Chilli Beans vira marca brasileira global

Interesse de investidores estrangeiros leva a marca de óculos e acessórios a países como Colômbia, Venezuela e Panamá. A empresa exportará mão-de-obra para onde abrir pontos-de-venda.

A marca de óculos Chilli Beans está identificando qual a melhor estratégia para entrar em outros países, dentro do seu plano de expansão internacional para os próximos cinco anos. Isso tudo porque a marca brasileira de óculos e acessórios tem sido alvo de investidores estrangeiros. A marca, fundada por Caito Maia, em 1997, abrirá pontos em Panamá, Colômbia e Venezuela em 2008. Mas deixa claro que a iniciativa é voltada ao interesse em expansão e não em vender a marca.

O pontapé inicial da Chilli Beans em solo estrangeiro teve início em 2005, com a abertura do primeiro ponto-de-venda em Lisboa, Portugal. Hoje, a marca já soma seis pontos na capital lusitana. Em junho de 2006, entrou nos EUA, inaugurando sua primeira loja em Los Angeles, na Melrose Avenue, um dos pontos mais descolados da Califórnia. No Brasil, possui mais de 200 pontos-de-venda, entre lojas e quiosques. No final de 2008, serão 243 em território nacional.

"Sempre sonhei em criar uma marca brasileira global", diz Caito. Não é um sonho impossível para quem construiu uma rede de lojas a partir do nada. Todos os produtos Chilli Beans são fabricados por fornecedores nacionais e internacionais que passam por uma criteriosa avaliação de qualidade. Dessa forma, a marca abastece suas coleções com o que há de melhor e mais novo nos segmentos de acessórios. A criação do design de cada modelo é feito por profissionais da Chili Beans.

“Muitas marcas internacionalizam em formatos engessados, mas nós não acreditamos nisso. O que estamos padronizando é o DNA da marca, a personalidade que a Chilli Beans tem, um conceito único, que não existe em lugar nenhum do mundo. Evoluímos muito em termos de qualidade e de logística, sem contar que temos estilo próprio. Outra vantagem é nosso poder de adaptação, a gente pode entrar em qualquer lugar, sofrer as mutações que o mercado exige, sem abalar a raízes da Chilli Beans”, completa Caito.

No segundo semestre, a marca abrirá dois pontos em Bogotá, na Colômbia. O mesmo plano repete para as cidades de Caracas, na Venezuela, e para a capital do Panamá, em parceria com as empresas Pinevere (Operadores Comerciales) e Inter, respectivamente. “A idéia é sentir o mercado, ter o feedback, fazer os ajustes necessários e, em 2009, entrar com um plano de expansão bastante agressivo”, conta Caito.

Em Bogotá, a marca começa com uma superloja, levando o conceito de auto-atendimento. O Espelho Digital, presente em toda a rede Chilli Beans no Brasil, também embarca para as lojas do exterior. O equipamento conta com tecnologia brasileira desenvolvida exclusivamente para a marca. Câmeras adaptadas em telas planas com sistema touch screen filmam o cliente e congelam a imagem. Dessa forma, é possível comparar em até quatro ângulos diferentes o produto que está provando. E depois ainda pode enviar as imagens para o endereço eletrônico desejado.

O dinâmico sistema de abastecimento, com cerca de 10 lançamentos por semana, também será mantido, assim como o modelo de negócios aplicado no Brasil, que alia produto de qualidade com informação fashion e preços acessíveis.

A empresa também exportará mão-de-obra para onde abrir a marca. Funcionários do Brasil passarão por uma seleção feita pela empresa para trabalhar nas operações internacionais.

Mario Ponci Neto, diretor de expansão da Chilli Beans, afirma que o plano de expansão da marca inclui também o Brasil. “Temos planos de abertura para mais 40 pontos este ano. No final de 2008, serão 243 em território nacional”, finaliza.