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19/04/2023 - 07:26

LAAD 2023 é marcada pela geração de negócios no setor de Defesa


Marinha do Brasil assina com empresa de sistema de segurança que detecta alvos na superfície marítima além do horizonte.

A maior e mais importante feira de defesa e segurança da América Latina, a LAAD Defence & Security, que aconteceu no Riocentro, no Rio de Janeiro (RJ). O evento se consolida como uma plataforma estratégica para a geração de negócios no setor de Defesa, como mostram os números do evento — 364 marcas expositoras nacionais e internacionais oriundas de 44 países, com a participação de 192 delegações de 71 nações.

Durante a LAAD, a Marinha do Brasil (MB) assinou uma carta de intenção com a empresa IACIT Soluções Tecnológicas, para a contratação do Radar OTH-100 e sua plataforma VIMTRAH (Vigilância Integrada Marítima Real Além do Horizonte). O sistema visa contribuir com a vigilância marítima da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) e com o controle efetivo das embarcações que navegam a distâncias de até 200 milhas náuticas nas águas jurisdicionais brasileiras. Além de ser capaz de rastrear embarcações que não transmitem sinal de AIS (Automatic Identification System), fornecendo informações de geolocalização e deslocamento dessas embarcações.

O sistema pode ser considerado uma ferramenta-chave para coibir crimes como pirataria, contrabando, tráfico de drogas e de pessoas, monitoramento de forças hostis, espionagem, crimes ambientais e preservação das riquezas naturais presentes na ZEE.

Visando o aprimoramento do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), a MB efetuou contrato com a empresa IACIT em 2016, disponibilizando a área do Farol do Albardão, no Rio Grande do Sul, para a instalação do radar. Após testes e homologação, o equipamento entrará em plena operação em julho deste ano.

De acordo com Luiz Carlos P. Teixeira, CEO da IACIT, —esse momento é a concretização de uma parceria que começamos com a Marinha há anos. É muito importante esse apoio das Forças Armadas para a indústria nacional e mais uma evidência que o País tem capacidade de desenvolver tecnologias críticas em busca de autonomia. É uma honra para a IACIT contribuir com a missão da Marinha na vigilância da Amazônia Azul—.

Estande da Marinha — A MB participou da 13º edição da feira apresentando alguns dos seus programas estratégicos, como o Programa de Submarinos (Prosub), que prevê a construção e entrega de quatro submarinos convencionais e do primeiro submarino brasileiro convencionalmente armado com propulsão nuclear, assim como o Programa Fragatas Classe “Tamandaré”, que tem o objetivo de promover a renovação da Esquadra com quatro navios modernos, de alta complexidade tecnológica, construídos no País.  

Os visitantes puderam ver de perto maquetes dos programas estratégicos, além de ler, em totens interativos, conteúdo sobre o assunto. A arquiteta Lysia Buggenhout destacou a importância da visita. —Aqui no estande a gente consegue ter uma noção da história e também dos projetos futuros da Marinha. Para mim, é ainda mais especial, já que meu pai era Engenheiro Naval e trabalhou nos projetos da MB—.

Uma maquete do submarino convencionalmente armado com propulsão nuclear, que está em fase de desenvolvimento, foi uma das atrações que mais chamou atenção. Era possível saber mais detalhes sobre o projeto e tirar dúvidas com o Capitão-tenente (Engenheiro Naval) Pedro Melo. —A parte nuclear diz respeito somente à produção de energia para sua propulsão. Com isso, ele pode ficar submerso por tempo indeterminado, sendo essa uma de suas grandes vantagens —explica o Engenheiro Naval. 

Na área externa da feira, a Marinha expôs diversos meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais, como o mais novo blindado adquirido, o JLTV (Joint Light Tactical Vehicle). O Suboficial (Fuzileiro Naval) Roberto Carlos explicava detalhadamente as características da viatura: “o blindado possui 340 cavalos de potência, tem uma suspensão regulável em altitude e, com isso,  pode passar em um curso de água com a profundidade de até 1,5m. Seus pneus têm a capacidade de, depois de perfurados, ainda conseguirem percorrer 40 km a 40 km/h”.  

Cabe ressaltar que a feira também é uma oportunidade para o desenvolvimento das capacidades tecnológicas do País, beneficiando a indústria nacional e gerando empregos. | Agª Marinha

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