhões em vendas externas, representando um aumento de 14% se comparado a 2006. Estados Unidos, Argentina e México figuram como os principais destinos dos produtos brasileiros nesta área. "Nossa principal meta era o aumento das exportações. Neste sentido, os resultados foram extremamente positivos. As projeções indicam que em um ou dois anos superaremos a marca de US$ 1 bilhão em exportações. Isto é muito significativo para um setor que 10 anos atrás praticamente não exportava", avalia o presidente da ABIMO, Franco Pallamolla.

Déficit na balança comercial - O saldo, mesmo favorável, ficou abaixo do que a cadeia médico-hospitalar e odontológica esperava, por conta da desvalorização do dólar. O câmbio deixou, principalmente, as pequenas e médias empresas menos produtivas. A valorização do real frente ao dólar fez ainda o déficit da balança comercial do segmento subir em 31,5%. As importações alcançaram US$ 2,1 bilhões no último ano. Dentre os principais fornecedores destacam-se Estados Unidos (33,1%), Alemanha (15,6%), Japão (5,6%) e China (4,5%).

Somado à baixa cotação da moeda estrangeira, a balança sofreu com a política de isenção de impostos para insumos e produtos que não têm fabricação nacional similar. "O Brasil possui base tecnológica e adensamento industrial capaz de permitir uma permanente e constante redução do déficit comercial no nosso setor. Para isto, destacamos como uma boa estratégia do governo a intersecção feita entre a política social (aumento do acesso ao SUS) e a política industrial (representada pelas metas indicadas na Política de Desenvolvimento Produtivo). Sendo o Ministério da Saúde o gestor destes dois programas, teremos de fato uma política industrial induzida", acredita Pallamolla.

Pelas estimativas do estudo, as expectativas do presidente da ABIMO devem se concretizar. Com base nos resultados históricos, as projeções da pesquisa indicam crescimento até 2010, baseadas no bom momento da economia nacional.

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