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05/01/2023 - 07:39

A produção de aço prevê fechar com 62,8 milhões/Mt em 2022 na América Latina


Marcando uma queda de 2,8%, diz Alacero. As importações provenientes dos países objeto de dumping continuam a ser uma ameaça latente para a região.

A indústria siderúrgica latino-americana apresenta um cenário de queda moderada da demanda. O consumo aparente da região, que em 2021 foi de 74,9 Mt (+25,8%), deverá sofrer uma diminuição de 9,5% face ao que foi registado nos primeiros 8 meses deste ano, fechando 2022 em 67,8 Mt.

A produção de aço bruto também pode cair 2,8% em relação a 2021, se as previsões de 62,8 Mt para o final de 2022 forem confirmadas. Enquanto isso, a produção de laminados, que encerrou 2021 em 55,9 Mt, apresentaria uma queda estimada de 1,1% em 2022, totalizando 55,3 Mt. Após um ano anterior de forte recuperação, em 2022 a América Latina demonstra que é possível manter altos níveis de produção, tendo como força motriz o apoio entre os mercados internos e menor dependência de importações extrarregionais. Um cenário de contração moderada é natural após um 2021 de recomposição do mercado.

Este ano, 2022, começou com boas expectativas de recuperação, mas a declaração de guerra da Rússia à Ucrânia trouxe incertezas políticas, comerciais e estruturais que retardaram essa recuperação e o ímpeto das cadeias de suprimentos. Assim, a produção de aço contabilizada em 2022 deverá atingir os 62,8 Mt, o que representaria uma queda de 2,8% face ao ano anterior.

Produção e consumo de laminados — No início de 2022, graças à extensa cobertura vacinal, a demanda global por aço mostrou sinais de recuperação. No entanto, o contexto econômico global de recuperação industrial enfrentou a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que exacerbou as crises estruturais das economias emergentes e em desenvolvimento, e destacou a necessidade de repensar nossas matrizes energéticas, rotas de produção de aço e sua pegada de carbono em todo o mundo.

A previsão é que em 2022 o consumo mundial de aço acabado atinja os 1.797 Mt, menos 2,3% do que no ano passado. Por sua vez, a Worldsteel projeta que o consumo de produtos laminados na China contrairá 4%, totalizando 914 Mt.

Portanto, a produção de aço acabado na América Latina deve chegar a 55,3 Mt até 2022. Se essa projeção se concretizar, o resultado representará uma queda de 1,1% em relação a 2021. O consumo estimado de aço acabado na região será reduzido em 9,5%, se a previsão de 67,8 Mt for confirmada.

Consumo de aço na região — A indústria siderúrgica teve um papel importante na recuperação regional em 2022, considerando o consumo per capita. No entanto, mesmo mantendo o nível de consumo anterior à pandemia, a América Latina apresentará uma queda de 10,2% em relação ao ano anterior.

Assim, a região deve fechar 2022 com 105 kg/per capita, igual à média do período 2018-2019. Apesar da queda mais intensa na América Latina, observa-se que a região foi mais resiliente, consumindo os mesmos 46% da média mundial obtida naquele período por pessoa.

Uma ameaça latente — De acordo com o relatório da Alacero, as importações continuam a ameaçar o comércio latino-americano. Os produtos chegam à região a preços abaixo do mercado (dumping) enviados por países com economias não mercantis, que subsidiam a produção de aço e fornecem apoio financeiro fora da OMC e seus alinhamentos industriais.

Nesse cenário, as importações totais de aço da América Latina aumentaram 46,7% em 2021 em relação ao ano anterior. Naquele ano, a China registrou um aumento paralelo de 28,9% no total das exportações (em toneladas) em relação a 2020.

A participação das importações extrarregionais no consumo da América Latina permanece alta e deve chegar a 29% até o final de 2022, representando cerca de 87% de tudo o que a região importa. Em 2021, a China embarcou 10,4 milhões de toneladas de aço para a região. | MM

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