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09/11/2022 - 08:10

A era da humanidade na publicidade


Se fôssemos dar conta de todas as coisas que gostaríamos de fazer, os nossos dias precisariam ter muitas horas a mais. Um estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que as mulheres trabalham, em média, 7,5 horas a mais que os homens por semana devido à dupla jornada, de tarefas domésticas e trabalho remunerado. Mesmo com uma taxa de escolaridade mais alta, a jornada feminina é bem maior que a masculina.

O machismo estrutural está presente no nosso dia a dia, e martelando nas nossas cabeças que devemos dar conta de tudo. Mas não devemos.

Apesar de todo esse contexto, por outro lado, estamos vivendo na era da humanidade, e a publicidade faz parte disso. As pessoas estão expondo mais as suas vulnerabilidades e limites. A saúde mental, um tema tão ignorado por anos no nosso mercado, vem sendo discutida abertamente em muitas agências. Com isso, somos estimulados a sermos mais humanos do que máquinas. Não somos mulheres-maravilhas. Somos pessoas, com vidas, problemas e preocupações.

Eu adoraria colocar a minha filha na cama todos os dias, mas também adoraria estar presente em absolutamente todos os compromissos do trabalho. Só que isso é humanamente impossível. É preciso priorizar. Teremos dias em que a equipe precisará de mais atenção, um job ou um ente querido. É preciso delegar tarefas e estruturar a vida pessoal e profissional para que as coisas funcionem sem que você esteja liderando o tempo todo. E está tudo bem não estar à frente de tudo 100% do tempo. Não esqueça: não sofra por ser humano. Ao entender isso, pode ter certeza de que a vida ficará mais leve.

Estou à frente da área de Atendimento da Publicis, uma das maiores agências do país, eleita Agência do Ano e com clientes mundialmente conhecidos. E como líder de um time majoritariamente feminino, e super entusiasta da liderança feminina, eu costumo dizer que nós damos conta de muita coisa, mas não de tudo. E, nessa jornada, precisamos nos apoiar. Não temos de carregar sozinhas o mundo nas costas. Devemos criar um ambiente acolhedor, onde encontramos forças nos dias turbulentos e abraços nas conquistas, sejam elas grandes ou pequenas.

Mulheres, deixem as capas de heroína de lado e vamos juntas para a parte boa do negócio. Com menos cobranças de perfeição e mais humanidade.

. Por: Gabi Borges, VP de Atendimento na Publicis. A profissional é finalista do prêmio Caboré na categoria Profissional de Atendimento e Negócios.

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