Cana-de-açúcar tem garantia de preço mínimo

Aconteceu no dia 20 de junho (sexta-feira), em Recife-PE, uma reunião entre as associações de plantadores de cana dos Estados do Nordeste, Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento (Mapa) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No encontro, a cana-de-açúcar foi anunciada como mais uma das culturas que deve fazer parte da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) do Governo Federal.

O preço mínimo da tonelada de cana-de-açúcar, para os fornecedores do Nordeste, vai variar entre R$42 e R$54 e vai valer a partir da próxima safra (2008/2009). "Com esta iniciativa, o governo demonstra que está olhando para os fornecedores de cana-de-açúcar, o elo mais fraco do setor sucroalcooleiro", enfatiza Antônio Rosário, diretor técnico da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas.

O Governo Federal deve contemplar 20 milhões de toneladas de cana por safra na região Nordeste, "volume que equivale a produção dos fornecedores da região", explica o presidente da Asplana, Lourenço Lopes, acrescentando que "as garantias já começam a valer a partir da próxima safra que começa, na nossa região, em agosto".

O preço mínimo será definido nos próximos dias, após avaliação do Ministério da Agricultura. A informação foi do representante do ministério no encontro, Cid Caldas. A comercialização da produção, sempre que o preço de mercado ficar abaixo do valor de referência (preço mínimo) será feita através de leilões na modalidade do Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor). As negociações serão feitas em bolsas de mercadorias em pregões coordenados pela Conab.

Seguindo orientação do Ministério da Agricultura, os fornecedores de cana do Nordeste devem comercializar sua produção através de uma única cooperativa. "Os fornecedores se organizarão com o apoio da União Nordestina de Produtores de Cana, a Unida", adianta Antônio Rosário.

A PGPM reduz a incerteza quanto aos preços de mercado no momento da comercialização, garantindo para os produtores um patamar de preço capaz de remunerar, parcial ou totalmente, os custos de produção. Os preços mínimos são estabelecidos pela Conab com base em estudos técnicos realizados nos locais de produção.