Fabricante de Drywall Placo lidera segmento em expansão

No primeiro trimestre de 2008, o consumo de drywall cresceu 20% no país.

O drywall – paredes secas, em português - é um produto já incorporado à cultura da construção norte-americana. No Brasil, as paredes de gesso já conquistaram arquitetos e construtoras e agora registram crescente aceitação também no consumidor final. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Chapas para Drywall, o consumo no primeiro trimestre deste ano foi de 4,8 milhões de m², o que significa 20% de aumento em relação ao mesmo período de 2007. Para o ano, a expectativa do mercado é crescer 25%, já que no segundo semestre as vendas costumam ser mais significativas. Líder no segmento, com 40% de market share, a fabricante Placo do Brasil acompanhou esse bom momento do mercado, tendo o mesmo desempenho e perspectivas.

Os resultados positivos obtidos pela Placo são reflexo também do boom imobiliário, já que as construtoras cada vez mais usam drywall nas obras. Hoje, cada vez mais escritórios, hotéis, flats, shopping centers têm suas paredes internas, revestimentos e forros sendo executados no sistema construtivo a seco. As paredes de drywall têm inúmeras vantagens quando comparadas às de alvenaria. São mais econômicas, oferecem conforto térmico e acústico, a instalação é rápida e geram bem menos entulho. Na hora da reforma, as paredes construídas em drywall também estão em vantagem, pois permitem muito mais facilidade na remoção e inclusão de tomadas, instalações elétricas e hidráulicas em geral.

O consumo de drywall no Brasil é de 0,1 m² por habitante ao ano, o que movimentou R$ 500 milhões no mercado em 2008. Já nos Estados Unidos, o consumo é de 10 m² per capita, estando presente em 95% das construções. “Nesse cenário, a Placo e o mercado têm muito espaço para um crescimento sustentável por vários anos. Para isso, apostamos em uma mudança cultural. Os latino-americanos associam o tijolo à solidez, mas o drywall também é muito sólido. No Chile, por exemplo, essa mudança na valorização dos materiais já está ocorrendo. O consumo chileno cresceu e hoje é de 2 m² per capita anual. É apenas uma questão de tempo para o brasileiro também enxergar as vantagens do sistema”, afirma Alvaro Villagran, diretor-geral da Placo.

Placo do Brasil - Hoje com 40% de participação no mercado de drywall no país, a Placo começou suas atividades no Brasil em 1995, fruto de uma joint venture do Grupo BPB, da Inglaterra, com a Compañia El Volcán, do Grupo Matte, do Chile.

Em 1999, a companhia inaugurou sua fábrica em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo. Já em 2003, foi pioneira ao investir em uma Unidade de Reciclagem, pela reutilização de 100% dos resíduos decorrentes da fabricação de placas de gesso.

Em dezembro de 2005, o grupo francês Saint-Gobain adquiriu o controle acionário do Grupo BPB, que é líder mundial no fornecimento de gesso e no mercado de placas para drywall. Com isso, a Saint-Gobain incorporou a Placo aos seus negócios e se tornou sua controladora. A partir daí, a Saint-Gobain, através da Placo, mantêm o compromisso consolidar a liderança do mercado brasileiro de drywall.

Desde 2003, o cargo de diretor-geral da Placo do Brasil é ocupado por Álvaro Villagran. O executivo, nascido no Uruguai, iniciou sua carreira na Espanha, na Uralita, empresa multinacional da área de materiais de construção, onde permaneceu até 1997. Em seguida, na mesma empresa, continuou sua atividade profissional no Brasil. Atualmente, Villagrán é também presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Chapas para Drywall.

Perfil do grupo Saint-Gobain - Além da Placo do Brasil, o grupo Saint-Gobain atua em diversos outros segmentos no país, sendo a responsável por marcas como Quatzolit Weber, Brasilit, Isover e Santa Marina. São 13 empresas, com 45 unidades industriais, 9 sítios de mineração, além de 25 lojas do segmento de materiais de construção, a Telha Norte. O Grupo emprega 12 mil funcionários e teve faturamento em 2006 de R$ 5,7 bilhões.

Fundada em 1665, a multinacional francesa Saint-Gobain é líder nos segmentos em que atua: transformação de materiais como vidro, ferro fundido, plástico e cerâmica. Opera em 50 países, com 1,2 mil empresas e emprega mais de 206 mil de pessoas. Seu faturamento em 2006 foi de 41,2 bilhões de euros.