Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

24/06/2008 - 11:15

Aumento de custos pressiona segmentos de ônibus e implementos rodoviários no Brasil

Segundo Simefre e FABUS, reajustes em matérias-primas chegam a 30%.

São Paulo - Os sucessivos reajustes de preços nas matérias-primas, serviços e demais insumos que vêm ocorrendo, de maneira mais forte desde o final do ano passado, aumentaram sensivelmente os custos de produção para as empresas dos setores de ônibus, implementos rodoviários e ferroviários no Brasil e colocam em risco a sua competitividade. O alerta é das duas principais entidades ligadas a estes setores, o Simefre – Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários &nda sh; e a FABUS – Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus.

Segundo as duas entidades, de janeiro a maio, o aumento médio dos insumos supera 15%, mas o aço foi majorado em até 30%, dependendo da especificação, com projeção de um aumento adicional de pelo menos mais 15% até o final de 2008. De acordo com Franscisco Petrini, diretor executivo do Simefre, nos cinco primeiros meses deste ano, os aumentos afetam sensivelmente as empresas desses setores, sobretudo dos fabricantes de ônibus e implementos rodoviários e ferroviários.

“As empresas estão sob forte pressão devido ao alarmante aumento de preços, como da chapa zincada que subiu 20%; dos laminados a quente, 30%; dos laminados a frio, 20%, e dos fundidos, 7,5%”, explicou Petrini. “Para o nosso setor, o aumento tem sido maior do que os índices anunciados, como os mais de 12% do IGP, medido nos últimos 12 meses.”

Para Roberto Ferreira, diretor executivo da FABUS, entre os fabricantes de ônibus esse aumento generalizado de custos é mais um agravante para o desempenho, pois o segmento de ônibus já vinha sofrendo com a grande e constante valorização do real. “No ano passado, o aumento dos insumos e a queda do dólar obrigou as empresas associadas a reajustarem seus preços, sobretudo no mercado exterior. Este ano, a situação é ainda pior porque a escalada dos insumos e serviços passou a ser mensal e variou entre 10 e 30% até maio, sendo que o aço deve atingir níveis de aumento de 45% durante o ano”, explica Ferreira.

Segundo o executivo, a majoração da matérias-primas utilizadas na fabricaçào de ônibus foi de 15% no alumínio e em derivados de petróleo; 22%, em produtos químicos; 12%, nos plásticos; 10%, no frete, e 6% nas tintas. “Isso sem mencionar os dissídios que devem também aumentar o custo da mão-de-obra entre 8 e 10%”, destacou Roberto Ferreira.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira