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12/06/2008 - 07:13

Um castelo de andaimes

Até pouco tempo atrás, apenas as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro viviam cercadas de obras de infra-estrutura e desenvolvimento. Florestas de arranha-céus erguidos nos mais variados cantos dessas cidades tornavam evidente a força do setor de construção. Em alguns bairros, mais bucólicos, o impacto dos edifícios era desconcertante. A paisagem verde e as casinhas singelas eram substituídas por fileiras de prédios, muitas vezes de gosto duvidoso. Em outras regiões, a arquitetura arrojada e vertical parecia combinar com o desenho das ruas e avenidas. De qualquer forma, essas duas cidades têm hoje a marca do segmento imobiliário, que desfila constantemente pelas ruas seus novos produtos e tendências.

Atualmente, mais cidades, nos mais variados rincões do país, exibem esse castelo de andaimes a céu aberto, um visual que caracteriza o crescimento econômico atual. De cidades do interior de São Paulo a capitais do Nordeste, passando por vilarejos anteriormente esquecidos, pode-se dizer que boa parte desse imenso Brasil está às voltas com tijolos, cimento, blocos, ferramentas, soldas e muito mais. Isso significa construção, casa, moradia e, claro, melhor qualidade de vida para a população.

Um projeto do governo federal está na base disso tudo. É ele que vem preparando a terra para que seja possível erguer a estrutura. Como diz um verso da canção composta em 1962 por Paulo Vanzolini, o PAC chegou para “levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima”. Há tempos que o Brasil exigia recursos para melhorar a vida das pessoas, sem precisar ficar à mercê de um grande investimento estrangeiro. Quando são oferecidas condições reais de crescimento, sabemos que o nosso Brasil tem potencial e gente capaz de construir uma nova realidade.

Talvez seja cedo para dizer que avançamos. Afinal, estamos construindo, de forma homeopática, tijolo por tijolo, uma nova nação, com um cenário mais positivo e próspero para as classes menos favorecidas. A recente alta de consumo da classe C é um dos sintomas de que estamos no caminho certo. Esse público também não deixa de investir em obras. Ele eleva as vendas do setor de construções para o topo, com os “puxadinhos” que precisam ser feitos no fundo do imóvel, com a reforma da cozinha ou com o cômodo que é construído às pressas para acolher mais um no seio familiar.

Não foi à toa que o crescimento na construção civil em 2007 chegou perto dos 10%. E, para mim, também não será novidade chegar ao final de 2008 com índices bem maiores. Em alguns casos, a demanda está sendo maior que a oferta. Construtoras buscam mão-de-obra nos próprios canteiros, já que faltam funcionários especializados no mercado.

Creio que, em muitos pontos, o Brasil segue os passos da China, país que respira o crescimento acelerado e continuo. Pelo jeito, nós também deveremos respirar esse ar que o desenvolvimento nos obriga a inalar para crescer. Que seja feito de forma positiva e para o bem da maior parte dos brasileiros, gente que trabalha intensamente para realizar o genuíno sonho de construir a própria casa.

. Por: Expedito Arena, engenheiro e presidente da ALEC (Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens Móveis)

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