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27/06/2023 - 09:26

Rio de Janeiro possui grande potencial na Economia do Mar, diz mestre em Geologia Econômica


Com mais de 700 quilômetros de litoral, o Rio de Janeiro contribui não somente com 90% de todo óleo, e 75% de gás nacional, com as atividades de pesca, turismo, transporte marítimo, indústria naval e náutica. E tem grande potencial na geração de energia eólica offshore.

O Rio de Janeiro (RJ) tem uma localização privilegiada na costa do Brasil, com mais de 700 quilômetros de litoral, incentivando o desenvolvimento de diversas atividades econômicas relacionadas ao mar. O assunto, cada vez mais relevante, foi debatido, no dia 22 de junho (sexta-feira), na palestra “As perspectivas da Economia do Mar no Rio de Janeiro”, realizada pelo mestre em Geologia Econômica Marcelo Marinho Simas. O evento aconteceu na sede do Clube Naval do Rio de Janeiro, no Centro do Rio, e reuniu autoridades navais, representantes da esfera pública, professores e membros da comunidade marítima.

O estado do Rio de Janeiro torna-se competitivo e líder no desenvolvimento da Economia do Mar, devido a fatores, como: o tamanho da costa fluminense; a existência de indústrias naval e náutica; possui a metade da quantidade de estaleiros navais do país; e é a terceira Unidade da Federação com maior número de embarcações de esporte e lazer.

O Rio de Janeiro produz quase 90% de todo o óleo nacional e 75% de todo o gás no País, sendo o maior contribuinte para o desempenho nacional relacionado ao setor. Em 2022, os municípios fluminenses arrecadaram quase R$ 50 bilhões em royalties e participações das atividades de petróleo e gás natural. As cidades que mais se destacaram foram Maricá e Niterói. Ambas estão utilizando os recursos arrecadados em prol de ações sustentáveis para o meio ambiente e a sociedade.

O Rio de Janeiro também se destaca por ter grande potencial na geração de energia eólica offshore, que é fonte de energia limpa e renovável, obtida por meio da força do vento em alto-mar. Para o professor Marcelo Simas, a sustentabilidade garantirá a perenidade de pessoas e instituições. —Sustentabilidade não é mais uma opção, mas, sim, uma obrigação e inclui aspectos socioambientais e sistema econômico inclusivo, equitativo e regenerativo para as pessoas e o planeta — afirmou Simas.

Na função socioeconômica, a Economia do Mar promove a geração de trabalho e renda — como empregos na área de construção de embarcações, em plataformas de extração de minerais e no transporte marítimo. Cerca de 90% do comércio exterior brasileiro é viabilizado por rotas marítimas. O mar rende dois trilhões de reais por ano ao Brasil. As atividades no mar no País garantem 19% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Turismo marítimo — Outra atividade econômica que tem destaque na cidade do Rio de Janeiro é o turismo marítimo. São comuns os passeios de barco, a prática de esportes náuticos e os cruzeiros que passam pela cidade com turistas do mundo inteiro. As belezas naturais do Rio atraem investimentos nacionais e internacionais e ajudam na arrecadação de recursos pelo Estado. As atividades econômicas do mar também colaboram para a segurança alimentar por meio da pesca e aquicultura. O Rio de Janeiro é um mar de oportunidades para estimular a economia e o desenvolvimento sustentável. A pauta ganhou tanta notoriedade que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado foi desmembrada e criada uma pasta específica para tratar da temática: a Secretaria de Energia e Economia do Mar.

A Economia do Mar ainda enfrenta desafios, como lançar estratégicas para ampliação da infraestrutura; capacitação de recursos humanos; e desenvolvimento de pesquisas e tecnologias sustentáveis. Para o professor Marcelo Simas, são necessárias políticas públicas e privadas para o avanço do País. | Agª Marinha.

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