Bosch tem novo presidente na América Latina

A partir de 1º de julho de 2008, Andreas Nobis assume a presidência da Robert Bosch América Latina, substituindo o atual presidente Edgar Silva Garbade - que se aposentará das atividades na Robert Bosch e passará a compor o conselho administrativo da empresa e permanecerá também como diretor do Instituto Robert Bosch.

Em seu novo cargo Nobis terá a missão de dar continuidade aos negócios da empresa na região. Segundo ele, o maior desafio neste momento é manter a competitividade diante do cenário cambial. “No ano passado, as perdas com as exportações, devido à valorização do real frente ao dólar e ao euro, foram compensadas com o aumento das vendas no mercado interno. Temos o desafio de, por meio da produção local, nos mantermos competitivos neste mercado frente à importação de produtos dos países de baixo custo”, afirma Nobis.

O novo presidente tem uma visão otimista do Brasil e ressalta suas riquezas naturais. “O crescimento da economia mundial tem impulsionado um aumento na demanda por recursos naturais e produtos agrícolas. O Brasil tem todos esses recursos e dispõe de tecnologia para utilizá-los, portanto, tem potencial para ser um grande provedor mundial”.

Nobis destaca ainda que a economia aquecida, principalmente nos países em desenvolvimento, tem gerado novos investimentos em infra-estrutura e, com isso, discussões sobre como atender a esta demanda de forma sustentável. “Neste caso, mais uma vez, as fontes de energia renováveis fazem a diferença e o Brasil se destaca neste aspecto”, completa o executivo.

Perfil - Andréas Nobis é natural de Bentheim, Alemanha, e ingressou no Grupo Bosch em 1980 trabalhando no departamento de auditoria corporativa na sede da empresa, em Stuttgart.

Ainda na Alemanha, Nobis atuou na área de logística e foi o responsável pela controladoria das divisões de hidráulica/pneumáticos, máquinas de embalagens e automação industrial e pelos países África do Sul e Austrália.

Em 1990 o executivo assumiu a presidência da Bosch na Turquia, onde permaneceu por quatro anos. Ao término deste período, ele retornou à matriz da empresa na Alemanha para liderar o negócio de telecomunicações e projetos corporativos. Em 1999 Nobis tornou-se presidente da Bosch na Índia e em 2003 retornou à Alemanha para dirigir o projeto de fusão da Buderus, empresa de termotecnologia adquirida pelo Grupo Bosch e se tornou diretor desta divisão posteriormente.

Andreas Nobis tem 57 anos e é graduado em Administração de Empresas pela Universidade de Münster, na Alemanha.

Bosch divulga desempenho 2007 e perspectivas para este ano no Brasil - A Robert Bosch Limitada registrou em 2007 um faturamento líquido total de R$ 4 bilhões, o que representa um aumento de 5% em relação ao ano anterior, resultado alcançado principalmente pelo crescimento do mercado interno.

No segmento automotivo a Bosch registrou crescimento de 11% no mercado doméstico. Em contrapartida, este mesmo setor de negócio da empresa foi um dos mais atingidos pela valorização do real frente ao dólar, e registrou queda de 8% nas exportações. “Em 2007 as exportações foram responsáveis por 38% do faturamento total da Robert Bosch Limitada. Dois anos antes representavam 45%”, comenta Edgar Silva Garbade, atual presidente da Robert Bosch América Latina.

No segmento de bens de consumo e construção a Bosch aumentou suas vendas em 21% em 2007, somando-se as vendas para o mercado interno e externo. A unidade de ferramentas elétricas foi uma das principais responsáveis por este aumento.

O desempenho satisfatório da Bosch no mercado nacional, em todos os segmentos de negócios em que atua, é resultado de vários fatores. “O forte crescimento da economia brasileira no ano passado com a ampliação dos créditos contribuiu para o aumento da demanda, principalmente na venda de bens de consumo duráveis. Este cenário, somado ao lançamento de novos produtos, possibilitou alcançar o resultado apresentado pela empresa”, afirma Garbade.

“Como vimos nos primeiros meses deste ano, em 2008 o mercado interno continuará aquecido, com destaque para o setor automotivo que deverá registrar crescimento da ordem de 20% em relação ao ano passado. Com isso, o setor de autopeças registrará um aumento na produção e continuará a contar com um grande desafio: manter sua competitividade por meio de gestão de processos cada vez mais eficientes e melhoria de produtividade”, completa o executivo.

