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28/04/2023 - 07:36

Indústria do Espírito Santo cresceu 1,6% em fevereiro


O indicador do Espírito Santo foi melhor que a média nacional, que recuou 0,2% no mesmo período.

A produção industrial capixaba cresceu 1,6% em fevereiro deste ano, na comparação com o mês anterior. O indicador do Espírito Santo foi melhor que a média nacional, que recuou 0,2% no mesmo período, e o sexto maior do país. Com esse desempenho, a indústria estadual totalizou duas altas consecutivas, pois em janeiro havia crescido 18,2%.

Os dados foram compilados pelo Observatório da Indústria da Findes e fazem parte da pesquisa de Produção Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no dia 26 de abril (quarta-feira). Vale lembrar que, neste mês, o IBGE revisou sua metodologia e ajustou os pesos (o quanto cada setor representa) das atividades na indústria geral. Por isso, publicou duas pesquisas neste mês de abril (janeiro e fevereiro).

A presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Cris Samorini, comenta que, o primeiro bimestre de 2023 foi marcado pela desaceleração da atividade econômica global, devido a uma política monetária contracionista nas principais economias do mundo, entre elas o Brasil.

— Por outro lado, também temos motivos para estar otimistas, como a reabertura da economia chinesa, os primeiros sinais de redução de inflação global e a normalização das cadeias globais de suprimento. Vale lembrar que a nível local, segundo a Bússola de Investimentos produzida pelo Observatório da Indústria da Findes (consultada em 26 de abril), o Espírito Santo vai receber mais de R$ 37,9 bilhões em investimentos em 293 projetos até 2028. Isso significa geração de emprego e renda para a população— apontou Cris.

Enquanto o Espírito Santo teve resultado positivo, o Brasil teve uma pequena redução em sua produção. No mês de fevereiro, na comparação com janeiro, a indústria nacional registrou um leve recuo de 0,2%, totalizando três resultados negativos nessa análise. Além disso, entre as 26 atividades pesquisadas, nove apresentaram variações negativas, com destaque para produtos alimentícios (-1,1%), produtos químicos (-1,8%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,5%).

Primeiro bimestre de 2023 foi marcado pelo recuo da indústria de transformação — O Espírito Santo teve resultado positivo em janeiro e fevereiro, na base de comparação com o mês anterior, porém, no acumulado do primeiro bimestre do ano, a produção industrial capixaba recuou 3,8% em comparação com o mesmo período de 2022. Esse resultado foi influenciado principalmente pelo desempenho da indústria de transformação (-10,2%) e da indústria extrativa (-0,1%).

A gerente executiva do Observatório da Indústria e economista-chefe da Findes, Marília Silva, aponta que todas as atividades pesquisadas da indústria de transformação capixaba recuaram no primeiro bimestre do ano. — Esse desempenho contracionista do setor pode ser explicado tanto pela desaceleração da atividade econômica global no período, que desestimula as exportações, quanto pela elevada base de comparação em 2022 — comenta.

Ainda de acordo com a economista, o comportamento da indústria extrativa (-0,1%) pode ser explicado pelo contrabalanceamento entre a queda no setor de petróleo e gás natural e o avanço na produção de minério de ferro pelotizado.

— De acordo com os dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a produção de petróleo no Espírito Santo acumulou queda de 11% no primeiro bimestre de 2023, e a extração de gás natural recuou 10,9%. Já segundo relatório trimestral da Vale, houve um expressivo aumento (206,8%) na produção da planta de Tubarão 3 no primeiro trimestre de 2023, em relação ao mesmo período do ano passado (quando se encontrava em uma fase mais longa de manutenção programada)— comenta.

No acumulado do primeiro bimestre, a produção física da indústria brasileira recuou 1,1%. Entre as grandes categorias econômicas, houve queda em bens de capital (-9,7%) e em bens intermediários (-2,2%), sinalizando redução de investimentos da indústria em relação ao primeiro bimestre de 2022. | Siumara Gonçalves.

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