Uma oportunidade de US$ 7,2 trilhões

Até 2030, as transações envolvendo o Open Finance irão movimentar cerca US$ 7,2 trilhões no mundo em negócios realizados pelos players mais preparados tecnologicamente, colaborativos e com modelos de negócio sustentáveis.

A avaliação é da CEO e fundadora da Open Finance Excellence (OBE), Helen Child, em painel que abordou a evolução do sistema financeiro aberto no Brasil. Em palestra disputada, com pessoas sentadas no chão, Helen Child não economizou adjetivos ao Brasil, dizendo que o mundo está maravilhado com o país que criou o Pix e olha para tudo o que a indústria financeira faz aqui.

Causando inveja — O Brasil é fenomenal e causa inveja — disse Helen Child, ao se referir à implantação do Open Finance, à escala da digitalização dos serviços financeiros, à atuação do Banco Central (BC) e à rapidez das instituições financeiras. O representante do BC, Matheus Rauber, disse que a agenda do Open Finance abarca uso e compartilhamento de dados, competição, aumento da eficiência dos bancos e inclusão financeira. As próximas etapas são compartilhamento de dados de investimento em outubro e de câmbio, em 2024.

Boa ideia e tecnologia — Inovação é o nome do jogo. Essa foi a mensagem transmitida pelo CEO da Digital Finance BU da Huawei, Jason Cao. O executivo da gigante global fez um panorama sobre a indústria financeira da China, informando que uma das novas instituições financeiras do país possui 60 milhões de clientes sem possuir agência, prédio e um batalhão de funcionários. —Não possuem história, estrutura, nada. É só um aplicativo com um novo modelo de negócios —comentou ele, dando uma noção do impacto que uma boa ideia associada a tecnologia pode gerar.

No altamente competitivo mundo das finanças e da tecnologia, a receita de sucesso de Jason Cao é só uma: investimento pesado em inovação, pesquisa, uso de dados e de nuvem. Esse é o jogo jogado pela Huawei, nos últimos dez anos a companhia investiu US$ 140 bilhões em tecnologia e Jason Cao informou que essa cifra não vai parar. A tendência, disse ele, favorece organizações líderes com modelos de negócio inovadores. —O mundo muda e a Huawei não vai esperar essa mudança, vamos fazer—.