Ministro da Defesa visita o NAM “Atlântico” maior navio de guerra da América Latina

Evento ocorreu a bordo do Navio-Aeródromo Multipropósito, durante a LAAD Defence & Security 2023, para discutir retomada da construção naval brasileira.

O comandante da Marinha do Brasil, almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, recebeu, no dia 12 de abril (quarta-feira), o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, a bordo do Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico” A140, para discutir as próximas etapas do processo de retomada da construção naval brasileira. O evento faz parte da LAAD Defence & Security 2023, Feira Internacional de Defesa e Segurança, que ocorreu entre os dias 11 e 14 de abril(terça a sexta-feira), no Rio de Janeiro.

Durante o encontro, o comandante da Marinha comentou que a necessidade de reaparelhamento da Força Naval passa por uma recomposição orçamentária e que esse aspecto tem tido a sensibilidade necessária do governo. —O País tem uma extensa área marítima e uma densa rede hidroviária, que precisa da capacidade de monitoramento, de proteção e de exploração dos recursos. Isso passa, necessariamente, pela presença de meios, além de sensores e armamentos de vigilância nessa área, adequados às ações da Força. O Brasil é um país dependente do uso do mar, 95% das nossas trocas comerciais ocorrem pelo mar e nós precisamos de uma vigilância muito intensa nessa área. Já 99 % das comunicações por dados transitam por cabos submarinos, que estão sujeitos a interferências, a interrupções, e isso afeta infraestruturas críticas, como, por exemplo, o sistema financeiro— ressaltou Marcos Sampaio.

Já o ministro da Defesa reforçou a importância da retomada da construção naval brasileira para a sociedade. — Há uma curiosidade no mundo, que os países todos estão investindo em defesa, estão se armando. Aqui, eu defendo muito isso, porque seria uma geração de emprego em um curto espaço de tempo. Na hora que você quer fazer mais um navio, os estaleiros estão prontos, na hora que você quer fazer mais um submarino, o estaleiro está pronto. São muitos investimentos que geram empregos. A ideia é incentivar muito os estaleiros aqui do Rio de Janeiro. A indústria naval do Rio de Janeiro já tem um modelo e hoje está quase que parada. Existem empresas querendo encomendar navios. De maneira que o presidente Lula, na prestação de contas de 100 dias, um ponto que ele tocou foi o incentivo à indústria naval, focando muito aqui para o Estado do Rio de Janeiro— destacou o ministro.

O encontro contou com a presença de parlamentares e de representantes de grandes empresas da indústria de defesa mundial envolvidas no desenvolvimento dos programas estratégicos da Marinha do Brasil. | Agª Marinha

. A história da construção naval brasileira: https://bit.ly/3zYoalN