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20/12/2022 - 08:39

Produção de cajá e de outros produtos extrativos no país em análise da Conab


A sociobiodiversidade.

O fruto cajá está entre os destaques dos produtos extrativos analisados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em sua mais nova edição do Boletim da Sociobiodiversidade, divulgado no dia 19 de dezembro (segunda-feira). O estudo traz uma análise da identidade local do extrativista cajazeiro, sua área de produção, as potencialidades e limitações, além de ressaltar a necessidade de atrair olhares para a dinâmica econômica desse espaço rural, garantindo apoio ao homem do campo e aos demais atores que atuam na comercialização do cajá.

—A ideia é convergir as políticas sociais para abarcar o espaço rural no Brasil, de forma que possam contribuir para a manutenção da diversidade cultural, da biodiversidade e do uso sustentável dos recursos naturais— afirma o analista da gerência de Produtos Hortigranjeiros e da Sociobiodiversidade da Conab, Ênio de Souza. —Isso nos permite ampliar os papéis dessa gente do campo para além da dimensão produtiva—.

O Boletim avalia também a cadeia produtiva do baru, que está em franco desenvolvimento. O diagnóstico mais apurado das regiões produtoras decorre do mapeamento da cobertura vegetal das áreas aptas, o grau de desmatamento ou conservação, e o incentivo ao plantio e preservação das espécies nativas, visando a geração de renda de forma sustentável do ponto de vista socioeconômico e ambiental. Em pesquisa no Sistema de Subvenção da Sociobiodiversidade (SisBio) da Conab, no dia 10 de novembro, constatou-se que não houve registro de subvenção para este produto em 2022, nem em anos anteriores. —No caso do baru, este é um dado positivo, pois significa que os preços recebidos pelos extrativistas, na maior parte das regiões produtoras, superam o valor estabelecido na portaria que determina os valores da Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio)— explica Ênio. —No entanto, ainda percebemos algumas localidades cujo preço está aquém do valor de referência, e que não pleitearam o subsídio, seja pela falta de conhecimento sobre a política de subvenção, seja pela falta de organização dos extrativistas e do mercado—.

Outro produto da sociobiodiversidade analisado é a macaúba. De acordo com o Boletim, este produto carece de maior atenção para promover seu desenvolvimento, tendo em vista a ampla aplicabilidade que o fruto e seus derivados podem atingir, considerando seu valor nutricional e as inúmeras formas de processamento ainda pouco exploradas, a vasta ocorrência em território nacional e a preservação da espécie e dos ambientes em que a palmeira está presente, além da possibilidade de geração de emprego e renda aos povos que vivem próximos das áreas em que a macaúba ocorre. —A partir de estratégias direcionadas ao segmento extrativista, com a Conab à frente da execução das políticas governamentais, é possível ampliar a aplicação do fruto no cotidiano do brasileiro —ressalta o analista. —Começando pela subvenção econômica, que possibilita oportunidades a um número maior de agroextrativistas, mas também incluindo meios para sua qualidade de vida, a execução de um agroextrativismo sustentável, e viabilidades de processamento, logística de transporte, armazenamento e mercado consumidor—.

Com relação à borracha natural extrativa, o estudo aponta que uma das maiores preocupações acerca da organização e compreensão desse mercado vem sendo a assimetria de informações, assim como a ausência de um mercado organizado para os extrativistas. Outro destaque do Boletim é o pirarucu de manejo, que mostra que a atividade tem contribuído para produzir renda aos produtores de forma ambiental e economicamente sustentável. A análise é feita a partir do acompanhamento da série histórica de autorizações, captura efetiva e comercialização, bem como a atuação da PGPM-Bio para atenuar as discrepâncias de preço quando a atividade se torna insustentável do ponto de vista econômico. Além desses produtos, o Boletim traz ainda informações sobre açaí, babaçu, cacau, castanha-do-brasil, murumuru, piaçava e umbu.

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