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21/06/2008 - 09:49

Pesquisas de Engenharia Têxtil da FEI sugerem novos processos para a indústria

Seis projetos, um deles um estudo que compara o conforto de calor entre tecidos sintéticos, foram alvo de pesquisa da nova turma de engenheiros têxteis da FEI, que chega agora ao mercado de trabalho.

Formandos do curso de Engenharia Têxtil do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) desenvolveram um estudo sobre a nova tecnologia no tingimento de tecidos de algodão por meio de espuma, que economiza água e não agride o meio ambiente. Outro projeto mostra que tecidos de poliéster ou nylon podem apresentar o mesmo conforto térmico conforme a situação. As duas pesquisas fazem parte dos trabalhos de conclusão deste semestre do pioneiro curso de Engenharia Têxtil da FEI.

Tingir uma peça de algodão com espuma é uma medida recente na indústria têxtil. Com o objetivo de analisar se esta forma de coloração teria alguma desvantagem em relação à intensidade da cor, solidez ao atrito e custos, duas formandas desenvolveram um estudo comparativo entre o processo de tingimento por impregnação tradicional e a coloração com espuma. “Os resultados foram animadores, pois o tingimento com espuma, além de não utilizar água e não agredir o meio ambiente, garante a qualidade da cor e do tecido”, conta a estudante Magda Martinez.

O estudo apontou, ainda, que o tingimento com espuma pode colorir até seis vezes mais o tecido do que o método tradicional. Enquanto um litro de banho de coloração tradicional por impregnação consegue colorir um metro de tecido, o tingimento com espuma tinge seis metros com a mesma quantidade de material.

O processo de tingimento por impregnação tradicional utiliza repetições de lavagens no tecido, com a utilização de água, pigmento (cor) e resina. Já o tingimento por espuma não utiliza água. É necessário apenas o pigmento, espumante e resina, responsável pela fixação da cor no tecido. Para produzir a espuma, uma máquina, como a de lavar roupas, é usada para agitar todos os materiais.

Conforto térmico - Outro projeto desenvolvido pelos formandos é um estudo comparativo do conforto térmico entre tecidos de meia malha, como a poliamida (nylon) e o poliéster, que apresentam espessuras diferentes. O projeto mostra a influência do calor numa malha com fibra sintética em relação à permeabilidade ao vapor, como suor, absorção de água, secagem, espessura e grau de aperto das malhas; o tipo de matéria-prima do tecido (poliamida e poliéster) e a filamentagem do fio, que é a quantidade de filamentos existentes num único filamento de tecido, que varia na espessura do tecido - standard (grosso) ou microfibra (fino).

O estudo mostra onde pode ser mais indicado o uso de nylon ou poliéster. De acordo com os estudantes, apesar do grau de aperto dos fios variar, não existe diferença de permeabilidade ao calor entre as malhas sintéticas. “A conclusão do estudo pode ajudar indústrias a desenvolverem novos tecidos”, afirma o formando Ricardo Baldoni.

Outras pesquisas - Mais quatro projetos foram desenvolvidos pela nova turma de engenheiros têxteis da FEI. Um deles compara a influência da estocagem em meio seco, meio normalizado e meio úmido vaporizado, nos tecidos de meia malha. Outro trabalho aborda a influência do pH de tingimento no esgotamento dos tingimentos de fios HB acrílicos com corantes catiônicos.

Uma análise da reutilização de água de enxágüe no processo de tingimento de tecidos de algodão com corante reativo e um estudo da influência do tipo de fio nas características de malhas produzidas com a mesma matéria-prima também foram alvo de estudo. “Estas pesquisas envolvem temas atuais e podem ter aplicação no mercado, pois unem pesquisa e prática”, avisa o coordenador dos projetos Fernando Barros, professor de Engenharia Têxtil, que foi o primeiro curso superior da área no Brasil.

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