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Centenário Niemeyer


Oscar Niemeyer 10|100, sob curadoria de Lauro Cavalcanti, diretor do Paço Imperial, e preparada pela Fundação Oscar Niemeyer, abre as comemorações do centenário do arquiteto carioca.

A mostra é centrada na numerosa e significativa produção do arquiteto dos últimos dez anos, cerca de 40 projetos, com destaque para o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, de 1996, o Caminho Niemeyer, Niterói, de 1997, o Serpentine Pavilion, em Londres, de 2003, o Teatro do Parque Ibirapuera, São Paulo, de 1999, e o Museu de Brasília, de 2003.

Distribuídos em 770 metros quadrados e 260 metros lineares estão 80 desenhos originais, projeção de fotos de Marcel Gautherot de obras do arquiteto, filmes, projetos recentes, 17 maquetes, uma escultura de três metros, móveis e 16 vitrines com documentos originais, incluindo escritos de Niemeyer.

A exposição está inserida no projeto Atelier FINEP, uma parceria com o Paço, desde 1994, que propõe desvendar o processo criativo do artista. Por isso será dada ênfase ao modo como o arquiteto concebe, projeta e detalha suas obras através de croquis e desenhos livres originais, desenhos técnicos e maquetes. A íntegra dos 40 projetos dos últimos dez anos será exibida em projeção de larga escala.

Exposição - A mostra abre com uma linha do tempo ilustrada por maquetes dos projetos principais, desenhos e pequenas frases do arquiteto, que auxiliam o espectador na fruição das obras.

Pampulha e Brasília terão destaque especial. A primeira marca o nascimento de uma linguagem autônoma brasileira, e a segunda, projeto urbanístico de Lucio Costa e arquitetura de Niemeyer, é a única grande cidade do mundo inteiramente concebida dentro de princípios modernos.

Uma sala especial é dedicada a cerca de 50 fotos da Pampulha e de Brasília, feitas pelo francês Marcel Gautherot e escolhidas por Niemeyer para comporem sua coleção pessoal, jamais mostradas em sua totalidade. É um modo de homenagear o grande fotógrafo, assim como evidenciar a cumplicidade entre Gautherot e Niemeyer, em que este participava diretamente da seleção dos ângulos e das perspectivas para a documentação de sua obra.

O segmento seguinte é dedicado ao engajamento político de Niemeyer face às injustiças do mundo e seu apreço pelas curvas femininas, ilustrados por desenhos, croquis e textos.

O arquiteto está envolvido pessoalmente com todas as etapas de concepção, desenvolvimento, implantação e construção de seus projetos. Foram selecionados dois para se exibir registros detalhados do processo de sua realização: a Universidade de Constantine (Argel, Argélia) e a sede do Partido Comunista Francês (Paris, França).

Diz o curador Lauro Cavalcanti: - Excepcional arquiteto, Oscar Niemeyer destaca-se também pela maestria, graça e leveza de seus desenhos. Aspectos pessoais de Niemeyer estarão em frases retiradas de um texto recente, no qual assinala a necessidade de a arquitetura voltar-se para a tecnologia e o futuro.

Será, ainda, exibido um questionário de seus gostos e preferências, seguindo o modelo concebido por Marcel Proust. Escultura e movéis criados por Niemeyer completam a exposição.

Livros, láureas, filmes - Desde meados do século XX, o arquiteto é foco de publicações no exterior, como The Work of Oscar Niemeyer, de Stamo Papadaki, EUA, 1950; Oscar Niemeyer, pela editora Arnoldo Mondadori, Itália, 1975; Guida a Niemeyer (A arquitetura de Oscar Niemeyer), de Lionello Puppi, Itália, 1987; Oscar Niemeyer, de Josep M. Botey, Canadá, 1990; Oscar Niemeyer: poète d'architecture, de Jean Petit, Suíça, 1995. Este ganha edição brasileira em 1998.

