Arábia Saudita e Rússia aprofundam cortes de petróleo

Brent subiu US$ 89 para US$ 76,30 o barril às 09h50 GMT do dia 03 de julho (segunda-feira).

A Arábia Saudita e a Rússia, maiores exportadores de petróleo do mundo, aprofundaram os cortes de petróleo no dia 03 de julho (segunda-feira), elevando os preços, apesar das preocupações com uma desaceleração econômica global e possíveis novas altas nas taxas de juros do Federal Reserve dos Estados Unidos.

A Arábia Saudita disse que estenderá seu corte voluntário na produção de petróleo de um milhão de barris por dia (bpd) por mais um mês para incluir agosto, acrescentando que o corte pode ser estendido além desse mês.

Logo após o anúncio saudita, o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse que Moscou cortaria suas exportações de petróleo em 500 mil barris por dia em agosto.

Os cortes chegam a 1,5% da oferta global e elevam o total prometido pela Opep+ para 5,16 milhões de bpd.

A Opep+ já tem cortes de 3,66 milhões de bpd, totalizando 3,6% da demanda global, incluindo dois milhões de bpd acordados no ano passado e cortes voluntários de 1,66 milhão de bpd acordados em abril e estendidos até dezembro de 2024.

Os preços do petróleo subiram com a notícia dos cortes, com o Brent subindo US$ 89 para US$ 76,30 o barril às 09h50 GMT.

A Opep+, que agrupa a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados liderados pela Rússia, extrai cerca de 40% do petróleo bruto mundial.

A aliança tem cortado a oferta para elevar os preços desde novembro do ano passado devido à demanda chinesa mais fraca e ao aumento da oferta dos EUA, mas até agora não conseguiu movê-los muito da faixa de US$ 70 a US$ 80 o barril.

—A produção do reino para o mês de agosto de 2023 será de aproximadamente nove milhões de barris por dia —disse a agência de notícias estatal saudita SPA, citando uma fonte oficial do Ministério da Energia.

A Arábia Saudita, líder de fato da Opep, havia prometido no início deste mês fazer um corte profundo em sua produção em julho, além do acordo mais amplo da Opep+ para limitar a oferta até 2024, enquanto o grupo buscava aumentar os preços do petróleo.

—Este corte voluntário adicional vem reforçar os esforços de precaução feitos pelos países da OPEP+ com o objetivo de apoiar a estabilidade e o equilíbrio dos mercados petrolíferos— disse a fonte oficial do SPA. | Reuters.