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18/06/2008 - 10:14

CEOs raramente são demitidos por baixa performance, revela pesquisa da Booz & Company

A média brasileira de rotatividade de CEOs é maior do que a média da América do Sul, Europa apresenta o ambiente mais difícil para CEOs, enquanto os da América do Norte permanecem mais tempo no cargo.

São Paulo – Há pouca correlação entre resultados ruins de curto prazo para o acionista e a demissão de CEOs nas 2.500 maiores empresas de capital aberto do mundo. Essa é uma das principais conclusões da sétima edição da pesquisa CEO Succession, realizada anualmente pela consultoria de gestão estratégica Booz & Company. O estudo descobriu, ainda, que a rotatividade mundial de CEOs caiu levemente em 2007, mas continua alta.

A média brasileira de demissões de CEOs com performance insatisfatória em 2007 se iguala à média mundial, 13,9%, e fica abaixo apenas das médias da Europa, 17,6%, e dos Estados Unidos, 15,2%. Já quando comparados aos profissionais da Argentina e do Chile, os CEOs com baixo desempenho no Brasil têm mais chances de serem demitidos. A possibilidade de os profissionais que atuam na Argentina serem forçados a deixar o cargo é de 12% e, no Chile, a média é ainda menor, 6,5%.

“A profissionalização, os avanços em governança nas empresas e a recente internacionalização das companhias no Brasil, levaram a média nacional de rotatividade de CEOs a estar bem em linha com a média mundial. A rotatividade nos outros países do Cone Sul apresenta patamares menores, refletindo maior conservadorismo no ambiente empresarial”, afirma Paolo Pigorini, sócio da Booz & Company.

As principais conclusões da pesquisa “CEO Succession 2007: The Performance Paradox” são: . A porcentagem mundial da rotatividade de CEOs diminuiu, em 2007, para 13,8%, em comparação com 14,3% no ano anterior. Isso indica uma tendência decrescente quando comparada ao ponto mais alto de rotatividade, 15,4%, registrado em 2005. No total, 345 CEOs deixaram o cargo no ano passado, uma diminuição de 3,5% em comparação com 2006 e de 10% em relação a 2005.

. Em 2007, a porcentagem de rotatividade geral de CEOs europeus foi de 17,6%, significativamente maior do que a de seus pares da América do Norte (15,2%), América do Sul (12,2%) e Japão (10,6%). O crescimento do índice na Europa pode ser atribuído em grande parte a um aumento no índice de sucessões planejadas, que foi de 8,3%, em 2007, em comparação com os 6,8% em nível global.

. Os CEOs na América do Norte têm de longe a maior média de permanência no cargo: cerca de oito anos, em 2007.

· A média de tempo no cargo para um CEO que saiu da empresa em 2007 foi de seis anos, igual à média encontrada em 1995 e à média dos últimos 10 anos de estudo.

· Os setores mais estáveis para os CEOs são: Energia (5,8%) e Indústria (8,8%). Os setores com o maior nível de rotatividade são: Telecomunicações (21,7%), Tecnologia da Informação (17,4%) e Serviços Financeiros (14,4%).

“A ‘regra de dois anos’ — a noção de que as diretorias demitem os CEOs depois de dois ou três anos de resultados decepcionantes — é um mito”, comenta Pigorini. “A boa notícia é que os conselhos de administração estão concedendo mais tempo aos CEOs para que desenvolvam e executem suas estratégias. Porém, nossa experiência sugere que há muito potencial de melhora na forma como as diretorias supervisionam seus executivos, planejam as sucessões e desenvolvem novas lideranças”, acrescenta.

O estudo também aponta que um dos motivos para as diretorias demorarem anos para substituir CEOs com baixo desempenho pode ser a falta de candidatos preparados para assumir o posto. Essa hipótese ganha força quando se avalia que as diretorias de empresas norte-americanas e européias continuam contratando profissionais de fora da companhia para o cargo de CEO.

Conclusões adicionais do estudo - A porcentagem de demissões se estabilizou. Em 2007, 4,2% de todos os CEOs das empresas pesquisadas foram demitidos. Essa é uma porcentagem muito maior do que a de 1,1% a 2% registrada na década de 1990, mas apenas levemente superior à média de 3,8% dos anos 2000.

· As desavenças dentro das diretorias ainda são grandes. As controvérsias na diretoria e as lutas de poder geram mais de um terço de todas as demissões de CEOs, desde 2004.

· As diretorias continuam optando por CEOs de fora da empresa, embora esses profissionais continuem a ter um rendimento mais baixo. Mais de 20% de todos os CEOs são trazidos de fora das empresas, ainda que, em média, tenham um rendimento menor do que os profissionais que são promovidos a essa função. Nos dez anos de estudo, a Booz & Company revelou que os CEOs norte-americanos trazidos de fora das companhias tiveram rendimento 1% inferior ao mercado, enquanto o rendimento dos CEOs europeus externos foi 2,2% menor do que o mercado.

· Um CEO que também é presidente do conselho de administração está mais seguro do que um CEO que não acumula o cargo. A metade dos CEOs demitidos em 2007 nunca atuou como presidente do conselho de administração das empresas. Na Europa, apenas 16,5% dos CEOs demitidos em 2007 tiveram os dois títulos durante a gestão, em comparação com os quase 75% na América do Norte.

· A Europa é o ambiente mais difícil para os CEOs. Durante os dez anos de levantamento, o estudo revelou que 37% de todas as sucessões de CEOs europeus foram forçadas, em comparação com 27% na América do Norte, e 12% no Japão. A maior incidência de demissões de CEOs europeus pode ser resultado das reformas de governança corporativa sancionadas no final da década 90 por muitos países, como França, Alemanha, Itália e Reino Unido.

Perfil da Booz & Company - A Booz & Company é uma firma de consultoria líder no mundo, que apóia as principais empresas, instituições governamentais e organizações internacionais.

Nosso fundador, Edwin Booz, definiu a profissão quando estabeleceu a primeira empresa de consultoria de alta gestão em 1914.

Hoje, com mais de 3.300 funcionários em 57 escritórios ao redor do globo, aportamos visão e conhecimento, profunda especialização funcional e uma abordagem prática para desenvolver capacitações e gerar impacto real. Trabalhamos em estreita colaboração com nossos clientes para criar e entregar vantagem essencial. | www.strategy-business.com | www.booz.com

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