Em 2007 a Robert Bosch Limitada investiu R$ 80 milhões em ativos fixos incluindo a implantação da nova linha de produção de ABS, em Campinas-SP, e a expansão das linhas de produção de componentes de injeção diesel, em Curitiba-PR. A empresa investe anualmente cerca de R$ 16 milhões em ações de responsabilidade ambiental como gerenciamento de resíduos, proteção da água e do solo e purificação do ar. Além disso, o Instituto Robert Bosch investe todos os anos cerca de R$ 4 milhões em projetos sociais e culturais/educacionais no Brasil como, por exemplo, o programa Peça por Peça.

Atuação do Grupo Robert Bosch no Brasil - O Grupo Robert Bosch mundial, com sede na Alemanha, em Stuttgart, é composto por 300 subsidiárias e empresas regionais presentes em mais de 50 países, incluindo o Brasil. Em 2007, as vendas deste grupo só para o mercado brasileiro geraram R$ 3,4 bilhões. O faturamento total do Grupo no mundo foi de 46,3 bilhões de euros.

No Brasil, além da Robert Bosch Limitada, também fazem parte do Grupo as empresas Bosch Rexroth e Bosch Tecnologia em Embalagem, ambas com atuação no setor de tecnologia industrial. Há ainda duas joint ventures, nas quais a Bosch tem participação de 50%, uma com a Siemens, na BSH Continental, fabricante de eletrodomésticos Bosch e Continental, e outra com a ZFLS Steering Systems, do mercado automotivo.

A atuação conjunta destas empresas, considerando o percentual de 50% da Bosch nas joint ventures, gerou em 2007 um faturamento total (vendas para os mercados interno e externo) de aproximadamente R$ 5 bilhões. No Brasil, 13.670 colaboradores atuam no Grupo Bosch, distribuídos em 14 localidades.

Perspectivas 2008 - Para 2008, o CEO do Grupo Bosch mundial, Franz Fehrenbach, mantém o otimismo. "Apesar de todas as preocupações com a economia temos boas razões para estarmos confiantes. O ambiente econômico pode ter enfraquecido, mas não prevemos uma desaceleração global, por isso esperamos que o Grupo Bosch mantenha um bom desempenho". Fehrenbach espera que em 2008 o Grupo Bosch volte a aumentar suas vendas em cerca de 5%, apesar do euro valorizado. Os resultados iniciais deste ano confirmam esta tendência; nos primeiros quatro meses de 2008 o Grupo registrou um crescimento de 7% nas vendas, após ajuste cambial, em relação ao mesmo período do ano passado.

Alinhado com a matriz, as empresas do Grupo Bosch presentes na América Latina também têm boas expectativas para 2008. Segundo Andreas Nobis, que assumirá a presidência da Robert Bosch América Latina a partir do próximo dia primeiro de julho, todos os setores de negócios em que a empresa atua deverão contribuir para esta boa performance.

“Nos próximos anos queremos continuar crescendo de maneira sustentada em toda a América Latina. Esperamos bons resultados do setor automotivo, inclusive porque este mercado está bastante aquecido, principalmente no Brasil. Além disso, alinhados às metas do Grupo Bosch mundial, pretendemos aumentar nossa participação especialmente nos segmentos de bens de consumo e construção e tecnologia industrial”, afirma Nobis.

O Grupo Bosch em resumo - O Grupo Bosch é um líder mundial no fornecimento de tecnologia e serviços. Em 2007, seus cerca de 271 mil colaboradores contribuíram para gerar um faturamento de 46,3 bilhões de euros nos setores de tecnologia automotiva, tecnologia industrial, bens de consumo e tecnologia de construção. O Grupo Bosch é composto pela Robert Bosch GmbH e suas mais de 300 subsidiárias e empresas regionais presentes em cerca de 50 países. Esta rede mundial de desenvolvimento, produção e distribuição é a base para continuidade do crescimento. A cada ano a Bosch investe mais de 3 bilhões de euros em pesquisa e desenvolvimento, e solicita registro de mais de 3.000 patentes em todo o mundo. A empresa foi fundada em Stuttgart, em 1886, por Robert Bosch (1861-1942) como Oficina de Mecânica Fina e Eletrotécnica.

A estrutura acionária diferenciada da Robert Bosch GmbH garante a autonomia empresarial do Grupo Bosch, o que torna possível o planejamento de longo prazo e a antecipação de importantes investimentos para garantir a segurança da empresa no futuro. Noventa e dois por cento das cotas do capital da Robert Bosch GmbH pertencem à Robert Bosch Stiftung GmbH (Fundação Robert Bosch), instituição sem fins lucrativos.A Robert Bosch Industrietreuhand KG, uma investidora industrial, detém a maioria dos direitos de voto. Os negócios são conduzidos por esta investidora. As ações remanescentes são de propriedade da família Bosch e Robert Bosch GmbH. Para mais informações, visite o site: www.bosch.com.br