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20/06/2008 - 11:16

Ministro diz que governo federal fará dragagem do Porto de Paranaguá


Pedro Brito Nascimento anunciou, durante reunião com empresários na Federação das Indústrias, que o calado do Canal da Galheta será de 15 metros.

O ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito Nascimento, anunciou no dia 19 de junho (quinta-feira), que o governo federal vai realizar a dragagem de aprofundamento do Porto de Paranaguá, que deverá ter um calado permanente de 15 metros. Segundo ele, o projeto foi antecipado e incluído no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). O compromisso com a obra foi assumido durante reunião com empresários paranaenses, promovida pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), por meio de seus Conselhos Temáticos de Infra-Estrutura e Comércio Exterior.

“Vamos, juntamente com o governo do estado e a Fiep trabalhar as licenças ambientais da dragagem. Assim que elas estiverem liberadas, vamos licitar a obra”, afirmou o ministro. Brito apresentou aos industriais detalhes do Programa de Desenvolvimento do Setor Portuário Nacional, que destaca a necessidade de ampliação da profundidade do Canal da Galheta, que deverá ficar com a mesma dimensão do calado do Porto de Santos, maior porto brasileiro. “O que discutimos foi como antecipar essa dragagem inicial ainda para este ano”, disse o ministro.

Segundo Brito, a dragagem no Porto de Paranaguá tem que ser feita com certa urgência porque o terminal “trabalha com um calado autorizado de 11,3 metros, que não permite a entrada de navios de grande porte”. O Porto de Paranaguá, segundo o ministro, exige uma dragagem permanente.

“Vamos fazer um aprofundamento inicial que vai retirar cerca de 9 milhões de metros cúbicos de areia, retirada que vai permitir os 15 metros e depois, anualmente, vamos retirar 2,4 milhões de sedimentos”, informou.

Nascimento afirmou que a dragagem de emergência de Paranaguá precisa ter “início imediato”. “Paranaguá precisa ter uma dragagem permanente”, disse. “O Paraná é um estado eficiente economicamente e que não pode ser afetado por problemas de logística”, declarou aos empresários. “Tenho certeza absoluta de que o governo do estado e a superintendência do Porto querem Paranaguá como um dos melhores portos do Brasil”, afirmou. Ele destacou ainda que existem poucas dragas disponíveis no mundo.

Para o coordenador do Conselho Temático de Infra-estrutura da Fiep, Paulo Ceschin, a relação entre o empresariado do setor e o Porto de Paranaguá é “bastante profícuo”: “Temos uma nova diretoria de relações com o mercado e estamos aguardando uma visita semana que vem para sistematizar o diálogo”, afirmou. Na opinião do coordenador do Conselho Temático de Comércio Exterior da entidade, Ardisson Akel, “não há interesse em polemizar problemas em nível de político, mas dar condições para viabilizar soluções para o porto”. “Queremos uma estrutura rápida e eficiente. Temos que melhorar a infra-estrutura do Brasil e sabemos da carência do País e da necessidade de investimentos no setor”, afirmou Ceschin.

Segundo o ministro Pedro Brito, o Porto de Santos, que atualmente tem profundidade de 12,5 metros, é o maior da América Latina e também apresenta problemas de dragagem e de manutenção. O ministro afirmou que o governo tem procurado resolver esses problemas por meio do Programa Nacional de Dragagens. “Nosso programa é pela dragagem por resultados. Todos os 20 principais portos brasileiros estão incluídos nesse programa. Serão beneficiados com R$ 1,5 bilhão, dentro da nova política da dragagem por resultado”, disse.

O compromisso em antecipar a obra foi assumido durante reunião com empresários paranaenses, promovida pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

Entre janeiro e maio deste ano, saíram do Porto de Paranaguá 5,3 milhões de toneladas de grãos. Em todo o país, foram 17,3 milhões de tonelas registradas, volume que confere ao porto a liderança no ranking de maior exportador de grãos da América Latina, com mais de 30% do volume total embarcado no Brasil.

Em 2007, Paranaguá exportou 14,8 milhões de toneladas de grãos, seguido por Santos (10 milhões de toneladas) e Rio Grande (7,6 milhões de toneladas).

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