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13/12/2022 - 08:45

27º Encontro Anual da Indústria Química

Com presença de autoridades e CEOs da indústria, ENAIQ destaca desempenho do setor químico brasileiro em 2022 e sua importância para o desenvolvimento sustentável. Setor químico deve encerrar o ano com faturamento de US$ 187 bilhões e déficit de US$ 64,8 bilhões.

Mais de 400 pessoas estiveram presentes ao 27º Encontro Anual da Indústria Química, realizado no formato híbrido — com transmissão ao vivo pelo canal do Youtube da entidade e presencial no Novotel Center Norte — em São Paulo.

O presidente-executivo da entidade, André Passos Cordeiro, anunciou que em decorrência do planejamento estratégico realizado em 2022, a Abiquim revisou seu propósito de existência, “que passa a ser: fomentar a competitividade, investimento e crescimento da indústria química no Brasil, com ênfase em ESG, matriz energética, cadeia de suprimentos e inovação.” Ele explicou que a Abiquim passa a atuar em um novo modelo de trabalho, organizado em nove temas: Prosperidade e Competitividade; Sustentabilidade; Relações Externas; Segurança, Saúde e Meio-Ambiente; Energia e Matérias-Primas; Logística e Infraestrutura; Assuntos Regulatórios, Economia Circular; e Comércio Exterior.

—Foi um ano intenso, em que agimos em várias frentes para assegurar o desenvolvimento da indústria química —declarou. Números apresentados mostram que o setor terá um faturamento em 2022 da ordem de US$ 187 bilhões. Ainda assim, em decorrência do crescimento continuado das importações, o déficit comercial será recorde, em torno de US$ 64,8 bilhões.

Cordeiro destacou a necessária correção de decisões que foram tomadas promovendo abertura comercial sem proporcional redução de custos brasileiros de produção, em especial os processos de redução de alíquotas de imposto de produção de resinas. —Também é importante reverter a suspensão ou extinção de medidas antidumping comprovadas tecnicamente pelas regras da OMC que têm provocado a entrada de produtos importados no Brasil a preços desleais, abaixo de custo de produção— afirmou. —Ainda é tempo de criarmos um sistema de defesa comercial robusto, alinhado às melhores práticas globais—.

Na visão do presidente do Conselho da Abiquim, João Parolin, o novo planejamento dará mais foco às atividades da associação: —Na prática a Abiquim fica mais focada, com uma agenda muito clara e uma estrutura focada no cumprimento dessa agenda —afirmou. —Nossa missão é fazer o possível para que o Brasil ganhe competitividade o quanto antes, mas isso não depende apenas da indústria—.

O representante do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, Jorge Lima, afirmou que o novo governo terá uma secretaria focada na reindustrialização do estado e no empreendedorismo. —Quando falamos em reindustrialização, precisamos incluir o setor produtivo, e vamos avançar nesse relacionamento para ouvir os principais projetos— declarou.

Para o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a busca por competitividade da indústria passa necessariamente pela reforma tributária e pelo corte de despesas públicas. —Não há dúvida que a indústria brasileira precisa ser mais competitiva, mas para isso é necessário primeiro uma reforma tributária bem feita, cortar despesas públicas, e aí sim diminuir a carga tributária para dar mais competitividade à indústria. Com a nossa carga tributária, que é uma das maiores do mundo, não tem como a indústria ser competitiva internacionalmente— assinalou.

Além de Meirelles, o ENAIQ 2022 contou com a participação do deputado federal Afonso Motta (PDT-RS), presidente da Frente Parlamentar da Química (FPQ); Juliana Durazzo Marra, presidente do Instituto de Desenvolvimento da Química (IDQ); Eduardo Leite, governador eleito do Rio Grande do Sul; senador Jean Paul Prates (PT-RN) como representante do gabinete de transição; Jorge Lima, representante do gabinete de transição do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas; e Paulo Guimarães, representante do gabinete de transição do governador eleito da Bahia, Jerônimo Rodrigues.

