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05/10/2022 - 07:30

Resíduos eletrônicos: um desafio para a indústria

Todos os dias, milhares de toneladas de lixo eletrônico são gerados no mundo. Lixo este, que, além de possuir um modelo de descarte muito específico, requer um manuseio especial no momento de reciclá-lo. De acordo com a Universidade Javeriana, da Colômbia, o uso incorreto de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos (RAEE) , como são conhecidos, tem implicações sérias para a saúde. O estudo “Outra pandemia moderna: lixo elétrico e eletrônico”, realizado pela Universidade, indica que esses dispositivos podem conter até 69 elementos químicos, incluindo materiais tóxicos, como chumbo, mercúrio, cromo, entre outros.

Caso não sejam manejados da forma correta, a presença de metais pesados e outras substâncias perigosas s constituem um sério risco para a saúde humana. Um monitoramento realizado pelas Nações Unidas concluiu que, na América Latina, 97% do lixo eletrônico não é tratado adequadamente. O Brasil é o primeiro país na América Latina e o quinto no mundo que mais gera RAEE – segundo o relatório, apenas em 2019, mais de 2 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos foram descartados no país, com menos de 3% desse volume sendo reciclado.

Tendo em vista que as empresas são as maiores produtoras e acumuladoras de lixo eletrônico, cabe a elas a responsabilidade de propor novas estratégias de consumo e reciclagem com visão de longo prazo, seja na compra ou no desenvolvimento de equipamentos. Em muitos casos, o descarte de equipamentos se justifica como efeito colateral do crescimento do negócio, ignorando as soluções que já existem para gerar uma economia circular e ser responsável com o meio ambiente.

São várias as empresas que têm procurado acolher este tipo de prática. A Zebra Technologies, como líder no setor de soluções tecnológicas para dispositivos, criou o programa “Economia Circular”, que possibilita que os clientes que usam equipamentos da marca possam revendê-los para a empresa para que possam ser reparados, revisados sob os mais altos padrões de qualidade e recolocados no mercado a preços competitivos para pequenas e médias empresas ou empresas que desejam agilizar suas operações sem altos níveis de investimento. Os equipamentos recondicionados da Zebra têm um segundo ciclo de vida que varia entre 2 e 5 anos.

Dito isso, é essencial que no contexto atual as empresas compreendam o impacto de seus resíduos eletrônicos e tomem consciência das implicações de se comprometer com a responsabilidade ambiental. Uma das estratégias que podem implementar é adquirir equipamentos recondicionados, certificados pelo fabricante. Isso garante que eles sejam totalmente funcionais para a otimização da cadeia de suprimentos. Além disso, essa modalidade pode beneficiar economicamente as empresas, já que em 2019, esse tipo de resíduo continha aproximadamente 1,7 bilhão de dólares de matérias-primas secundárias como ouro, terras raras, ferro, cobre e alumínio.

Essas estratégias respondem não apenas às demandas do ecossistema, mas também às demandas atuais dos usuários. Embora o mundo tecnológico avance a cada dia aos trancos e barrancos, a marcha da sustentabilidade tem que ser ainda mais rápida.

. Por: Andrés Rincón, Gerente de Portfólio GMSS para América Latina da Zebra Technologies.

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