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12/06/2008 - 06:43

Todas as taxa de juros das operações de crédito foram elevadas em maio, constata Pesquisa de Juros da Anefac

Todas as taxa de juros das operações de crédito foram elevadas no mês de maio, concluiu a Pesquisa de Juros da Anefac, Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. "Estas elevações foram provocadas pela elevação da taxa básica de Juros Selic que voltou a ser elevada no mês. O aumento das taxa de juros ficou exatamente dentro do patamar da elevação da taxa básica que foi de 0,04 ponto percentual na taxa de juros mês", analisa o coordenador da pesquisa e vice-presidente da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira.

A conclusão do trabalho para cada tipo de operação de crédito praticada no mercado.: Pessoa Física - A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma elevação de 0,04 ponto percentual no mês (1,03 ponto percentual no ano) correspondente a uma elevação de 0,55% no mês (0,78% em doze meses) passando a mesma de 7,25% ao mês (131,62% ao ano) em abril/2008 para 7,29% ao mês (132,65% ao ano) em maio/2008 sendo esta a maior taxa de juros média desde junho/2007.

Pessoa Jurídica - A taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma elevação de 0,04 ponto percentual no mês (0,75 ponto percentual em doze meses) correspondente a uma elevação de 0,97% no mês (1,20% em doze meses) passando a mesma de 4,13% ao mês (62,52% ao ano) em abril/2008 para 4,17% ao mês (63,27% ao ano) em maio/2008 sendo esta a maior taxa de juros média desde fevereiro/2007.

Taxa de juros x Selic - Considerando todas as quedas e elevações da taxa básica de juros (Selic) promovidas pelo Banco Central desde setembro/2005, tivemos neste período (setembro/2005 a maio/2008) uma redução da Selic de 8,00 pontos percentuais (queda de 40,51%) de 19,75% ao ano em setembro/2005 para 11,75% ao ano em maio/2008.

Neste período a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma redução de 8,47 pontos percentuais (queda de 6,00%) de 141,12% ao ano em setembro/2005 para 132,65% ao ano em maio/2008.

Nas operações de crédito para pessoa jurídica esta queda atingiu 4,96 pontos percentuais (queda de 7,27%) de 68,23% ao ano em setembro/2005 para 63,27% ao ano em maio/2008, ficando evidente que não foram repassadas integralmente todas as quedas da taxa básica de juros.

Previsões para 2008 - Inicialmente estávamos projetando novas reduções da taxa básica de juros bem como da redução das taxas de juros das operações de crédito, diz Miguel de Oliveira. Porém tendo em vista algumas mudanças ocorridas poderemos ter em 2008 novas elevações das taxas de juros ao consumidor.

Taxa Selic - Por conta da divulgação dos últimos dados sobre inflação, mesmo a mesma ter vindo dentro da meta é fato que o Banco Central deverá ser mais conservador nas próximas reuniões do COPOM o que deverá fazer com que a taxa básica de juros Selic permaneça inalterada por um período mais longo, podendo inclusive a ter elevações por conta do aumento dos índices de inflação e conforme o próprio Banco Central vem sinalizando. Assim sendo novas reduções da Selic provavelmente deverão ocorrer somente a partir de 2009.

Taxas de Juros ao Consumidor - Em nossas previsões anteriores esperamos igualmente um 2008 com reduções das taxas de juros das operações de crédito.

Entretanto dois fatores novos introduzidos em janeiro/2008 nos levam a ser mais cautelosos em nossas projeções, fatores estes que deverão contribuir até para elevação dos juros ao consumidor.

Os fatores aqui apontados dizem respeito ao pacote fiscal anunciado pelo governo em que elevou o IOF nas operações de crédito bem como elevou a CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido) das instituições financeiras.

No caso específico da elevação da alíquota o IOF como este incide diretamente na operação de crédito ( o banco cobra do cliente e repassa ao governo), esta elevação já fará com que as taxas efetivas de juros (taxa de juros e demais acréscimos) sejam elevadas.

No caso da CSLL como irá provocar em uma maior tributação do resultado das instituições financeiras, as mesmas provavelmente irão repassar parte deste custo de impostos maior para as taxas de juros ou preço de seus serviços bancários ( tarifas bancárias) como forma de compensar esta tributação maior.

2008 igualmente deverá ser um ano pautado pela continuidade do aumento do volume de crédito que deverá apresentar uma elevação de cerca de 25% no volume emprestado.

Dentro das principais modalidades de crédito, os destaques deverão ser as linhas de crédito para financiamento habitacional, financiamento de veículos e o crédito consignado que deverão apresentar durante 2008 forte crescimento do volume emprestado pelo fato de serem linhas de crédito de menor risco de inadimplência por conta da garantia dos bens financiados e dos salários.

Assim sendo em 2008 os consumidores podem esperar um forte crescimento no volume emprestado, convivendo porém ainda com taxas de juros em patamares elevados.

Conforme já vínhamos anunciando desde dezembro/2007, nossas projeções indicam que ao final de 2008 o volume total de crédito que hoje se encontra em R$ 1.017.582 milhões representando 36,1% do PIB deve apresentar um crescimento no ano de cerca de 25% elevando o volume emprestado (estoque) para R$ 1.150 bilhões correspondente a cerca de 40% do PIB, percentual este igualmente agora sendo utilizado nas projeções do Banco Central, conclui o coordenador da pesquisa.

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