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01/02/2023 - 07:43

Porto de Paranaguá atinge 161% no volume de milho embarcado


Total superior ao mês em 2022.

O mês de janeiro ainda nem terminou, mas o volume de milho carregado pelo Porto de Paranaguá, neste ano, impressiona. Até o último dia 29, foram 569.461 toneladas do cereal embarcadas. O volume é quase 161% maior que as 218.358 toneladas exportadas pelos terminais paranaenses durante os 31 dias do mesmo mês de 2022.

— O que estamos percebendo pelos grandes volumes registrados nos embarques aqui pelo Porto de Paranaguá é que essa movimentação já vem se intensificando desde o ano passado —diz o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

No último mês de dezembro foram carregadas 580.147 toneladas de milho. Comparado às 97.124 toneladas exportadas em dezembro de 2021, o volume foi 947% maior.

—Também o line-up dos navios que chegarão para carregar milho aqui pelo Paraná mostra que a tendência é que continue assim pelo menos ainda no próximo mês — afirma Garcia.

Embarque — No mês de janeiro, até o dia 29 de janeiro (domingo), 19 navios atracaram no Porto de Paranaguá para carregar milho. Segundo o line-up do dia 30 (segunda-feira), escala das embarcações para receber o granel, nove navios já estão em porto para carregar 587.324 toneladas e outros oito estão na sequência para embarcar 511.839 toneladas de milho. Já há outro anunciado, que deve receber 67 mil toneladas. Somado, o volume quase chega a 1,1 milhão de toneladas do cereal a serem exportados por Paranaguá.

Mercado — A engenheira agrônoma Ana Paula Kowalski, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep/Senar-PR, confirma que janeiro realmente não é típico período de exportação de granéis, especialmente milho. Porém, segundo ela, uma combinação de fatores tem impulsionado a demanda pelo cereal brasileiro.

Além do fato dos produtores precisarem fazer espaço para receber a nova safra de soja, a lacuna aberta no mercado internacional pela situação da guerra na Ucrânia e a nova demanda da China também aquecem os embarques pelos portos brasileiros.

— No último mês de novembro, com o novo acordo comercial com a China, 136 empresas foram auditadas e habilitadas pelo Ministério da Agricultura para armazenar e exportar milho no Brasil —afirma a agrônoma. O Paraná, de acordo com ela, é o segundo Estado com maior número de plantas autorizadas pelos governos chinês e brasileiro.

Como explica a especialista, a Ucrânia e os Estados Unidos costumavam ser os principais exportadores de milho para a China. As exportações ucranianas reduziram 24%, já que tiveram menor produção e dificuldades para embarcar o produto, devido ao conflito com a Rússia. E, no caso dos norte-americanos, há conflito comercial.

— O Brasil surge como uma alternativa importante. O país vem se tornando uma potência na exportação de milho, com um crescimento anual bastante expressivo —afirma.

Ainda de acordo com a análise de Ana Paula Kowalski, nos Estados Unidos o volume de milho embarcado já tem sido reduzido. —O Brasil ocupou essa lacuna e a tendência é que isso se mantenha para os próximos anos— acrescenta.

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