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18/11/2022 - 08:19

Panorama Naval no Rio de Janeiro 2022 evidencia negócios em óleo, gás, energia e defesa


Publicação da Firjan SENAI SESI destaca oportunidades em eólicas offshore e descomissionamento de plataformas marítimas.

O Panorama Naval no Rio de Janeiro 2022, publicação da Firjan SENAI SESI em sua quinta edição, traz o cenário atual e análises que traduzem o potencial futuro para a indústria naval. Integrado o estudo, lançado no dia 16 de novembro (quarta-feira), o ambiente virtual com dados dinâmicos no site da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) destaca os projetos com pedidos de licenciamento ambiental para eólicas offshore. Eles somam 169,43 GW de capacidade, sendo 27 GW no estado do Rio, que podem se reverter em oportunidades para a indústria naval. O documento apresenta artigos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Cluster Naval, Sinaval, Coppe/UFRJ e ABEAM/Syndarma.

— A expectativa é de que, num horizonte de cinco anos, o segmento de eólicas offshore esteja aquecido e demandando novas oportunidades para a indústria naval nacional. Esperamos demandas de barcos de apoio para a instalação de torres eólicas e, também, que as torres possam ser construídas nos estaleiros brasileiros, gerando emprego e renda— ressalta Sérgio Bacci, vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval).

Os empregos em estaleiros mostram uma retomada tímida desde 2019. — Temos mais de seis mil vagas, que representam 26% do patamar de 2014, evidenciando a necessidade de fortalecer o mercado. Já o segmento de manutenção e reparo se destaca com crescimento de 150%. Uma perspectiva são as encomendas de 18 UEPs (unidades estacionárias de produção) até 2027. São, assim, oportunidades para a indústria naval, que vão do já tradicional petróleo e gás fluminense e começam a surgir novos mercados com a eólica offshore — avalia Fernando Montera, coordenador de Conteúdo Petróleo, Gás e Naval da Firjan.

Outro potencial para a indústria naval brasileira e fluminense é a atividade de descomissionamento. Estimativas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a parte de sistemas submarinos alcançam R$ 50 bilhões para essa atividade até 2040. — É preciso diversificar a operação com cooperação entre os agentes envolvidos para gerar emprego e renda e evitar impactos ambientais — afirma Laurelena Palhano, pesquisadora e pós-doutoranda da SAGE/Coppe-UFRJ.

Marinha do Brasil — Já o vice-almirante Edesio Teixeira Lima Junior, diretor-presidente da Emgepron e vice-presidente do Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro, enumerou os projetos em curso pela Marinha do Brasil: —As fragatas são investimentos feitos no estaleiro de Santa Catarina, pelo Consórcio Vencedor, e o Navio de Apoio Antártico, no Espírito Santo. Já a construção de dez navios patrulha será realizada no Rio de Janeiro, no Arsenal de Marinha ou no estaleiro de Itaguaí—.

Thyago Grotti, superintendente de Conteúdo Local da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), falou sobre os possíveis impactos dos Termos de Ajustamento de Conduta na indústria naval. — É a troca de multas por novos compromissos de investimento em conteúdo local. De 25 propostas em andamento, três foram concluídas e somam mais de R$ 1 bilhão—.

O apoio marítimo, atividade chave para todo mercado naval, tem 91% da frota que atua no país em 2022 com embarcações de origem brasileira, de acordo com Laira Vanessa, assessora do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação (Syndarma) e da Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo (ABEAM). — A Petrobras, por exemplo, está para colocar a licitação de 50 embarcações de apoio marítimo — acrescenta. Por sua vez, Márcio Fortes, diretor de Assuntos Institucionais da Firjan, disse que — é preciso juntar esforços para que a indústria naval possa se reerguer efetivamente no Rio—.

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