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16/06/2008 - 13:53

Mercado aquecido reflete em bons preços dos animais nos leilões

Capitalizados, pecuaristas aumentam a liquidez dos leilões em todo o país.

A arroba cotada acima dos R$ 80,00 nos índices da Bolsa de Mercadorias & Futuros e os contratos futuros chegando próximos a R$ 100,00 ilustram o atual momento da pecuária brasileira. Toda a cadeia produtiva está aquecida. Faltam animais para abate e, aproveitando essa nova onda de capitalização, pecuaristas em todo o país estão investindo com força em genética.

“Há algum tempo o pecuarista teve que abater suas fêmeas para pagar suas contas. Agora, ganhando mais, eles estão investindo e aquecendo toda a cadeia”, explica José Eduardo Matuck, diretor da Nova Leilões.

Com larga experiência no mercado, onde atua há 27 anos, Matuck ressalta que, desde março, o valor pago por animal aumentou em torno de 30%. Se antes se pagava, por exemplo, R$ 2,5 mil por animal, segundo ele, hoje a remuneração está em torno de R$ 3,2 mil. “Agora, o criador está pagando mais pelos animais que compra nos remates porque sabe que, quando vender seus produtos, também receberá mais”, explica.

Também segundo Matuck, ainda há no mercado os tradicionais criadores de animais de boiada, mas a busca pelo aumento do giro e do volume de carne produzida tem estimulado o pecuarista a investir cada vez mais em genética. “Hoje o criador busca cada vez mais inserir qualidade em sua produção”, diz.

Neste cenário, o animal de elite detém uma posição confortável frente às vendas de animais na pecuária de corte em geral, que movimenta anualmente, de acordo com Matuck – que também é tesoureiro do Sindicato Nacional dos Leiloeiros Rurais - R$ 1 bilhão. Desse total, 35% são divisas de animais de elite, que tem acumulado crescimento de 25% nos últimos sete anos.

O mercado de elite não depende diretamente da pecuária em geral, mas sofre os reflexos do quadro econômico do setor. “Os remates de elite dependem mais do mérito e da sorte do criador, já que estamos falando de genética, onde trabalhos sérios e sólidos são os responsáveis por garantir uma maior probabilidade de sucesso no pregão. Mesmo assim, hoje vemos que a liquidez nos pregões aumentou muito”, ressalta.

Esse aquecimento é sentido de forma mais intensa nos grandes eventos da pecuária brasileira. Um exemplo é a Feicorte, maior evento indoor da pecuária latino-americana, que acontece entre 17 e 21 de junho. Marcado pela variedade de raças presentes (Nelore, Brahman, Guzerá, Canchim, Angus, Santa Gertrudis, Simental, Simbrasil, Senepol e Wagyu), a edição deste ano contará com 19 pregões (15 deles, de bovinos), frente 15 remates realizadas em 2007 (12 de bovinos).

“Com capital em mãos e ciente de que precisa aprimorar a genética do plantel para aumentar sua produtividade e competitividade, o pecuarista está mais presente nos remates e com disposição para investir. Pecuária não é garimpo, por isso, é fundamental repor e melhorar a produção”, ressalta Décio Ribeiro dos Santos, diretor da Feicorte. | Site: www.feicorte.com.br

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