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01/12/2022 - 09:27

Petrobras planeja investimentos de US$ 78 bilhões nos próximos cinco anos


Novo Plano Estratégico (2023 — 2027) mantém foco na geração de valor e busca incremento de projetos para redução de emissões de carbono.

A Petrobras ampliará em 15% o seu volume de investimentos ao longo dos próximos cinco anos, atingindo US$ 78 bilhões (CAPEX), além de cerca de US$ 20 bilhões previstos em novos afretamentos de plataformas, totalizando assim quase US$ 100 bilhões de recursos em projetos. Este valor está no mesmo patamar que a média dos pares da indústria. Considerando apenas o CAPEX, o montante é superior à média dos últimos cinco planos estratégicos, que foi de US$ 72 bilhões, e sinaliza que os investimentos voltaram ao patamar pré-covid.

O novo Plano Estratégico (PE) da companhia para o período de 2023 a 2027, aprovado pelo Conselho de Administração no dia 30 de novembro (quarta-feira), consolida a Petrobras como a maior investidora do país e inclui todos os projetos que apresentaram viabilidade econômica segundo os critérios de governança e aprovação da empresa, não havendo qualquer represamento de projetos por restrição orçamentária.

O novo PE da Petrobras mantém como visão ser a melhor empresa de energia na geração de valor com foco em óleo e gás, sustentabilidade, segurança e respeito às pessoas e ao meio ambiente, preservando o nível saudável de endividamento, a redução na emissão de carbono e uma contribuição efetiva da Petrobras para um futuro próspero e sustentável.

Norteada pelo compromisso de gerar valor para a sociedade e acionistas, a Petrobras, ao longo de 2022, entregou uma performance operacional e financeira com plena aderência ao seu Plano Estratégico 2022-2026, mostrando sua resiliência e solidez, aumentando, dessa forma, o grau de confiança na consecução de suas metas. A companhia seguiu na sua trajetória de entrega de resultados consistentes e sustentáveis. A estrutura de capital foi mantida em nível saudável e o caixa atingiu um patamar compatível com as suas necessidades financeiras, alcançando a primeira e a segunda maior marca trimestral de Ebitda e fluxo de caixa operacional de sua história, nos segundo e terceiros trimestres de 2022, respectivamente. Nesse contexto, o novo PE 2023-27 foi elaborado preservando a visão, os valores e o propósito da companhia.

Como destaque, os projetos com foco na transição energética direcionados a iniciativas em baixo carbono foram alavancados e atingem US$ 4,4 bilhões, dos quais US$ 3,7 bilhões serão aplicados em projetos que contribuem para as iniciativas de descarbonização das operações (escopos 1 e 2), US$ 600 milhões em iniciativas do Programa BioRefino (diesel renovável e bioquerosene de aviação) e US$ 100 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) para novas competências.

Do total de US$ 3,7 bilhões dos projetos de descarbonização, destaca-se o fundo para desenvolvimento de novas iniciativas para descarbonização, totalizando US$ 600 milhões em aportes em projetos que contribuem para descarbonização das operações da empresa, quase o dobro dos recursos alocados para o fundo no plano estratégico anterior. Os demais US$ 3,1 bilhões estão detalhados nos segmentos de negócio da companhia, com destaque para captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS); sistemas de detecção de metano; configuração All Electric (eletrificação de plataformas); sistema de recuperação de gases, incluindo flare fechado; eficiência energética e projetos de redução de emissões em refinarias.

No âmbito da transição energética, foram identificados três novos negócios — hidrogênio, eólica offshore e captura de carbono — onde a Petrobras definiu, depois de estudar diversas rotas de oportunidades em diversificação rentável, que serão aprofundados estudos e avaliadas oportunidades em projetos. Ainda como parte das iniciativas em diversificação rentável, foi definida a continuidade de atuação em biorrefino, já iniciada em planos anteriores.

Investimentos em Exploração e Produção chegarão a US$ 64 bilhões — Dentre os investimentos previstos para os próximos cinco anos, US$ 64 bilhões (83% do Capex) serão alocados na área de Exploração e Produção. A maior parte será destinada a projetos no pré-sal, que responderá por 78% de toda a produção da Petrobras em 2027. A companhia projeta atingir em cinco anos a marca de 3,1 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia. Para isso, nesse período, entrarão em produção 18 novos FPSOs (unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência) em oito diferentes áreas, das quais cinco unidades devem iniciar a operação até 2023.

No período, a capacidade de produção instalada no campo de Búzios mais que triplicará, saltando de 600 mil barris de petróleo por dia em 2023 para dois milhões de barris em 2027. Para isso, o investimento da Petrobras previsto no ativo de Búzios será de US$ 23 bilhões no quinquênio.

A Bacia de Campos também receberá volume importante de investimentos (US$ 18 bilhões), com foco sobretudo nos projetos de renovação, com a revitalização de diversos campos maduros. Para isso serão instalados cinco novos FPSOs e cerca de 150 novos poços que irão garantir em 2027 a marca de 900 mil barris de óleo equivalente por dia produzidos na Bacia de Campos.

