15ª Feira Hospitalar reúne líderes dos setores público e privado na sua abertura oficial

Presente no cerimonial que abriu o evento, Lula declarou que o segmento da saúde retoma o potencial de crescimento, registrado pela indústria na década de 70.

São Paulo - Projeções otimistas para o setor da saúde permearam os discursos da cerimônia de abertura da 15ª Feira Hospitalar, no dia 10 de junho (terça-feira), em São Paulo. A solenidade contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dos ministros da Saúde, José Gomes Temporão, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, além de outras lideranças dos setores público e privado. A feira, que segue até sexta-feira, reúne mais de mil expositores ligados ao segmento médico-hospitalar e odontológico, no Expo Center Norte, no bairro de Vila Guilherme.

Em seu discurso, Lula afirmou que a indústria brasileira retoma seu potencial de crescimento, vivido na década de 70. Para fomentar o desenvolvimento da cadeia produtiva dedicada à saúde, o presidente destacou como medida governamental o programa Mais Saúde, também conhecido como o PAC da Saúde. No entanto, lamentou a falta de recursos para subsidiar a proposta. "O Mais Saúde foi o programa mais bem elaborado na história da saúde pelo ministro Temporão e sua equipe. Mas, infelizmente, a CPMF não foi aprovada no Senado brasileiro", lembrou Lula.

Temporão também destacou o Mais Saúde como uma medida capaz de melhorar o Sistema Único da Saúde (SUS) e impulsionar o desenvolvimento da indústria ligada ao setor. Segundo o ministro, a saúde figura como uma política social e, ao mesmo tempo, como uma estratégia de crescimento de produção, inovação e conhecimento. "Essa dualidade é entrelaçada. Conseguimos dentro do Mais Saúde expandir o Brasil Sorridente, o Farmácia Popular, ampliar o número de leitos de UTI, construir hospitais, implantar novos sistemas de informação e melhorar a qualidade de atendimento da população. Com isso, produzimos riquezas, inovação e emprego. Eu espero nunca mais ouvir falar que investir dinheiro na saúde é gasto. Saúde é investimento em todas as escalas", disse Temporão.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO), Franco Pallamolla, reforçou que a iniciativa privada também tem o propósito de fazer mais e melhor pelo SUS e ainda aplicar recursos em pesquisa. "Somos empreendedores, sócios de uma só parceria, e trabalhamos para o bem-estar social. Por isso, também é fundamental que se multipliquem alianças estáveis e duradouras entre empresas e universidades, vinculadas pelo elo da tecnologia", declarou Pallamolla.