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02/03/2023 - 08:40

Petrobras registra lucro líquido recorde de R$ 188,3 bilhões em 2022


Companhia recolheu o total de R$ 279 bilhões em tributos e participações governamentais no Brasil. Investimentos totalizaram US$9,8 bilhões no ano.

A Petrobras atingiu um lucro líquido recorde de R$ 188,3 bilhões em 2022, demostrando sólida performance financeira e operacional durante o ano. Este resultado representou um crescimento de 77% em relação ao lucro líquido de 2021. Somente no quarto trimestre de 2022, o lucro líquido da companhia foi de R$ 43,3 bilhões, 38% superior ao mesmo período do ano anterior. Conforme dados do Relatório de Desempenho Financeiro do quarto trimestre de 2022, divulgado no dia 1º de março (quarta-feira) pela companhia.

O aumento do lucro líquido em 2022 se deve principalmente à alta dos preços de petróleo (Brent), melhor resultado financeiro e ganhos com acordos de coparticipação em campos da Cessão Onerosa. O Ebitda Ajustado do ano também cresceu com alta de 45% em comparação com 2021, atingindo o maior nível já registrado de R$ 340,5 bilhões. No 4º trimestre de 2022, o Ebitda ajustado encerrou o ano em R$ 73,1 bilhões.

A relação dívida líquida/Ebitda ajustado (sem arrendamentos) foi de 0,27x ao fim de 2022, em comparação com 0,56x em 2021. A dívida financeira da Petrobras encerrou o ano em US$ 30 bilhões, uma redução de 16% em relação a 2021. Esse patamar de endividamento é considerado saudável para empresas do porte e segmento de atuação da Petrobras. Uma evidência é que o compromisso da dívida com pagamento de juros equivale hoje a somente 14 dias da geração de caixa operacional de 2022.

Em 2022, a Petrobras atingiu o seu recorde de pagamento anual de tributos e participações governamentais, recolhendo o total de R$ 279 bilhões no Brasil.

Em 2022, os recursos gerados pelas atividades operacionais alcançaram o recorde de R$ 255,4 bilhões e o fluxo de caixa livre positivo totalizou R$ 205,8 bilhões maior marca já atingida, representando, respectivamente, altas de 26% e 22% em relação ao ano anterior. Somente no quarto trimestre de 2022, o fluxo de caixa operacional foi de R$ 67,6 bilhões e fluxo de caixa livre foi de R$ 48,9 bilhões.

A evolução expressiva dos indicadores financeiros e operacionais da empresa está refletida no crescimento do retorno sobre o capital empregado (ROCE), que atingiu 15,9, alta de oito pontos percentuais em comparação com 2021. Em 2022, os investimentos realizados pela Petrobras totalizaram US$ 9,8 bilhões, aumento de 12% em relação a 2021, em decorrência do pagamento do bônus de assinatura relativo aos campos de Sépia e Atapu e de maiores investimentos em modernização e adequação de refinarias, além de gastos com manutenção de ativos logísticos.

Pagamento de dividendos — Em atendimento à regra atual da companhia, foi aprovado o pagamento de dividendos no valor de R$ 35,8 bilhões, que serão distribuídos da seguinte forma:

(i) primeira parcela, no valor de R$ 17,9 bilhões, que será paga em 19 de maio de 2023.

(ii) segunda parcela, no valor de R$ 17,9 bilhões, será paga em 16 de junho de 2023.

Dado que o montante proposto ultrapassa a aplicação da fórmula prevista na Política de Remuneração aos Acionistas da Petrobras em R$ 6,5 bilhões no trimestre, o Conselho de Administração (CA) sugeriu que os acionistas da companhia avaliem a criação de uma Reserva Estatutária (Reserva), na forma da lei, para reter até R$ 6,5 bilhões do resultado do exercício social de 2022. 

— Caso os acionistas não acatem a sugestão do Conselho de Administração de criar a Reserva, ou, caso não seja retido todo o saldo, o Conselho recomendou aos acionistas que o pagamento desses R$ 6,5 bilhões ou do saldo remanescente ocorra em 27 de dezembro de 2023 corrigido pela Selic e deduzido do valor da segunda parcela de dividendos— sugere a companhia.

