Exportações crescem 1,8% até a 3ª semana de abril, diz Secex/MDIC

Houve crescimento das importações de US$ 11,04 milhões (14,7%) em Indústria Extrativa e queda de US$ 32,67 milhões (-3,3%) em produtos da Indústria de Transformação.

As exportações superaram as importações em US$ 1,304 bilhões na terceira semana de abril, período em que as vendas externas brasileiras atingiram US$ 5,629 bilhões e as compras do exterior totalizaram US$ 4,325 bilhões (corrente de comércio de US$ 9,954 bilhões). No mês, as exportações somam US$ 20,183 bilhões e as importações, US$ 13,849 bilhões, com saldo positivo de US$ 6,334 bilhões e corrente de comércio de US$ 34,032 bilhões. Os dados foram atualizados no dia 24 de abril (segunda-feira), pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria Comércio e Serviços (MDIC).

Exportações — Nas exportações, comparadas as médias até a terceira semana de abril de 2023 (US$ 1.552,52 milhões) com a média de abril de 2022 (US$ 1.524,72 milhões), houve crescimento de 1,8%. Em relação às importações foi registrada queda de 2,4% na comparação entre as médias até a terceira semana de abril de 2023 (US$ 1.065,29 milhões) com a do mês de abril de 2022 (US$ 1.091,73 milhões).

Importações — Até a terceira semana de abril de 2023, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: queda de -24,2% em Agropecuária, que somou US$ 0,25 bilhões; crescimento de 14,7% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,12 bilhões e, por fim, queda de -3,3% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 12,36 bilhões. A combinação destes resultados motivou a queda das importações.

O movimento de queda nas importações foi influenciado pela redução das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (-34,1%), Milho não moído, exceto milho doce (-99,5%) e Soja (-100,0%) na Agropecuária; Fertilizantes brutos (exceto adubos) (-56,0%), Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-14,1%) e Gás natural, liquefeito ou não ( -9,7%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-54,7%), Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (-36,6%) e Inseticidas, rodenticidas, fungicidas, herbicidas, reguladores de crescimento para plantas, desinfetantes e semelhantes (-36,7%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de queda, os seguintes produtos tiveram aumento: Pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (24,6%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (30,0%) e Cacau em bruto ou torrado (214,0%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (59.842,9%), Outros minérios e concentrados dos metais de base ( 9,5%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (45,3%) na Indústria Extrativa ; Medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (51,1%), Outros medicamentos, incluindo veterinários (44,9%) e Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (42,0%) na Indústria de Transformação.

Balança Comercial Parcial do mês de abril de 2023 na terceira semana — Em relação às exportações por setor e produtos, no acumulado até a terceira semana, se comparado com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 69,7 milhões (16,1%) em Agropecuária; queda de US$ 0,5 milhões ( -0,2%) em Indústria Extrativa e queda de US$ 46,6 milhões (-6,0%) em produtos da Indústria de Transformação. Os destaques entre os produtos agropecuários foram os embarques de soja que subiram 22,6% - com aumento de US$ 80,53 milhões na média diária - e as vendas de trigo e centeio (não moídos) que cresceram 123,4% com aumento, na média diária, de US$ 3,45 milhões.

A mesma comparação relativa às importações revela queda de US$ 6,1 milhões no acumulado até a terceira semana deste mês, onde as compras do setor agropecuário caíram 24,2%. Além disso, houve crescimento das importações de US$ 11,04 milhões (14,7%) em Indústria Extrativa e queda de US$ 32,67 milhões (-3,3%) em produtos da Indústria de Transformação.