Firjan pede ajuda ao Governo para salvar produção do Noroeste

O presidente da Representação Regional do Sistema Firjan no Noroeste Fluminense, Antônio Carlos Boechat, esteve nesta segunda-feira, dia 29 de janeiro, com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno, para pedir medidas emergenciais de socorro ao setor produtivo da região, afetada pelas chuvas recentes e pela lama química dos rejeitos da mineradora Rio Pomba Cataguases.

Boechat levou uma carta do presidente do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, ao governador Sergio Cabral, pedindo anistia do recolhimento de ICMS entre janeiro e março; extensão dos efeitos do decreto estadual 40.562, que beneficiou o comércio de quatro municípios, às indústrias e a outras nove cidades da região; reforço na urgência dos reparos na BR-356, estrada federal que corta a região e está interditada; negociação com a concessionária Ampla de um adiamento das contas de energia; e pedido ao Banco do Brasil de abertura de uma linha de crédito emergencial.

O secretário Júlio Bueno já se comprometeu a atender os dois últimos pedidos, e encaminha ainda hoje o restante ao governador Sérgio Cabral. Ele ouviu de Boechat, de Luís Antônio Poly, presidente da Associação Comercial e Industrial de Laje do Muriaé, e do empresário do ramo de confecção Elói Augusto Pereira, os relatos das dificuldades para retomar a produção. A interdição da BR-356, por exemplo, provoca um desvio de 150 quilômetros para escoar a produção e receber matéria-prima.

A região Noroeste tem cerca de 800 indústrias, a maioria de pequeno porte, com destaque para os setores de pedras ornamentais, têxtil e de fruticultura. Muitas ainda estão paradas por conta das inundações ou contando os prejuízos, e os funcionários muitas vezes têm dificuldades de chegar ao local de trabalho.