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26/10/2022 - 08:29

Suzano Papel & Celulose adquire a Kimberly-Clark por cerca de R$ 1,5 bi


A Suzano entrou no mercado do Papel Tissue em 2018 com foco no Norte e Nordeste do País, hoje, quatro depois, ela tem um market share de 66% e 28% nesses mercados com as marcas Mimmo e Max Pure.

A Suzano anunciou no dia 24 de outubro (segunda-feira), à noite que comprou os ativos de Tissue da norte -americana Kimberly-Clark na América Latina, passando a operar as marcas Neve, de papel higiênico, e Kleenex, de lenços de papel.

O principal ativo da transação é a fábrica de tissue da Kimberly em Mogi das Cruzes(SP), com capacidade de produção de 130 mil toneladas por ano — o que eleva em 76% a capacidade da Suzano no segmento. Em julho, a Suzano já havia anunciado a construção de uma nova fábrica de Papel Tissue no Espírito Santo, que ficará pronta em dois anos e adicionará mais 60 mil toneladas. A

A aquisição de vai em linha com a estratégia da Suzano de aumentar sua participação em produtos derivados de celulose, reduzindo sua exposição à volatilidade do preço da commodity.

— É uma fonte de receita bem mais estável e ligada a um consumo que é completamente inelástico — disse um analista de mercado — São produtos que as pessoas têm que comprar todo mês, independente de crise, da situação que for—. A Suzano não divulgou o valor da aquisição, alegando não haver materialidade para sua alavancagem e endividamento, mas o mercado estima que ela tenha pago algo em torno de R$ 1,5 bilhão, o que representaria menos de 2% do market cap da companhia, de mais de R$ 70 bilhões. Considerando esse valor, a alavancagem da empresa subiria de 2,3 vezes para 2,4 vezes Ebitda nas contas de um analista. — Já considerando o que eles estão gerando de caixa por conta do preço alto da celulose, realmente não deve ter relevância alguma—.

A Suzano entrou no mercado de Papel Tissue em 2018 com foco no Norte e Nordeste do País. Quatro anos depois, já tem um market share de 66% e 28% nesses mercados, — respectivamente, operando com as marcas Mimmo e Max Pure.

Ambas são produzidas em três fábricas: Belém do Pará, Mucuri, na Bahia, e Imperatriz, no Maranhão. Dentre as marcas detidas pela Kimberly, a transação envolve apenas a marca Neve. As demais marcas globais usadas hoje pela Kimberly-Clark Brasil — incluindo a Kleenex — serão licenciadas pela Suzano —por um prazo determinado—. A empresa não abriu a duração do contrato. O anúncio da aquisição vem no mesmo dia em que o JP Morgan deu um upgrade no papel da Suzano dizendo que o preço da celulose — que está no high histórico — vai descer — de paraquedas, e não em queda livre— com uma dinâmica ainda apertada de oferta e demanda e atrasos no aumento da capacidade. O banco colocou um preço-alvo de R$ 67 para o papel, que fechou o dia em R$ 51,40, alta de 3,5%.

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