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11/06/2008 - 10:08

Produção de roupas profissionais no Brasil certificação de qualidade e responsabilidade sócio-ambiental

Programa voluntário desenvolvido pela ABIT e ABDI regulamenta o segmento, que conta com 1.700 empresas e movimenta cerca de R$ 3,5 bilhões/ano no País.

O cenário para produção de roupas profissionais no Brasil está prestes a mudar com a implantação do Programa Brasileiro de Auto-Regulamentação de Roupas Profissionais, que traz em seu escopo um processo de Certificação, denominado Selo Qual. Ao estabelecer parâmetros técnicos e exigências para a certificação, o Programa traz ao País a adequação e a conformidade necessárias para uim segmento hoje comprometido por padrões aleatórios de produção e avaliação de desempenho dos seus produtos. Ainda assim, o negócio de roupas profissionais no Brasil, que atualmente possui pouco mais de 1.700 empresas, cresceu mais de 80% em produção e 51% em valor na última década. Em 2007, movimentou perto de R$ 3,5 bilhões.

Mas este cenário poderia ser muito melhor, dado o potencial dos mercados nacional e internacional de uniformes. "Acontece que as normas técnicas para roupas profissionais no Brasil são totalmente dispersas e pouco observadas. Uma inadequação que permitiu inclusive o crescimento da informalidade no segmento e ampliação para a busca por produtos importados, que também não são devidamente avaliados e sequer submetidos à legislação", explica o presidente da Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), Aguinaldo Diniz. "Por essa razão, a necessidade de um instrumento que funcione como um marco normativo", ressalta ele.

Para o desenvolvimento do Programa, o Comité de Roupas Profissionais da ABIT contou com o apoio técnico da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) - contratada, por meio de licitação, e a parceria da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Dois anos de efetivo desenvolvimento permitiram a atualização e adequação de normas técnicas e o incentivo de sua aplicação sobre a qualidade de produtos, processos de fabricação e responsabilidade social e ambiental.

Selo Qual - Já está em curso o projeto para uma primeira certificação do `Selo Qual`, com uma auditoria piloto em uma das empresas que aderiu formalmente ao programa. A avaliação leva em conta desde processos produtivos e de gestão, com boas práticas corporativas, até questões como as condições adequadas aos trabalhadores e a tomada concreta de ações de prevenção para impedir a poluição e para o desenvolvimento do entorno das fábricas. A ABIT espera que já no segundo semestre deste ano seja iniciado o processo de certificação que poderá atingir a todas as empresas produtoras de uniformes em território nacional. A urgência faz sentido, já que o comité gestor do Programa de Auto-Regulamentação informou que fontes do governo sinalizaram que a certificação poderá ser critério eliminatório nas concorrências públicas para roupas profissionais. Com isso, empresas brasileiras terão equilíbrio e condições iguais no mercado, diferentemente do que ocorre no modelo atual.

Para envolver todo segmento no Programa de Auto-Regulamentação nos critérios da certificação, a ABIT vem realizando encontros com compradores, produtores e empresários, reunindo assim as associações, organismos certificadores, academia e sindicatos, bem como os grandes consumidores e compradores, inclusive governamentais, de roupas profissionais. "Com incentivo voluntário aos padrões de qualidade e de responsabilidade sócio-ambiental que gera confiança para quem compra e para quem usa uniformes profissionais brasileiros, a ABIT espera colocar o País num elevado patamar de competitividade, agregando valor e segurança para as empresas e para os usuários do segmento", destaca Diniz.

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