Dando aos motores marítimos uma vida útil mais longa

Não é segredo que os navios são embarcações caras para se manter à tona. Com a vida útil média de um motor de balsa ou rebocador sendo de cerca de 25 anos, eles precisam de serviços regulares e, muitas vezes, pelo menos uma grande revisão para permanecer em operação.

Dependendo das circunstâncias, algumas revisões exigem que as embarcações tenham seus cascos abertos para recuperar os motores, tornando-se rapidamente um procedimento caro com perda de receita devido a semanas de tempo de inatividade.

Até agora, a vida útil de um motor tem sido determinada por quanto tempo ele pode durar, supondo que esteja sendo usado para a capacidade, o tempo todo. Mas novos dados, coletados e analisados pela equipe de engenharia de serviços da Rolls-Royce, mostraram que a maioria dos motores raramente é levada ao limite. Como resultado, a vida útil geral poderia ser estendida por uma margem significativa.

Ciclos de vida mais longos — Ao analisar grandes quantidades de dados em um projeto de dois anos, conseguimos entender a vida útil de nossos motores de transporte comercial com ainda mais precisão.

A equipe usou um algoritmo elaborado para peneirar uma montanha de "big data" e reunir mais de 50 mil registros contendo informações sobre os diferentes perfis de carga dos motores no campo.

O resultado é que o tempo entre as revisões (TBO) pode agora ser significativamente estendido e, em alguns casos, dobrado. De fato, com alguns de nossos motores marítimos mtu Series 4000, uma grande revisão agora pode ser evitada completamente, economizando dinheiro, tempo e recursos – além de reduzir as emissões de carbono através do transporte de componentes de substituição.

— Nossa equipe de Engenharia de Serviços, liderada por Jens Schneemann, calculou o desgaste dos motores muito mais especificamente com base em perfis de uso individuais, examinando quais componentes do motor são desgastados e de que maneira— explica Andreas Müller-Hirlinger, gerente de Vendas Sênior de Rebocadores e Barcos de Trabalho da MTU da Rolls-Royce Power Systems. —Usando essas informações, conseguimos fazer previsões muito mais precisas sobre quanto tempo o motor pode funcionar e quando a manutenção é devida—.

Habilitando um cronograma de serviço mais suave — A equipe de Engenharia de Serviço conseguiu identificar os componentes individuais do motor que determinam o TBO e conseguiu definir a vida útil desses dois componentes em até 90 mil horas.

Também permitiu que a equipe ajustasse o cronograma de manutenção dos motores de acordo, re-jigging para permitir que o maior número possível de componentes fosse reparado ao mesmo tempo, alcançando mais um corte no TBO.

Resultados positivos para os clientes — Para o cliente, aumentar o TBO cria uma enorme economia de custos. Não apenas através da eliminação de uma grande reformulação. Mas também minimizando também os insumos organizacionais e de custos, o que significa menos – potencialmente zero – tempo de inatividade para o operador da embarcação.

— Para nós, como armadores, é importante conhecer o custo total de propriedade de nossos motores em termos bastante precisos — disse Lars Peter Mortensen, gerente técnico da empresa dinamarquesa de rebocadores Svitzer. — Parece que o TBO estendido reduzirá a manutenção esperada e o custo associado por uma margem significativa, com alguns trabalhos importantes não precisando ser programados durante a vida útil de nossa frota, dadas as nossas baixas horas de operação anuais e cargas do motor—.

Ele acrescentou que, quando se trata de encomendar novas embarcações e fornecer motores, o perfil TBO dos fabricantes de motores certamente tem um impacto na tomada de decisões. — Com um TBO mais esperado — e a consequente redução no custo total de propriedade – a Rolls Royce Power Systems se torna uma proposta mais atraente para pedidos futuros—.