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11/06/2008 - 10:10

Setor têxtil e de confecção desenvolve visão de futuro


ABIT apresenta balanço dos primeiros cinco meses do ano e projetos para crescimento do setor.

A indústria têxtil e de confecção é uma das mais competitivas do mundo. No Brasil não é diferente. São milhares de empresas disputando o gosto, o coração e a mente dos consumidores. E um setor industrial, no entanto, que tem sido penalizado com o desequilíbrio das principais variáveis macroeconôrnicas, quando comparado com o de países concorrentes. Mesmo em um cenário não favorável a resposta tem sido mais investimeínto, mais criatividade, e mais planejamento. Está em curso o planejamento estratégico da indústria têxtil e de confecção para os próximos 15 anos, projeto que envolve o Ministério do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio Exterior (MDIC), agências governamentais, empresários, instituições de ensino, entre outros agentes de transformação, todos apostando na relevância económica, política e social dessa indústria, competitiva globalmente e exportadora de destaque no cenário mundial.

Nos primeiros cinco meses do ano a balança comercial do nosso setor apresentou um déficit de US$ 634 milhões, sendo que as importações registraram o montante de US$ 1,564 bilhão, enquanto que as exportações somaram US$ 927 milhões no período de janeiro a maio. Comparativamente ao mesmo período do ano passado, as importações aumentaram 30,4% (US$ 1,202 bilhão em 2007), enquanto que as exportações cresceram 8,8% (US$ 854,5 milhões no ano passado). Sem as exportações da fibra algodão os números pioram e o déficit eleva-se para US$ 794 milhões. O preço médio das exportações tem crescido (27% a mais no vestuário), mas o total exportado caiu. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) já apontava a previsão de déficit crescente para 2008, mesmo com o quadro de estabilidade da economia brasileira. Variáveis; macroeconôrnicas desfavoráveis e principalmente a falta de isonomia na competição com seus principais concorrentes internacionais são fatores que afetam fortemente o seíor. O setor ocupa a sexta posição no ranking mundial de produtores. É responsável por 17,5% do PIB brasileiro relativo à indústria de transformação e pela geração de mais de 1,6 milhão de empregos diretos. Destes, cerca de 70% são ocupados por mulheres, cias quais aproximadamente 40% são chefes de família. A soma dos empregos diretos, os indiretos e os gerados pelo efeito renda resulta em sete milhões de pessoas.

A ABIT tem trabalhado de forma permanente na busca de maior isonomia competitiva nas esferas governamentais. Propostas no âmbito da reforma tributária, regras de etiquetagem, controle dos portos e aeroportos, negociações internacionais, combate às importações ilegais, busca de acordos internacionais de acesso preferencial aos grandes mercados, fortalecimento da confecção brasileira e de incentivo às exportações são as principais; ações em curso. Em abril deste ano foi lançada a Frente Parlamentar da Indústria Têxtil e de Confecção, suprapartidária, com mais de 250 parlamentares.

Mercado Interno: Produção Física - De acordo com a última pesquisa sobre Produção Física, divulgada no início de junho, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção de vestuário e acessórios no acumulado do ano até abril, recuperou-se. Na comparação com o mesmo período do ano passado, saiu dos 2,35 % negativos para 8% positivos. A produção têxtil registrou também crescimento de 1,35% para 4,00%, na relação 2007/2008. O resultado da produção têxtil, no entanto, está abaixo da média nacional, já que a indústria de transformação como um todo teve um desempenho de 7,40% no primeiro quadrimestre de 2008.

Vendas - Segundo o IBGE, o volume de vendas no comércio varejista de vestuário, tecidos e calçados registrou, até março, um crescimento acumulado de 13,28% neste ano contra 6,76% do mesmo período no ano passado. Esta diferença nas taxas de crescimento entre o varejo e a indústria está sendo ocupada pelos artigos importados. A ABIT é favorável ao comércio livre, desde que legal e feita de forma equilibrada. As condições; atuais, apesar da recuperação da produção, ainda pendem para o favorecimento das importações.

Empregos - O número de empregos formais criados na cadeia têxtil e de confecção no rnês de abril de 2008 foi de 4.860 postos de trabalho (saldo liquido entre admissões e demissões), ante 8.282 de abril de 2007, uma queda, portanto, de 41,32%. No acumulac!o dos quatro primeiros meses do ano, os dados apontam a criação de 18.694 postos de trabalho contra 24.515 registrados em igual período do ano passado, uma variação negativa, portanto, de 23,74%. Quando do lançamento da Frente Parlamentar, o desafio colocado foi a criação de um milhão de novos postos de trabalho até o fim do atual governo, o que só será possível com o sucesso das ações relativas a tributos, acordos de acesso a mercado, desoneração de investimentos, linhas de financiamento competitivas, combate às importações ilegais, entre outras.

Investimentos - a indústria têxtil e de confecções mantém o ritmo de investimentos dos últimos anos relacionados a maquinas, equipamentos, tecnologia, treinamento, criação, moda e clesign. São mais de US$ 1 bilhão por ano. Calcula-se que - a partir do resultado positivo tanto de ações a curto prazo quanto àquelas apontadas no âmbito do projeto associadas ao PDP e ao programa estratégico do setor para os próximos 15 anos - este número possa crescer de forma expressiva e atingir US$ 3 bilhões/ano.

Indice de Preços - a indústria têxtil e de confecção tem sido a âncora da inflação tanto no índice! do IPC da Fipe quanto do IPCA. Em quase 14 anos de circulação da moeda Real, o índice de inflação do setor, acumulado até abril/08 registrado pela Fipe, foi de 15,02% contra uma inflação geral de 188,73%.

Mercado externo: Balança comercial - No acumulado de janeiro a maio/08, as exportações somaram US$ 929,7 milhões, 8,8% maior que o mesmo período de 2007, quando registrou US$ 854,5 milhões. Já as importações totalizaram US$ 1.564 bilhão no acumulado do período, com alta de 30% em comparação ao mesmo período do ano anterior, que foi de US$ 1.202 bilhão. Com isso, registrou-se um saldo negativo na balança comercial de US$ 634 milhões só nos primeiros cinco meses deste ano.

Os dados da balança comercial para o mês de maio são os seguintes: as exportações chegaram a US$ 185,6 milhões no mês, um aumento de 13,98% na comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados US$ 162,6 milhões. As importações somaram USS$ 320,6 milhões em maio/08 contra US$ 257,5 milhões apontados em rnaio/07, com um aumento de 24,50% . A balança comercial no mês foi negativa, com um déficit de US$ 135,3 milhões.

Resumo do Balanço do Setor - janeiro a maio de 2008 - Exportações de US$ 929,7 milhões (crescimento de 8,8% em relação a igual período do ano passado) | - Importações de US$ 1.564 bilhão (crescimento de 30% em relação a igual período do ano passado) | - Balança comercial: déficit de US$ 634,4 milhões nos primeiros cinco meses do ano

Resumo do Balanço do Setor em 2007 - Faturamento da Cadeia Têxtil: US$ 34,6 bilhões (crescimento de 4,85% em relação a 2006, quando registrou US$ 33 bilhões) | - Exportações totais: US$ 2,2 bilhões | - Trabalhadores: 1,65 milhão de empregados, dos quais 70% são mão-de-obra feminina | - 2°. maior empregador da indústria de transformação | - 2°. Maior gerador do primeiro emprego | - Empresas da Cadeia: 30 mil | - Sexto maior produtor têxtil do mundo | - Segundo maior produtor de denim do mundo | - Representa 17,5% do PIB da Indústria de Transformação e cerca de 3,5% do PIB total brasileiro.

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