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27/06/2008 - 10:40

Peter Senge provoca RHs a estimularem a reflexão nas organizações

O guru é um dos consultores mais influentes do mundo dos negócios.

“Recursos são riquezas que estão disponíveis para serem utilizadas, já pensaram nisso?”. Assim o guru Peter Senge iniciou sua conversa ontem na capital carioca, com os mais de 800 profissionais presentes ao RH-RIO 2008, evento promovido pela ABRH-RJ.

Provocativo como sempre, o autor do livro “A Quinta Disciplina”, com mais de um milhão de cópias vendidas no mundo e 60 mil só no Brasil, chamou a atenção dos gestores de pessoas sobre a autonomia dos seres humanos e a nossa ilusão de querer controlá-los.

“Não quero desanimá-los, mas tenho que lhes dizer que nenhum RH tem o poder de elevar o potencial das pessoas das suas organizações”. Para Peter Senge, o que as empresas, ONGs e governos, ou seja todos os tipos de organizações para as quais os profissionais podem se dedicar, podem fazer com e para as pessoas que nelas trabalham é oferecer-lhes oportunidades de elas mesmas elevarem seus potenciais. Desta forma, o Professor sênior do MIT - Massachussets Institute of Technology - um dos mais reconhecidos centros de formação de profissionais e líderes empresariais do mundo, explica que criar um ambiente favorável à reflexão e ao surgimento de idéias é fundamental. “O nosso mercado, genericamente falando, não está interessado em formar seres humanos conscientes, pensantes. Quanto mais pensarmos, menos compraremos e isso interessa a quem? Só a nós mesmos, talvez!”, brincou ele com a platéia.

O engenheiro americano, que dedica a vida ao desenvolvimento do pensamento sistêmico e viaja o mundo apenas com uma mala de mão, afirmou e fez questão de repetir para fixar bem no público mais uma provocação ao mercado: “a publicidade tem que criar em nós a sensação de que nunca teremos o suficiente daquilo que não precisamos”. Segundo ele esta é a lógica criada para mover o consumismo. E o mundo. No paralelo desta lógica, Peter Senge dissertou sobre a urgência das empresas se firmarem cada vez mais em cima de valores humanos, como os relacionamentos, o contato pessoal, a diversidade, o conhecimento de novas culturas.

Durante o debate, em que fez questão de ver os rostos de quem enviava as perguntas por escrito, o professor levou a platéia aos risos quando ridicularizou a situação – conhecida por todos os presentes – na qual pessoas que sentam na mesma sala na empresa se falam por computador, ao invés de chamarem uns aos outros e dialogarem. Nenhuma novidade nisso, mas, o riso acabou quando Peter Senge citou uma pesquisa realizada pelo MIT, cuja constatação foi de que ao final do dia, as pessoas que utilizam telas (computadores, telefones, tevês etc) por cerca de um terço de seu tempo de trabalho têm seu QI diminuído em 20 pontos. Ao final de sua palestra Peter Senge deixou uma preciosa dica aos participantes “RHs sejam estratégicos, estimulem as conversas nas organizações e não se preocupem tanto em agradar seus chefes”.

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