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17/05/2023 - 09:10

BNDES registra lucro recorrente de R$ 1,7 bilhão no 1T23


Uma queda de 51% sobre o trimestre anterior, e de 28,4% em comparação ao primeiro trimestre de 2022. Lucro líquido, que é influenciado por eventos extraordinários como dividendos de Petrobras e reversão de provisão para risco de crédito, foi de R$ 4 bilhões. Resultado recorrente advém, sobretudo, do menor saldo médio de Tesouraria — em virtude, principalmente, de liquidações antecipadas ao Tesouro no quarto trimestre de 2022. Desembolsos somaram R$ 19,1 bilhões, ante R$ 14,8 bilhões no 1primeiro trimestre de 2022. Inadimplência manteve-se em patamar baixo: 0,06%.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve lucro líquido recorrente de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre de 2023, Uma queda de 51% sobre o trimestre anterior, e de 28,4% em comparação ao primeiro trimestre de 2022. Esse lucro é calculado desconsiderando eventos extraordinários, como resultado com alienações de ativos, provisão para risco de crédito e receitas com dividendos e juros sobre capital próprio (JCP).

No mesmo período do ano passado, o valor registrado foi de R$ 2,3 bilhões. — O recuo decorre principalmente do menor saldo médio de Tesouraria em virtude, principalmente, de liquidações antecipadas de dívidas junto ao Tesouro Nacional feitas no último trimestre de 2022— disseram a direção. Os números foram apresentados pelos diretores Alexandre Abreu e Nelson Barbosa no dia 16 de maio (terça-feira), em coletiva de imprensa no escritório do BNDES em São Paulo.

O produto de intermediação financeira recorrente atingiu R$ 4,4 bilhões, valor 12% menor frente ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado exclui operações de desinvestimento da carteira de renda variável e resultados obtidos com investimentos em coligadas —entre outros efeitos de caráter esporádico —, além de receitas com dividendos/JCP e reversões ou constituições de provisão para risco de crédito (PRC).

Lucro líquido — O lucro líquido no primeiro trimestre de 2023 foi de R$ 4 bilhões, abaixo dos R$ 12,9 bilhões de um ano antes. Segundo o banco, impactado por receitas com dividendos/JCP de R$ 2,4 bilhões (basicamente Petrobras) e pela reversão líquida de R$ 700 milhões de créditos provisionados em exercícios anteriores — principalmente honra de R$ 300 milhões pelo Fundo de Garantia à Exportação (FGE).

A carteira de crédito e repasses, líquida de provisão, totalizou R$ 468,1 bilhões, representando 68,3% dos ativos totais em 31 de março de 2023, mesmo patamar de 31 de dezembro de 2022. A mesma estabilidade verificou-se no saldo da carteira de crédito expandida (inclui debêntures), em R$ 479 bilhões. O efeito da apropriação de juros e atualização monetária foi atenuado pelo retorno líquido das operações (liquidações foram superiores aos novos desembolsos).

A carteira de participações societárias totalizou R$ 57,5 bilhões em 31 de março de 2023, queda de 8,3% no trimestre, resultado, principalmente, da redução do valor de mercado de empresas investidas no trimestre, em especial, JBS, Eletrobras e Petrobras.

Os ativos totais do Sistema BNDES somaram R$ 685,8 bilhões em 31 de março de 2023, aumento de R$ 2 bilhões (0,3%) em relação a 31 de dezembro de 2022.

Desempenho — Os desembolsos totais, incluindo debêntures, outros ativos de crédito, operações de renda variável e não reembolsáveis, cresceram 21,6% em relação ao mesmo período do ano anterior e somaram R$ 19,1 bilhões neste primeiro trimestre. Todavia, houve queda de 44,8% frente aos R$ 34,6 bilhões desembolsados nos últimos três meses de 2022.

A inadimplência (+ 90 dias) manteve-se em patamar baixo, oscilando de 0,13% em 31 de dezembro de 2022 para 0,06% em 31 de março de 2023, inferior à inadimplência do Sistema Financeiro Nacional - SFN (3,33% geral e 0,53% para grandes empresas, ambas na mesma data).

A boa qualidade da carteira de crédito e repasses foi mantida, com 94,2% das operações classificadas nos mais baixos níveis de risco (entre AA e C) em 31 de março de 2023. Esse percentual permanece superior ao registrado pelo Sistema Financeiro Nacional: 91% em 31 de dezembro de 2022 (última informação disponível).

Fontes de recursos — Em 31 de março de 2023, FAT e Tesouro Nacional representavam 58% e 7,1%, respectivamente, das fontes de recursos do BNDES, mesmo patamar do fechamento do último exercício. O valor devido pelo BNDES ao Tesouro Nacional atingiu R$ 46,6 bilhões, ligeira redução de 2,3%.

O FAT manteve-se como principal credor. No trimestre, ingressaram R$ 5,5 bilhões do FAT Constitucional, e foi apropriado o montante de R$ 1,8 bilhão referente aos juros, líquidos dos pagamentos ordinários. O saldo do fundo com o BNDES em 31 de março de 2023 foi de R$ 378,9 bilhões.

O passivo junto aos organismos internacionais e detentores de títulos externos do BNDES ainda em aberto totalizou R$ 26,3 bilhões, queda de 4% no trimestre, em função do efeito da desvalorização do dólar americano (que reduziu o saldo devedor dos contratos) e de amortizações ordinárias desses empréstimos.

O patrimônio líquido atingiu R$ 132 bilhões, em 31 de março de 2023, sem alteração relevante em relação ao saldo em 31 de dezembro de 2022.

Limites prudenciais — Base para o cálculo dos limites prudenciais estabelecidos pelo Banco Central, o Patrimônio de Referência totalizou R$ 171 bilhões em 31 de março de 2023, ante R$ 175,5 bilhões em 31 de dezembro de 2022. A variação reflete os impactos da redução de R$ 5,3 bilhões do FAT como Capital de Nível 2, seguindo cronograma definido pela Resolução CMN nº 4.679/2018.

O Índice de Basileia manteve-se em situação confortável, oscilando de 34,6% ao final de dezembro de 2022 para 33,1% em março de 2023, muito acima dos 10,5% exigidos pelo Banco Central.

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