O primeiro painel do evento, cujo tema foi ‘A Missão Gás Natural’, teve a presença de Gesner Oliveira, economista; Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE – Centro Brasileiro de Infraestrutura; Alessandro Gardemann, presidente da Abiogás – Associação Brasileira do Biogás; Cynthia Silveira, diretora-presidente da TGB – Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A; Augusto Salomon, presidente da Abegás – Associação Brasileira das Distribuidoras de Gás Canalizado; e Daniel Hubner, vice-presidente sênior da Yara.

A Visão dos CEOs as Perspectivas do Brasil e a Visão da Indústria foi o foco do segundo painel. Participaram da mesa redonda: Manfredo Rübens, presidente da BASF para América do Sul; Roberto Simões, presidente da Braskem; Daniela Manique, CEO da Rhodia-Solvay para América Latina; Roberto Noronha, CEO da Unigel; e Maurício Russomanno, CEO da Unipar. Na moderação dos dois painéis, o economista Paulo Gala.

Outro destaque do evento foi a apresentação ‘Agenda da Indústria Química do futuro: Missões para a Indústria Química no Brasil "Environmental Social and Governance (ESG) Made in Brazil". João Parolin, presidente da Oxiteno e presidente do Conselho Diretor da Abiquim destacou a importância/relevância do setor, relacionando as quatro missões Gás Natural, Bioprodutos, Energias Renováveis e Saneamento.

Premiações.: Durante o evento, foram anunciados os vencedores do Prêmio Kurt Politzer de Tecnologia: Na categoria start-up, a vencedora foi a Polynano com o projeto “Nanosolo - Compósitos Poliméricos Nano Estruturados para Estabilização de Solos, Pavimentação e Reparo de Vias” da pesquisadora Daiana Kotra Deda Nogueira.

Na categoria empresa, a vencedora foi a Oxiteno com o projeto “Solvente verde 100% natural e prontamente biodegradável, seguro para saúde humana e meio ambiente aplicado para limpeza industrial e institucional”. O responsável pelo trabalho foi Silmar Balsamo Barrios, que coordenou a equipe formada por André Oliva de Palma, gerente; Husley Jinnah Morales Guzman, pesquisador Sr.; Júlia da Silveira Carvalho Ripper, Analista Pl.; Juliana Salvini Seabra, gerente; Rafael Augusto Caldato, Pesquisador Sr.; e Raquel da Silva, pesquisadora especialista.

Na categoria Pesquisador, o vencedor foi Thenner Silva Rodrigues, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) como principal responsável pelo projeto “Células solares plasmônicas: geração de energia limpa e renovável com o uso de nanopartículas metálicas”. Fazem parte da sua equipe: José Carlos Costa da Silva Pinto, professor do Programa de Engenharia Química da UFRJ; Jean-Michel Nunzi, Professor da Queens University no Canada; Lucas Viana da Costa, aluno de mestrado do Programa de Engenharia da Nanotecnologia da UFRJ; Felipe Anchieta e Silva, aluno de doutorado do Programa de Engenharia da Nanotecnologia da UFRJ; e Renan da Silva Pereira Santos, aluno de iniciação científica da URFJ.

Os alunos brasileiros vencedores das Olimpíadas de Química também foram apresentados.

Alinhada às demandas de governança ambiental, social e corporativa e ao compromisso com a sustentabilidade, a 27ª edição do ENAIQ ganhou o Selo Evento Neutro, por quantificar e compensar as suas emissões de CO2, com apoio ao Projeto Usina Hidrelétrica Salto Pilão, uma iniciativa ambiental auditada, certificada e importante fonte de energia renovável do país. O ENAIQ 2022 também aderiu ao movimento Sou Resíduo Zero, recebendo o selo de distinção pela destinação correta dos resíduos recicláveis e orgânicos que foram gerados durante o Encontro, evitando, portanto, o descarte em aterros sanitários.

O encontro teve como patrocinadores as empresas Ambipar, Basf, Braskem, Cesari, Comgás, Commit, Clariant, Deten, Dow, Elekeiroz, Indorama, Innova, Kearney, Oxiteno, Petrom, Rhodia Solvay, Unigel, Unipar, White Martins e Yara.

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