Ainda em 1998, Niemeyer publica no Brasil suas memórias: As curvas do tempo, que é editado na França, Les Curves du temps, pela Gallimard, no mesmo ano, e na Inglaterra, The Curves of Times, pela Phaidon Press, em 2000.

Sua primeira obra de ficção, Diante do nada, é publicada no Brasil em 1999. Também neste ano, o cineasta belga Marc-Henri Wajnberg lançou o documentário Oscar Niemeyer, um arquiteto engajado em seu século. No último Festival do Rio, Fabiano Maciel apresentou o documentário de longa metragem Oscar Niemeyer, a vida é um sopro, com depoimentos, entre outros, de José Saramago, Eric Hobsbawn, Eduardo Galeano, Chico Buarque.

Entre as inúmeras láureas internacionais de sua carreira estão: Medalha Cidade de Nova York, 1939; Prêmio Lênin da Paz, 1963, URSS; Medalha Juliot-Curie e o Grande Prêmio Internacional de Arquitetura e de Arte, da revista L'Architecture d'Aujourd'hui, 1965, Paris; Grande Oficial da Ordem do Rio Branco, do Brasil, 1985; Prêmio Pritzker de Arquitetura, 1988, Chicago; Prêmio Príncipe de Astúrias na categoria Artes, da Fundação Principado de Astúrias, 1989, Espanha; Medalha do Colégio de Arquitetos de Catalunha, de Barcelona [Espanha], 1990; Grã-Cruz da Ordem do Rio Branco, 1991, Brasil; Leão de Ouro da Bienal de Veneza, 1996, e Medalha de ouro do Royal Institute of British Architects [Instituto Real dos Arquitetos Britânicos] - RIBA, 1998.

Entre seus principais títulos estão o de Membro Honorário da Academia Americana de Artes e Ciências, 1949, o de Cavaleiro Comendador da Ordem de São Gregório Magno, do Vaticano, 1990, o de Arquiteto do Século XX, do Conselho Superior do Instituto de Arquitetos do Brasil e o de Patrono da Arquitetura Brasileira, 2001, outorgado pela Câmara dos Deputados, Brasília, 2005.

Projeto Atelier FINEP - Atelier FINEP é uma parceria do Paço Imperial com a FINEP [Financiadora de Estudos e Projetos], ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, desde 1994, com o objetivo de incentivar a investigação de linguagem nas artes. O convidado apresenta sua obra e desvenda seu método de pesquisa e criação.

Já participaram do projeto Anna Bella Geiger, Ivens Machado, Malu Fatorelli, Beatriz Milhazes, Luiz Paulo Baravelli, Chico Cunha, Iole de Freitas, Luiz Aquila, Aluisio Carvão, Waltercio Caldas, Ascânio MMM, Daniel Senise e Angelo Venosa, Antonio Dias|Roberto Magalhães, Cildo Meireles, Eduardo Sued, Jac Leirner, Tunga e Barrio, Luiz Pizarro, Rubem Grilo, Paulo Paes, Nuno Ramos, Amélia Toledo, Avatar Moraes, Carlos Vergara, Lygia Pape, Nelson Leirner, Valeska Soares, Bet Olival, Jacqueline Vojta, Edson Barrus e Giancarlo Lorenci, Alexandre Vogler, Arthur Leandro, Edwiges Dash, Jacqueline Belotti, Leonardo Tepedino, Luis Andrade, Carla Guagliardi, Paulo Vivacqua, Sonia Andrade, Milton Machado, Regina Silveira, Antonio Dias, Franz Weissmann, José Resende, Anna Maria Maiolino, José Bechara, José Damasceno, Marcelo Silveira, Carmela Gross e Samico.

. Oscar Niemeyer 10|100 está aberta ao público de 29 de janeiro até 29 de abril, de terça a domingo, das 12 às 18h30, no Paço Imperial, Praça XV de Novembro 48, Centro - Rio de Janeiro, telefones (21) 2533-4407. Grátis.

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