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06/10/2022 - 09:07

Trigos com maior rendimento e estabilidade são pauta de dia de campo


O evento, que expôs novas cultivares e tecnologias, reuniu a cadeia do trigo na região de Ijuí em busca de mais produtividade e estabilidade na produção.

À medida que as lavouras de trigo na região de Ijuí, que concentra a maior produção do cereal no Rio Grande do Sul, vão se encaminhando à metade final do ciclo, mais evidente ficam as perspectivas de um bom potencial de rendimento para o final da safra. Mesmo com as chuvas presentes no início do ciclo, adiando a semeadura do trigo, as lavouras, de forma geral, conseguiram ter um bom desenvolvimento. Com isso, o potencial produtivo construído até aqui tende a ser superior ao visto na safra passada. Para ajudar nesse cenário, as lavouras da região não sofreram perdas significativas com as geadas ocorridas nas últimas semanas. E visando a conclusão desta safra e o planejamento das próximas, mais de 250 pessoas, dentre multiplicadores de sementes, assistentes técnicos e representantes da indústria moageira da região participaram do Dia de Campo Biotrigo 2022. O evento ocorreu no dia 05 de outubro (quarta-feira), em Ijuí (RS).

Os dias de campo de trigo, tradicionais nesta época do ano, cumprem um papel importante no resultado final das safras. Isso porque esses eventos costumam ser o local para uma ampla transferência de tecnologia à assistência técnica, assim como uma grande troca de informações entre a Biotrigo e os participantes. “Nosso objetivo é poder repassar os dados gerados no nosso campo e apresentar as cultivares disponíveis, para que a assistência técnica esteja municiada com essas informações e o agricultor possa ser beneficiado nos anos seguintes”, indica o gerente comercial sul da Biotrigo, Tiago de Pauli. Dentre os materiais expostos nessa vitrine técnica, estiveram dois lançamentos de 2022.

Um deles é TBIO Motriz, cultivar que representa a evolução de TBIO Toruk. “Motriz, quando comparado ao seu antecessor, apresenta maior potencial produtivo e segurança no manejo a campo”, ressalta Tiago. A cultivar, que chega em uma plataforma de ciclo médio/tardio, similar a TBIO Ponteiro, permite uma antecipação da janela de semeadura. O material ainda oferece avanços relevantes em seu pacote fitossanitário, com evoluções no nível de resistência a manchas foliares, bacteriose e giberela.

O outro lançamento da Biotrigo em 2022 é o TBIO Capaz, cultivar que une uma farinha branqueadora junto a um conjunto agronômico equivalente a materiais de portfólio, como o TBIO Audaz. “A cultivar conta com um excelente tipo de planta, elevado rendimento, alta segurança de espiga e folha e ainda traz a característica de farinha branqueadora, o que tende a oferecer um diferencial competitivo na hora da comercialização”, comenta Tiago. Por seu ciclo superprecoce, o material também é uma ferramenta útil para o escalonamento de semeadura, podendo ser posicionado no fechamento da janela. Os dois lançamentos de 2022, TBIO Capaz e Motriz, entrarão em multiplicação a partir da próxima safra.

Precocidade e rendimento — Disponível já na próxima safra, TBIO Calibre promete mudar os padrões de rendimento dentro do ciclo superprecoce. —Devido ao número de espigas por metro quadrado que a cultivar produz, junto ao expressivo número de grãos por espiga, Calibre oferece um excelente potencial produtivo — indica o supervisor comercial da Biotrigo, Gustavo Posser. A genética do material traz um tipo de planta moderno, com um porte mais baixo e uma ótima resistência ao acamamento, fator que permite um maior investimento na cultura do trigo. — Além disso, Calibre é uma cultivar equilibrada para as principais doenças, como o oídio, mosaico e ferrugem da folha. No geral, é um trigo fácil de manejar no campo — cita Gustavo. Para dar ainda mais segurança ao produtor, Calibre proporciona um excelente nível de resistência à germinação em pré-colheita, o que pode ser importante em anos com ocorrência de chuvas no final do ciclo do trigo.

Para colher trigo sempre — Considerando as amplas diferenças climáticas safra após safra nas regiões produtoras de trigo no Brasil, um novo produto ganha destaque. Disponível ao produtor já a partir de 2023, XBIO Fusão é a mistura entre duas cultivares de trigo, TBIO Audaz e TBIO Sagaz, e tem como seu principal destaque uma maior estabilidade produtiva na lavoura. — Com a mistura entre esses dois genótipos, há um efeito de compensação. Ou seja, a condição climática ou de ocorrência de doenças apresentada em uma safra, causa menos impacto na lavoura devido à menor suscetibilidade de um dos componentes da mistura — afirma Gustavo. XBIO Fusão, segundo ele, traz evoluções em alguns pontos de Audaz, como uma curva de progressão mais lenta ao oídio e uma panificação ainda mais destacada, incluindo a cor mais clara da farinha produzida pelo mix. — É uma evolução praticamente perfeita, pois a indústria ganha uma mescla com excelente performance e o agricultor ganha mais estabilidade em sua produção, aumentando a sua taxa de sucesso no campo — avalia.

Mais rendimento e qualidade destacada — O projeto Trigos Especiais conta com duas novidades, tanto para o mercado de panificação, quanto para a indústria de biscoitos e confeitaria. TBIO Blanc, cultivar branqueadora, estará disponível ao agricultor na próxima safra e traz evoluções em termos de potencial produtivo quando comparado ao seu antecessor, Noble. — Blanc é altamente produtivo, com potencial comparado a materiais de portfólio, como o TBIO Ponteiro, e ainda traz avanços em seu pacote fitossanitário, facilitando o manejo do produtor — aponta o supervisor de novos negócios da Biotrigo, Rodrigo Gutierrez. Outra cultivar que compõe o projeto e oferece um alto potencial de rendimento ao agricultor no segmento de biscoitos é o TBIO Ênfase, lançado em 2022. —Essa cultivar tem origem em um programa específico para atender a indústria de biscoitos e confeitaria e faz parte de um projeto de segregação, entregando uma evolução relevante do ponto de vista agronômico— aponta.

Trigos largos: um novo conceito — O dia de campo ainda contou com a apresentação de mais uma novidade, que representa a introdução de uma nova tecnologia no Brasil. Trata-se dos trigos de ciclo largo, que, nas linhagens apresentadas, possuem de sete a dez dias a mais do que os trigos médio/tardios, como TBIO Ponteiro. Conforme o gerente de melhoramento da Biotrigo, Ernandes Manfroi, um ciclo mais longo pode auxiliar o agricultor de diversas formas. —Isso permite que a semeadura do trigo seja ainda mais antecipada, reduzindo a janela em que o solo fica em pousio. Além disso, esse fator auxilia no combate às plantas daninhas e promove um melhor aproveitamento do nitrogênio residual da cultura antecessora, geralmente a soja— destaca. No fim das contas, é esperado que os trigos de ciclo largo consigam entregar maior rendimento e estabilidade produtiva, o que traz benefícios para o sistema de produção e mais rentabilidade à propriedade.

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