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19/06/2008 - 09:50

Aumento no custo de insumos impacta no preço do cimento

No comparativo com o Sudeste, crescimento proporcional da demanda pelo produto é maior no Nordeste.

O consumo de cimento no Nordeste vem crescendo continuamente e, em termos proporcionais, esse incremento é maior do que no Sudeste. A informação é do secretário executivo do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), José Otávio Carvalho. Com um mercado que absorveu mais de sete milhões de toneladas do produto em 2007, a região faz conjunto com o Centro-Oeste e o Norte nesse aumento da demanda. Enquanto a procura pelo cimento vem aumentando, os custos de produção e transporte cada vez mais altos desde 2003 também fazem diferença no valor do insumo para o consumidor. Números da mostram as variações no preço da energia elétrica, frete e coque de petróleo, o combustível utilizado nos fornos das cimenteiras.

O preço médio das tarifas industriais de energia elétrica vem sofrendo aumentos acima da inflação nos últimos cinco anos. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam que, entre 2002 e 2007, a tarifa média no Brasil deu um salto de 126%. Esse percentual chegou a 4.000% no caso da energia elétrica negociada no mercado livre de curto prazo. Outra variável no preço do cimento é o frete e também aumentaram os seus custos. O reajuste foi de 56% no período entre 2003 e 2007. Esse número é da Associação Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas e Logística (NTC& Logística).

Pesquisa da Jacobs Consultancy aponta que o coque importado de petróleo teve uma variação de 188%, quando cotado em Reais, no período de agosto de 2002 a dezembro de 2007. Para o cálculo em dólares, esse percentual chega a 402%.

Produção- A indústria cimenteira utiliza intensivamente combustíveis e energia elétrica. Estes, em conjunto com o frete, são os formadores de custos de produção mais importantes do cimento. A partir de 2003 registram-se grandes aumentos desses dois insumos, além do incremento nos valores de transportes de cargas.

Nos últimos cinco anos, o setor cimenteiro conviveu com uma estagnação na demanda e não conseguiu repassar aos preços do produto o impacto desses custos. O preço do cimento no final de 2007 chegou a um nível semelhante ao praticado em 2002.

Consumo - De janeiro a março últimos, a indústria cimenteira vendeu 11,5 milhões de toneladas no Brasil. Dentro desse volume, o mercado interno corresponde a um consumo de 11,4 milhões de toneladas. Esse número corresponde ao crescimento de 13,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são do SNIC, que projeta um aumento da ordem de 10% e 11%” no consumo para este ano.

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