— Caso a proposta de distribuição de dividendos seja aprovada na Assembleia Geral dos Acionistas sem a retenção de reservas e sem postergação sugerida pelo CA aos acionistas, os dividendos serão pagos em duas parcelas iguais nos meses de maio e junho, conforme descrito acima— conclui a Petrobras.

Mensagem do diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores aos acionistas e investidores — É com muito orgulho e um forte sentimento de dever cumprido que compartilhamos aqui os resultados de 2022. Eles sintetizam uma longa trajetória de superação de enormes desafios, gestão eficiente, escolhas estratégicas consistentes que se mostraram acertadas e foco na geração de valor, que se refletem hoje em excelentes resultados econômicofinanceiros e um sólido balanço patrimonial.

Alcançamos recordes superlativos: lucro líquido e Ebitda recorrentes de, respectivamente, US$ 34 bilhões e US$ 67 bilhões, os quais, ainda que positivamente impactados pelo ambiente externo favorável, são resultados de diversas ações gerenciais relevantes tomadas ao longo dos últimos anos, uma vez que o preço do petróleo já esteve em patamares similares aos de 2022, sem que os mesmos resultados fossem observados. E geramos estes resultados ao mesmo tempo em que investimos, em 2022, um total de US$ 10 bilhões em nossos negócios e entregamos uma produção de óleo e gás de 2,7 milhões de boed, 3% acima do centro da meta e com 73% de participação de óleos do présal, demonstrando a seriedade e assertividade de nossa execução de um planejamento estratégico robusto e resiliente.

Seguimos superando recordes de produção. O FPSO Carioca, no campo de Sépia, atingiu em novembro a produção média mensal de 174 mil barris por dia (bpd) e o poço ATP-6 de Atapu alcançou no mesmo período 56,5 mil bpd. Em 2022, a Petrobras realizou a maior adição de reservas de sua história (2,0 bilhões de boe), pelo segundo ano consecutivo, reflexo do excelente desempenho dos nossos ativos. A relação entre as reservas provadas e a produção (indicador R/P) aumentou para 12,2 anos.

Iniciamos a operação de duas novas plataformas de produção, nos campos de Mero e Itapu, esta última antecipada em relação ao planejamento inicial. Teremos outras 17 entrando em operação ao longo dos próximos cinco anos. Entregamos resultados de classe mundial no refino e na logística e comercialização. Seguimos com nossos planos de modernizar nosso parque de refino, com a adequação da URE (Unidade de Recuperação de Enxofre) da Regap, contratação do novo HDT da Replan e contratação do sistema para redução das emissões para atmosfera (fechamento blowdown da RPBC). Mantivemos o fator de utilização de nossas refinarias em patamares elevados e eficientes, mesmo com importantes paradas de manutenção, e ainda aumentamos a eficiência energética e reduzimos emissões.

O ano de 2022 foi desafiador com limitação de oferta internacional causada pelo conflito na Ucrânia. Nossa cobertura global de mercado e desenvolvimento de novos clientes foram determinantes para alteração do fluxo das nossas exportações em busca de geração de valor e aproveitamento de novas arbitragens. Fomos capazes de diversificar os destinos das nossas exportações e praticar preços competitivos, ao mesmo tempo em que reduzimos a volatilidade para nossos consumidores.

No que tange à inovação e desenvolvimento tecnológico vale destacar que pelo segundo ano consecutivo atingimos o recorde de 1.100 patentes ativas depositadas pela Cia somente em 2022. Pelo quarto ano consecutivo, ocupamos o primeiro lugar em computadores de alto desempenho e ecoeficiência da América Latina, com o supercomputador Pégaso, que é também o 5º maior da indústria petrolífera mundial. Ampliar o processamento de dados nos permite gerar imagens da subsuperfície cada vez mais nítidas das áreas mapeadas para exploração e produção de petróleo e gás natural, além de reduzir o tempo de processamento dessas informações. Isso contribui para otimizar a produção, aumentar o fator de recuperação das reservas atuais e maximizar a eficiência dos nossos projetos exploratórios.

