Exportações apresentam recorde histórico em 2022, diz Caerj

CEO da Caerj aposta no comércio exterior como fator de retomada do crescimento econômico fluminense.

As exportações do Estado do Rio de Janeiro somaram US$ 44.3 bilhões no ano passado, um aumento de 33% comparado com o ano anterior — a maior cifra da série desde que o Governo Federal passou a registrar os dados em 1997. A participação fluminense na pauta exportadora brasileira foi de 13,4%, levando o estado a retornar ao posto de segundo maior exportador, atrás somente de São Paulo e à frente de Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

Já as importações foram de US$ 25.3 bilhões — 13,2% maiores do que as registradas em 2021 —, com uma participação no volume nacional de 9,3%, deixando o estado como o terceiro importador do Brasil. O saldo da balança comercial foi de US$ 18.9 bilhões e a corrente de comércio (soma de exportações e importações), de US$ 69,6 bilhões, aumento de 25% em relação a 2021.

— Os resultados são muito animadores, é o segundo ano consecutivo de aumento de exportações e o maior nível de vendas da série histórica! O comércio exterior fluminense tem um enorme potencial e pode ser a alavanca para o crescimento econômico da região— destaca o CEO da Câmara de Comércio e Indústria do Estado do Rio de Janeiro (Caerj), Mario Scangarelli.

O executivo explica que os bons resultados se devem, principalmente, ao crescimento das vendas dos óleos brutos de petróleo em mais de 36% em relação ao ano passado. —Os óleos são os principais itens exportados pelo estado nos últimos 25 anos. No ano passado, as exportações desses produtos chegaram a US$ 34,1 bilhões, contra os US$ 24,9 bilhões registrados em 2021 —afirma.

Mario Scangarelli, CEO da Câmara de Comércio e Indústria do Estado do Rio de Janeiro (Caerj)

Outro setor importante na pauta exportadora, segundo Scangarelli, foi o siderúrgico, especialmente de produtos semiacabados, lingotes e outras formas de ferro ou aço —uma participação de 7,5%. —As vendas desses produtos representaram um aumento de 20,6% em relação a 2021. Os óleos combustíveis, outros itens que colaboram há anos com o saldo da balança fluminense, tiveram crescimento significativo nas vendas, de 51% em comparação com o ano anterior, e representam 5,1% do volume exportado— atesta o CEO.

Scangarelli destaca que os produtos laminados planos de ferro ou aço, tiveram o maior aumento de vendas e participação na pauta exportadora, com um crescimento de 123% em relação a 2021. Os países para os quais o Rio de Janeiro mais exporta são a China (31%), Estados Unidos (16%), Chile (6,8%), Espanha e Portugal (6,1% cada).

Já na pauta de compras internacionais, o Rio de Janeiro importa motores e máquinas não elétricos, utilizados na indústria aeronáutica – itens que respondem por 20% de participação no volume de importados. Em seguida, estão os óleos brutos de petróleo, que representam 13%, e gás natural, com 6%, fortalecendo a posição de destaque do Rio de Janeiro no cenário de distribuição de energia no Brasil. As importações fluminenses têm origem principalmente dos Estados Unidos (31%), Arábia Saudita (13%), China (6,6%), França (5,8%) e Paraguai (5,1%).

2021 — O volume de exportações do Rio em 2021 foi de US$ 33.3 bilhões, o que havia sido um crescimento expressivo de 47% em comparação a 2020. A participação na pauta exportadora do país na época foi de 11,89% e o estado ficou na terceira posição no ranking nacional.