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01/10/2022 - 09:00

Os impulsos da pandemia para a transformação digital na saúde

Médica digitando no computador, exemplificando a transformação digital na saúde.

Os reflexos da pandemia de Covid-19 ainda ressoam em diferentes áreas, especialmente na saúde. Quando o assunto é implementação de tecnologias, mais do que uma adaptação pontual, o momento impulsionou uma tendência de transformação digital na saúde, que se tornou indispensável nas estratégias de modernização da estrutura organizacional dos hospitais.

Ao analisar a longo prazo a evolução tecnológica das instituições de saúde, é possível identificar a melhora no controle e armazenamento das informações com o início da informatização nos hospitais, em meados das décadas de 70 e 80. Entretanto, a tecnologia da época dispunha de grandes computadores e alto preço de aquisição e manutenção, além de poucos recursos que auxiliavam, de fato, no processo do hospital.

Já no cenário atual, ao adentrar em um hospital informatizado, é possível observar a integração e controle de processos desde a recepção até o centro cirúrgico. Desta forma, a tecnologia possibilita o atendimento sem a utilização de papéis, a visualização de exames na tela do computador, além de recursos que facilitam o processo assistencial e a tomada de decisão clínica, por exemplo.

A transformação digital na saúde durante a pandemia — Em um primeiro momento, desde a instauração das políticas de isolamento e distanciamento social durante a pandemia, ficou evidente a necessidade de uma adaptação quanto ao modelo de serviço oferecido. Para tanto, o atendimento dos pacientes à distância tornou-se uma realidade em grande parte das instituições.

Em muitas dessas, por sua vez, esse foi o primeiro passo em direção à transformação digital na saúde, gerando uma forte demanda de investimento a curto prazo, remodelando processos, estrutura e tecnologia.

Daí surge a busca por novas soluções tecnológicas como o prontuário eletrônico e a certificação digital, que além de garantirem agilidade e praticidade no processo, trazem mais segurança às equipes assistenciais, evitando perdas de informações pelo uso do prontuário físico e agregando retorno financeiro e de imagem à instituição.

Um mapeamento realizado em parceria pelas associações Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e Brasileira de Startups de Saúde (ABSS) durante os meses de junho e julho de 2022, endossa tais benefícios. Entre os desafios do setor na área tecnológica, 24% dos entrevistados mencionaram a falta de interoperabilidade sistêmica, especialmente entre prontuários eletrônicos e registros da assistência via telemedicina, 24% a dificuldade de engajar o corpo clínico em novas tecnologias, 24% a falta de padrão na jornada do paciente, 9% a falta de padrão nos protocolos e 9% as inconsistências no faturamento.

Além disso, quando questionados sobre quanto teriam deixado de faturar em função dos gargalos diários, 37,6% dos entrevistados informaram entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões, 20,8% até R$ 500 mil, 16,8% entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões, 12,9% entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão, 7,9% acima de R$ 10 milhões e 4% entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões.

Desafios do investimento em tecnologia nos hospitais — Quando falamos em investimentos, muitas vezes os hospitais acabam tendo que escolher entre software ou hardware, sendo que o ideal é que haja um equilíbrio. Ou seja, um investimento gradativo não só em software, mas também em equipamentos que suportam a tecnologia, bem como em dispositivos que melhoram a mobilidade e a agilidade na inserção das informações.

Exemplo disso é a utilização do prontuário eletrônico, mas com a impressão em papel, cenário ainda comum em muitas instituições. O ideal, porém, é a migração para um sistema 100% eletrônico. Neste caso, a utilização do prontuário junto da certificação digital e de um GED (Gestão Eletrônica de Documentos) faz com que as soluções melhorem o processo como um todo, não só de forma parcial.

Nesse sentido, o mercado conta atualmente com tecnologias que podem ser muito benéficas no processo de transformação digital na saúde, pois trazem mais agilidade, controle e produtividade, uma vez que automatizam processos manuais.

A assinatura de documentos 100% digital, por exemplo, evita gastos com papel e perdas de documentações importantes para controle do prontuário. Há também soluções que agilizam e integram as notas fiscais dentro do sistema, evitando desgastes e lançamentos manuais, mitigando erros e falhas operacionais.

Assim, tecnologias como essas facilitam o atendimento de pacientes e geram maior disponibilidade das equipes a atenderem de qualquer lugar, quebrando barreiras de distância e tempo. Sem contar a possibilidade do atendimento seguro, evitando o risco de contágio, seja do Covid-19, como também de outros vírus.

Tecnologias ainda escassas nas instituições de saúde — Diante, muitas vezes, da incompatibilidade de software ou investimentos, as instituições de saúde ainda carecem da implementação de tablets e smartphones em seu dia a dia, que possibilitem a continuidade no atendimento digital sem a necessidade de equipamentos maiores como notebooks e computadores.

Além disso, cabe ressaltar as ferramentas de barramento para integrações diversas que as instituições possam precisar e que ainda apresentam muitos transtornos de entrega na qualidade da informação ou até mesmo ausência de conteúdo. Esses gargalos, por sua vez, se tornam fluidos a medida em que as instituições de saúde compreenderem a necessidade de dedicar esforços na implementação de soluções voltadas para integrações e implementações de recursos. Além de otimizar a experiência do paciente, elas atuam na melhoria de processos e qualidade das informações, favorecendo os ganhos da transformação digital na saúde.

. Por: Daniel Rocha, Diretor Executivo da Digisystem, empresa 100% brasileira com 31 anos de experiência em serviços especializados em TI.

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