Estes resultados e os inúmeros outros esforços e processos realizados, é sempre importante lembrar, foram levados a cabo respeitando os mais altos padrões de governança e conformidade. Em linha com o aprimoramento contínuo de nossa transparência e governança, em 2022 aprovamos a nossa Política Tributária e aprimoramos a governança na Política de Preços com a aprovação pelo Conselho de Administração da Diretriz de formação de preços no mercado interno. Nossos esforços de governança têm sido reconhecidos, e pelo sexto ciclo consecutivo obtivemos a Certificação Nível 1 de Governança do Índice de Governança da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais – SEST, também, seguimos na primeira posição no ranking de Transparência Ativa da Controladoria Geral da União.

Fizemos tudo isso sempre priorizando a segurança de nossos colaboradores – simbolizada na taxa de acidentados registráveis de 0,68 por milhão de homens-hora — e com respeito ao meio-ambiente e à sociedade. Somos hoje a empresa com o maior programa de captura de CO2 offshore no mundo. Em 2022, injetamos 10,6 milhões tCO2, nosso maior volume injetado em um único ano. Em função do resultado acumulado, nosso compromisso de reinjeção foi revisado para 80 milhões tCO2 até 2025 em projetos de CCUS (carbon capture usage and storage). A reinjeção de CO2 continuará tendo papel relevante na redução da intensidade de emissão de gases de efeito estufa na produção de óleo e gás. Além disso, conforme depreende-se da evolução dos nossos planos estratégicos, pretendemos expandir ainda mais nossa atuação ambiental, desenvolvendo capacitação também para os negócios de eólica offshore, hidrogênio e biorefino. Pelo segundo ano consecutivo, a Petrobras ingressou no Dow Jones Sustainability Index World, e obtivemos nota máxima nos critérios de Relatório Ambiental, Riscos Relacionados à Água e Relatório Social. A companhia também se destacou nos critérios de Ecoeficiência Operacional, Práticas Trabalhistas e Direitos Humanos. Cabe destacar ainda que a Companhia está implementando uma política de reciclagem verde para plataformas em descomissionamento, alinhada com as melhores práticas ASG disponíveis no mercado.

Todos esses esforços se traduziram em enorme riqueza para a sociedade brasileira. Em 2022, recolhemos o valor recorde de R$ 279 bilhões em tributos e participações governamentais e superamos a marca de R$ 1 trilhão na soma dos últimos cinco anos. Os fortes resultados gerados se traduziram em retornos também para os nossos acionistas. O Conselho de Administração aprovou dividendos de R$ 2,751 por ação ordinária e preferencial, relativos ao resultado do quarto trimestre de 2022. E podemos continuar a entregar muito mais. Com as perspectivas de maiores volumes de produção de óleo e gás, com maior rentabilidade devido ao pré-sal, e a capacitação da nossa empresa para encarar os desafios impostos pela inevitável transição energética estaremos em uma posição ímpar para continuar a gerar valor a longo prazo. Vale ressaltar, é claro, que não podemos ignorar o caráter cíclico da nossa indústria: quem não se lembra dos preços negativos de petróleo durante o auge da pandemia? Em 2022 nosso retorno sobre o capital empregado foi 16%. Em 2020, 3% apenas. Assim, faz-se necessário manter o olhar na resiliência de nosso portfólio, assegurando a sustentabilidade financeira de longo prazo.

Tudo o que foi construído só foi possível pelo esforço, a capacidade e o comprometimento de milhares de pessoas, que, imbuídas de espírito colaborativo e trabalhando em prol de um objetivo comum, são capazes de gerar tanta riqueza para a sociedade.

Por fim, estamos confiantes que a Petrobras seguirá adiante rumo a um futuro promissor, superando desafios, desenvolvendo tecnologias para a transição energética e, nesse processo, gerando valor para a sociedade e para nossos acionistas e investidores — conclui Rodrigo Araujo Alves.

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