A exploração na Margem Equatorial, nova fronteira exploratória localizada no norte e nordeste da costa brasileira, em faixa que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, receberá investimentos de aproximadamente US$ 3 bilhões. Também serão aplicados recursos para a ampliação da infraestrutura de escoamento de gás, com a entrada de três novas rotas até 2027, somando mais de 50 milhões de m3/dia de capacidade de oferta de gás: Rota 3 conectada à UPGN de Itaboraí que terá uma capacidade de processamento de 21 milhões de m3/dia; Sergipe Águas Profundas (SEAP) com outros 18 milhões de m3/dia; e BM-C-33 com 16 milhões de m3/dia no Norte Fluminense.

O plano destaca ainda que os projetos de E&P mantêm a premissa de dupla resiliência — econômica e ambiental: viáveis a cenários de baixos preços de petróleo no longo prazo (Brent de US$ 35 por barril) e com baixo carbono (compromisso de intensidade de carbono no portfólio de E&P de até 15 KgCO2e por barril de óleo equivalente até 2030).

Refino e Gás Natural: investimentos para aumento de capacidade de processamento e ganho em eficiência — A área de Refino e Gás Natural também terá uma ampliação do seu Capex, em cerca de 30% em relação ao plano anterior, totalizando US$ 9,2 bilhões entre 2023 e 2027. Cerca da metade será aplicado na expansão e aumento da qualidade e eficiência do refino. A Petrobras segue assim focando na eficiência operacional e energética de suas unidades de refino, por meio do programa RefTop, e em produtos de maior qualidade, por meio do aumento da capacidade de produção de Diesel S-10 —com baixo teor de enxofre — e produtos com menor pegada de carbono, com destaque para os investimentos em biorrefino.

O plano prevê investimentos em oito novas unidades de processamento, além de seis obras de adequações de grande porte em unidades já existentes. Com esses projetos concluídos, prevê-se aumento de capacidade de processamento e conversão do refino da Petrobras em 154 mil de barris por dia (bpd) e a capacidade de produção de Diesel S-10 será ampliada em mais de 300 mil bpd.

Haverá ampliação também nos projetos do Programa BioRefino, com destaque para o Diesel R, o diesel com conteúdo renovável da Petrobras. A capacidade de produção, por coprocessamento, chegará em 2027 a 154 mil bpd de Diesel R5 (com 5% de conteúdo renovável), por meio da expansão do coprocessamento na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e início do coprocessamento nas refinarias Presidente Bernardes, em Cubatão (RPBC) e Refinaria de Paulínia (Replan), ambas em São Paulo, e na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro.

No Programa BioRefino, serão investidos cerca de US$ 600 milhões no horizonte do plano, com destaque para construção de uma planta dedicada de bioquerosene de aviação (BioQAV) e Diesel Renovável na Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão – RPBC (SP), que terá capacidade para seis mil barris por dia de BioQAV, 6 mil barris por dia de Diesel R100 (100% de conteúdo renovável) e 3 mil barris por dia de outros produtos de base renovável.

Na área de Gás e Energia, o plano destaca a continuidade da estratégia de comercialização do gás próprio, com ações comerciais alinhadas aos aumentos de capacidade, resultantes dos investimentos em expansão da infraestrutura e da oferta própria de gás natural.

No quinquênio 2023-2027, a área de Comercialização e Logística intensificará a sua atuação em mercados estratégicos no Brasil, ao mesmo tempo em que seguirá expandindo e fortalecendo sua atuação no mercado externo com a captação de novos clientes e permanente busca das melhores oportunidades de valorização de seus petróleos e produtos. Outro foco da área é a otimização da infraestrutura logística com a remoção de gargalos no escoamento de produtos e petróleos, otimização de estoques e redução nos índices de emissões da frota. O Capex da área previsto no plano é de US$ 1,6 bilhão.

Financiabilidade — O PE considera o preço médio do petróleo (Brent) de US$ 75 por barril e a taxa de câmbio média de R$ 5/US$ no quinquênio. Importante reforçar que este Plano é autofinanciável para os próximos cinco anos, tendo como principais premissas para sua financiabilidade a prática de preços alinhados ao mercado; caixa de referência de US$ 8 bilhões; aplicação da Política de Remuneração aos Acionistas vigente; e dívida bruta entre US$ 50 bilhões e US$ 65 bilhões.

O conjunto de estratégias que compõe este PE contribuem com o expressivo retorno da Petrobras para sociedade. A expectativa é que mais da metade da geração de caixa líquida da companhia retorne para a população brasileira, por meio de pagamento de tributos e dividendos. Entre 2023 e 2027, a Petrobras deve pagar entre US$ 195 e US$ 205 bilhões em tributos e participações governamentais; e entre US$ 20 e US$ 30 bilhões em dividendos para a União.

A companhia segue com plena capacidade de investir, gerar empregos, pagar tributos e distribuir os seus ganhos para a sociedade e seus acionistas. A Petrobras segue a trajetória de ser uma empresa cada vez mais saudável, sólida e resiliente, contribuindo para a geração de energia confiável e eficiente e para um mundo ambientalmente sustentável.

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