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24/03/2023 - 07:16

“Petrobras será polo irradiador da transição energética”, diz Prates na FGV


A Petrobras reúne todas as condições para ser o polo irradiador da transição energética no Brasil — e, nesse contexto, o setor de petróleo e gás não pode ser visto como adversário, mas como facilitador desse movimento. É o que afirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, na abertura do evento de lançamento do Caderno FGV Energia de Gás Natural, na sede da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em Botafogo, Rio de Janeiro. Ele reiterou que o pré-sal continuará sendo prioridade da companhia, e que será crucial para viabilizar a transição energética.

O presidente destacou que a Petrobras tem avançado na descarbonização no pré-sal, alcançando a liderança mundial em captura, uso e armazenamento geológico de CO2 (o chamado Carbon Capture, Utilization and Storage - CCUS) em 2022, com o recorde de 10,6 milhões de toneladas reinjetadas, equivalente a cerca de 25% do total de CO2 injetado pela indústria global no ano passado. — Tudo que a Petrobras está fazendo faz sentido técnico e econômico, inclusive para os stakeholders, não só pra ela. A maior parte do gás que ela reinjeta é CO2 — disse o presidente.

A reinjeção de gás contribui não só para a redução das emissões de CO2, mas também para o aumento da eficiência dos campos o que, por consequência, resulta em mais arrecadação aos cofres públicos. —Nós precisamos reinjetar CO2 para produzir óleo e essa não foi uma escolha, mas uma necessidade, considerando as características dos campos do pré-sal. Avançamos nessa tecnologia de CCUS a ponto de termos hoje o maior programa de captura e reinjeção de carbono do mundo— complementou.

Diálogo aberto com players — Sobre escoamento do gás natural, Prates afirmou que —precisamos de um tempo para construir a infraestrutura. Nós temos necessidade de discutir a definição das futuras rotas de transferência de gás, que tecnologias vão ser usadas e pra onde vão. Eu sou favorável à discussão aberta sobre o destino de cada conjunto de dutos, GNL embarcado, entre outras soluções— disse.

Além disso, Prates reiterou que os contratos da Petrobras serão cumpridos e que o comportamento da companhia será de empresa que atua no mercado. —Vamos disputar cada milímetro de metro cúbico ou milhão de BTU que estiver no mercado no seu melhor preço para o cliente que estiver do outro lado. E o preço vai depender de que tipo cliente que estiver do outro lado, da quantidade que está praticando ou do ponto de entrega —complementou ele.

Futuro do gás — Em sua fala, o presidente da Petrobras destacou os projetos de ampliação de oferta de gás que estão no radar da companhia, que irão contribuir para reduzir a dependência do país ao gás importado. O primeiro a entrar em operação será o Projeto Integrado Rota 3, previsto para 2024, essencial para viabilizar o escoamento e processamento de 21 milhões de metros cúbicos de gás natural produzido no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos.

Outro projeto relevante é o Sergipe Águas Profundas — conhecido como SEAP — na Bacia de Sergipe — Alagoas, a 100 km da costa, em profundidades que chegam a três mil metros — que descortina uma das maiores províncias de gás do país, abrindo uma nova frente econômica na região Nordeste. Com reservas substanciais, o projeto será expressivo em volume de produção, trazendo uma série de oportunidades para o setor, com potencial de ampliar a geração de empregos, impostos e tributos nos dois estados. O projeto terá potencial de ofertar até 18 milhões de metros cúbicos de gás por dia.

Além disso, está no radar a entrada em operação, em 2027, do bloco BMC-33, no pré-sal da Bacia de Campos, operado pela Equinor em parceria com a Repsol e Petrobras. Localizado na área conhecida como Pão de Açúcar, o projeto tem volume potencial de até 16 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com previsão de instalação de uma plataforma.

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