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27/06/2008 - 11:02

Desembolsos do BNDES para região Norte crescem 402% em 12 meses


Infra-estrutura continua liderando as aprovações totais com R$ 47,9 bilhões, alta de 58% em relação ao período anterior, desembolsos recordes totalizaram R$ 78,6 bilhões, aumento de 36% .

O desempenho do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos últimos 12 meses encerrados em maio revela forte expansão das aprovações para a região Norte do País. A alta foi de 402% no período, totalizando R$ 10,2 bilhões, equivalentes a 9% do total aprovado pelo Banco entre junho de 2007 e maio de 2008. Nos mesmos meses do ano anterior, as aprovações para o Norte ficaram em R$ 2 bilhões, correspondendo a 6% do valor dos projetos aprovados em todo o Banco.

Os desembolsos para a região somaram R$ 4,7 bilhões (alta de 149%), valor bem inferior ao dos projetos aprovados, o que aponta para tendência de crescimento das liberações destinadas aos estados do Norte. O Nordeste também apresentou desempenho superior ao do Sul e Sudeste. As aprovações cresceram 27%, R$ 9,8 bilhões, e os desembolsos 49%, R$ 7,1 bilhões.

Os números dos financiamentos no Norte revelam, ainda, diversificação dos investimentos na região. Os projetos aprovados no período analisado incluem energia elétrica, transporte e logística, mineração, fortalecimento do turismo e implantação de infra-estrutura urbana e de saneamento. Trata-se de mudança relevante, uma vez que, historicamente, o crescimento das aprovações e desembolsos do BNDES para o Norte ocorria em função de poucos projetos.

"O desempenho do Banco na região Norte demonstra otimização da vocação e expansão de uma fronteira econômica do país, sobretudo em investimentos em minério de ferro e projetos de infra-estrutura", disse o chefe do departamento regional do BNDES no Nordeste, Paulo Guimarães. "Os novos investimentos trazem impacto positivo em termos de desenvolvimento social e respondem a crônico problema de infra-estrutura da região", completou.

Em mineração, o Banco aprovou para a empresa MMX crédito para implantação de mina e unidade de beneficiamento com capacidade de produção anual de 6,5 milhões de toneladas de minério de ferro, no Amapá. Na área de logística, foram R$ 774 milhões para a Vale ampliar a capacidade de transporte da Estrada de Ferro Carajás, entre Pará e Maranhão.

Guimarães observa que está em curso processo de mudança na fronteira de mineração do Sudeste do país (em função do esgotamento das fontes de minério nos estados da região), para o Norte, devido a descobertas recentes de minas em estados nortistas. "Observamos o início de um novo ciclo", disse.

Os recentes projetos em minério levaram a investimentos em infra-estrutura, como ocorreu no Estado do Acre. A diretoria do BNDES aprovou R$ 517 milhões voltados para obras em urbanismo, projetos de saneamento, saúde e educação, desenvolvimento econômico, social e de integração.

O novo ciclo de expansão da economia também estimulou investimentos em energia, tanto em geração quanto em linhas de transmissão. Entre os projetos aprovados no BNDES, no período analisado, estão os financiamentos destinados à energia como o da Transportadora Urucu-Manaus para a construção do gasoduto, que permitirá a substituição de óleo combustível, substância poluente, por gás na geração elétrica.

Ainda em energia, o Banco aprovou financiamento para a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Salto Curuá, com capacidade de geração de 30 MW; a implantação, operação e manutenção da linha de transmissão, com 937 quilômetros de extensão; e para construção da hidrelétrica Estreito (projeto do PAC), com capacidade de instalação de 1.087 MW.

Desempenho setorial – O setor de infra-estrutura continua liderando as aprovações totais do BNDES. Nos 12 meses encerrados em maio, foram aprovados R$ 47,9 bilhões (alta de 58% em relação ao período anterior) destinados ao setor. Embora o valor dos financiamentos aprovados para a indústria seja praticamente igual, o crescimento para o setor foi inferior (7%).

Os desembolsos seguiram comportamento semelhante. Infra-estrutura recebeu R$ 32,2 bilhões (aumento de 85%), liderados pelos setores de energia elétrica e transportes terrestres. As liberações para indústria somaram R$ 32 bilhões (expansão de 8%), com destaque para os segmentos de alimentos e bebidas e química e petroquímica.

Desempenho global - A tendência de crescimento persistiu nos resultados anuais até maio. Os desembolsos do BNDES totalizaram R$ 78,6 bilhões, recorde em um período de 12 meses, e 36% superior ao do mesmo período anterior, e as aprovações somaram R$ 110,9 bilhões, com alta de 24% na mesma base de comparação. Os enquadramentos ficaram em R$ 129,7 bilhões e as consultas em R$ 142,2 bilhões, aumento de 21% e 20%, respectivamente.

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