CEO da Liberty fala a Corretores do Paraná sobre a compra da companhia pela HDI

O anúncio da compra das operações da Liberty Seguros na América Latina pela HDI, no final do mês passado, mexeu com todo o mercado. E esta foi a tônica da palestra da CEO e presidente da Liberty, Patricia Chacon, que veio a Curitiba, a convite do Sincor-PR, para participar da primeira edição deste ano do projeto “Com a Palavra, o Presidente”.

—O convite se deu há vários meses, mas o dia da palestra não poderia ocorrer em data melhor, pois a presidente Patricia pôde tranquilizar os corretores sobre o andamento desta questão —destaca o presidente Wilsinho Pereira.

Com muita serenidade, a CEO da Liberty disse que já vivenciou muitas mudanças na vida, “sempre para melhor”, e acredita que agora não será diferente. Até a conclusão da transação — sujeita às aprovações regulatórias do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Susep —, a HDI e a Liberty continuarão o seu trabalho sem mudanças nas ofertas de produtos e serviços.

O negócio na América Latina, que engloba as atividades do Brasil, Chile, Colômbia e, Equador —terra natal da CEO da Liberty—. A negociação envolve a operação do grupo Liberty nestes países, além da Fácil Assist e da marca Aliro. O valor da transição foi de €1,3 bilhão, cerca de R$ 7 bilhões. Desta forma, a HDI passará a ser a segunda maior seguradora do mercado no Brasil.

Patrícia destaca que o negócio “não é uma mera compra de carteira”, mas das operações da companhia, que tem apresentado resultados “muito significativos”. De acordo com ela, o crescimento da Liberty foi de 37% em 2022. —A empresa alcançou R$ 5,8 bilhões em prêmios emitidos e lucro líquido de R$ 157 milhões, em um ano histórico para a companhia no país. A seguradora cresceu em todas as frentes de atuação, com destaque para Auto, ramo em que cresceu 47%, avançando sua participação de mercado para 9,6%, e fortalecendo-se como a quinta maior seguradora do país neste segmento.

A Liberty também atingiu a marca de 3,6 milhões de clientes, junto aos mais de 20 mil corretores parceiros. Os resultados, segundo a CEO, foram fruto de uma estratégia de produtos altamente aderentes às necessidades dos clientes. —Só neste ano temos a previsão de investir R$ 100 milhões em tecnologia— disse.

Segundo a presidente, até a conclusão da operação, —a Liberty continuará entregando com excelência e não deixará de melhorar diariamente—. A conclusão da aquisição só deve acontecer em 2024.